5 consequências da permissividade

5 consequências da permissividade
María Alejandra Castro Arbeláez

Escrito e verificado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 18 dezembro, 2017

Educar as crianças com permissividade em excesso pode provocar, em longo prazo, baixa autoestima e o sentimento de ser pouco amado.

O que é ser permissivo? Segundo o dicionário da Real Academia Espanhola, permissividade significa tolerância excessiva. Assim, a permissividade, um traço que caracteriza a personalidade de alguns pais, permite que as crianças cresçam sem regras claras e acabem se sentindo confusas e infelizes.

Uma das consequências da permissividade dos pais é que seus filhos se transformam em crianças mimadas, acostumadas a manipular as pessoas ao redor. Mas, sobretudo, a pior das consequências da permissividade é que em longo prazo faz as crianças se sentirem perdidas e pouco amadas.

Isso se deve ao fato de que as crianças esperam que seus pais as orientem e as ensinem. Por isso, permitir tudo faz com que os pequenos sintam que ninguém presta atenção neles. Isso cria uma baixíssima autoestima.

A permissividade causa prejuízos

Esse dano, causado pelo fato de não estabelecer limites é o resultado da falta de ferramentas que alguns pais apresentam para impor disciplina de maneira equilibrada.

A permissividade – ou a falta de normas claras – é um comportamento que Carlos González, autor do livro “Bésame Mucho: como criar seus filhos com amor”, exemplifica da seguinte maneira:

“O que hoje é permitido, amanhã provoca uma resposta desmedida, como resultado de que a criança está confusa e infeliz”

Consequências da permissividade

Problemas de comportamento

Uma das consequências mais graves da permissividade na criação é o desenvolvimento de problemas de comportamento pelas crianças. Isso é – nós insistimos – resultado direto de não ter estabelecido normas e limites desde cedo.

da permissividade

Baixa autoestima

O abuso da liberdade e a falta de limites e normal, além da ausência de uma relação saudável com as crianças, baseada no respeito e no entendimento da criança como ser humano, pode trazer consequências como a baixa autoestima.

“Um pai permissivo ou desconectado do cuidado dos seus filhos vai criar crianças que vão se transformar em pessoas inseguras e com baixa autoestima”

Preguiça

A falta de normas e de rotinas claras traz como resultado a criação de crianças que se transformam em pessoas sem consciência das suas responsabilidades e que, portanto, estimulam o mau hábito da procrastinação e da preguiça.

Não saber resolver os próprios problemas

O excesso de permissividade, em muitos casos, leva as crianças a não aprenderem a desenvolver as habilidades sociais e emocionais necessárias para resolver problemas de maneira independente.

Algumas dessas habilidades são obtidas estimulando a inteligência emocional. Para isso, a orientação dos pais é indiscutivelmente necessária.

Impulsividade

Como se pode observar, a falta de normas claras provoca consequências muito negativas para as crianças. A permissividade estimula uma personalidade impulsiva imatura e descontrolada.

A importância do equilíbrio entre o autoritarismo e a permissividade

No seu texto, González também faz ao leitor a seguinte pergunta: O que é preciso fazer para ser “firme”? Ele explica que ser firme não significa ser autoritário. Longe disso. Para crescer de maneira saudável, uma criança precisa de pais que a respeitem, que a tratem como uma criança (e não como um adulto precoce) e que a ensinem a lidar com esse mundo.

E, certamente, para lidar de maneira saudável com esse mundo é preciso aprender a dialogar e a chegar a acordos, mas também aprender a seguir e respeitar normas de maneira consciente, não por medo das consequências. Além disso, é importante que os pais saibam que as normas da casa não devem ser negociadas por vontade dos pais nem das crianças. Nesse aspecto, o segredo é ser coerente.

Alguns conselhos para manter o equilíbrio

Nenhum pai no mundo quer deliberadamente fazer mal aos seus filhos. No entanto, de maneira inconsciente muitos confundem o amor que sentem pelos filhos com o fato de ceder aos caprichos deles. O ideal é que os pais decidam de maneira justa o que faz bem para a criança e o que não faz. Dessa maneira, as crianças vão compreender melhor de que maneira devem regular seu comportamento.

 

Além disso, ter pais que saibam ensinar a disciplina de maneira respeitosa faz com que as crianças os enxerguem como uma referência saudável de autoridade e de valores. A maioria dos especialistas em criação concorda que as normas e os limites, longe de serem negativos, são absolutamente necessários, pois são uma ferramenta que ajuda as crianças a entender que os atos trazem consequências.

É vital que os pais consigam estabelecer limites claros e oportunos aos seus filhos, que as normas da casa sejam discutidas pelo casal para que sejam coerentes e que sejam ditadas de maneira respeitosa para com os filhos.

Seguir essas recomendações e se aprofundar nelas com a ajuda do seu parceiro ou de um especialista pode ajudar você a manter a sua família isolada das nefastas consequências da permissividade.

É muito importante que, como mãe, você se certifique se existe em você ou no seu parceiro uma obsessão de dar aos filhos tudo o que você não tiveram quando eram crianças. Se esse for o caso, trabalhe esse assunto com alguma terapia. Oferecer comodidades aos filhos não é errado. No entanto, todas as pessoas devem cultivar a conquista do mérito, ou seja, se esforçar para conseguir suas próprias metas e privilégios.


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