8 curiosidades sobre os gêmeos

8 curiosidades sobre os gêmeos

Última atualização: 07 dezembro, 2017

Com certeza, você já conheceu bebês gêmeos e achou difícil diferenciá-los. De acordo com as estatísticas, três de cada mil gravidezes são de gêmeos idênticos. Estes são fruto de um zigoto que em uma etapa muito precoce se divide gerando dois bebês iguais, inclusive com o mesmo DNA. Existem muitos mitos e curiosidades sobre os gêmeos, por isso queremos te contar alguns dados que talvez você não saiba.

É importante destacar que gêmeos univitelinos e bivitelinos não são a mesma coisa. Os gêmeos “idênticos”, univitelinos, compartilham a maior parte do material genético, devido ao fato de que ambos nasceram do mesmo óvulo fecundado e dividido em dois depois da concepção. Ao passo que os bivitelinos nascem de dois ou mais óvulos diferentes fecundados no mesmo ciclo hormonal.

Curiosidades sobre os gêmeos

Durante a última década, os casos de gêmeos e trigêmeos aumentaram consideravelmente devido fundamentalmente à fecundação assistida  e a outro tipo de tratamentos médicos que ajudam a engravidar. Nestes processos não se obtém gêmeos idênticos, já que é algo que só pode acontecer de maneira natural. Existem muitos dados interessantes e curiosidades sobre os gêmeos, a seguir te apresentaremos alguns:

1. Eles têm impressões digitais diferentes

Quando vemos duas crianças totalmente idênticas, podemos pensar que têm as mesmas impressões digitais, mas isso não é verdade. Quando os bebês estão se formando, segundo indica o jornal estadunidense Huffington Post, ambos, separadamente, tocam o saco amniótico em lugares diferentes, e isso faz com que se formem linhas diferentes em seus dedos e que, portanto, não tenham as mesmas impressões digitais.

Além disso, uma das curiosidades sobre os gêmeos é o fato de que 22% dos gêmeos idênticos são canhotos frente a uma porcentagem de só 10% da população total.

curiosidades sobre os gêmeos

 2. Não são tão idênticos como parecem

Segundo as estatísticas, os gêmeos são literalmente o “reflexo um do outro”. 25% das crianças se desenvolve como se estivessem se olhando frente a frente, ou seja, se um é canhoto, o outro é destro. Se, por exemplo, uma das crianças tem uma marca de nascimento no braço direito, a outra terá a mesma marca de nascimento, porém no braço esquerdo. Os gêmeos idênticos compartilham padrões cerebrais e de pensamento.

3. Os gêmeos não têm poderes telepáticos

Muitas pessoas pensam que os gêmeos têm esse tipo de superpoder ou que têm uma habilidade diferente para se comunicar entre si, mas não é assim. Segundo indica Discovery, isso é apenas um mito que foi difundido ao longo dos anos.

Nunca foi comprovado que os irmãos estejam conectados mentalmente de alguma forma especial ou diferente. Como ambos crescem juntos, é muito normal que se conheçam com perfeição, o que faz com que essa crença tome muito mais força e se propague.

4. O caso dos “gêmeos Jim”

Estes irmãos idênticos de Minessota foram separados quatro semanas depois de seu nascimento. Ambos foram adotados por famílias diferentes e se conheceram quando tinham 39 anos de idade. A história deles foi publicada no livro Entwined Lives (“Vidas entrelaçadas”, tradução livre), de Nancy Segal.

Ainda que tenham crescido sem ter nenhum tipo de interação, ambos mediam e pesavam o mesmo. Quanto aos seus gostos, ambos tinham a mesma praia favorita na Flórida, eram bons em matemática e compartilhavam hobbies como a carpintaria e o desenho mecânico.

5. Os gêmeos estabelecem contato no útero

Segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Pádova na Itália, os gêmeos procuram ter contato quando estão dentro do ventre materno e inclusive tocam mais ao seu gêmeo do que a si mesmos. Nos casos que foram estudados, isso aconteceu a partir da décima quarta semana. Segundo estatísticas, os gêmeos siameses representam 1 de cada 200 mil gravidezes.

6. Têm sua própria linguagem

Isso acontece como consequência de que as crianças crescem juntas, assim como quando se afirma que têm a capacidade de se comunicar mentalmente. Mas, na realidade, essa linguagem pode ocorrer também em irmãos que não são gêmeos, principalmente por conviver desde muito pequenos.

curiosidades sobre os gêmeos

Essa prática começa desde que as crianças estão aprendendo a falar, por isso ambas se ajudam neste processo. Isso se fortalece devido ao fato de que estão muito unidos e inclusive acabam inventando suas próprias palavras, o que muitas vezes foi considerado como uma linguagem própria e exclusiva.

7. Não compartilham totalmente o material genético

Ainda que possam parecer totalmente idênticos, não é assim. Compartilham grande parte do seu material genético, mas não 100%, como muitas vezes se especula. Segundo concluiu uma pesquisa na Universidade do Alabama em Birmingham, algumas parte de seu DNA podem diferir no número de genes que se formam. Para serem considerados totalmente iguais, teriam de compartilhar 100% dos genes e não apenas ter nascido simultaneamente, segundo incida a Discovery.

8. Não é hereditário

Este é outro dos muitos mitos que giram em torno dos irmãos “idênticos“. Ainda não existe prova científica que afirme que se trata de uma questão hereditária.

O que é genético é a capacidade de ter gêmeos. Se na família existe algum caso de gêmeos, é muito provável que possam nascer outros. Isso se deve a uma consequência de super fecundação, o que faz com que a mulher seja capaz de liberar mais de um óvulo durante um mesmo ciclo.

Outras curiosidades sobre os gêmeos

  • As mulheres que têm gêmeos vivem mais.
  • 25% dos gêmeos apresenta a “aparência espelho”.
  • Começam a se diferenciar fisicamente com os anos.
  • Existem casos de bivitelinos idênticos.
  • Ingerir mais laticínios aumenta as chances de ter gêmeos

Existem muitos mitos que não se ajustam à realidade dos irmãos “idênticos”. Ainda que consigamos comprovar alguns, muitos dados ainda continuam sendo um mistério. O que se pode destacar deles é que estão unidos por um forte laço que os ajuda a desenvolver o aprendizado e se apoiar no crescimento.

 


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  • Graham, P; Stevenson, J. A twin study of genetic influences on behavioral deviance. Journal of the American Academy of Child Psychiatry. 1985; 24, 1:33-41.
  • Olson, J; Vernon, A; Aitken J. The heritability of attitudes: a study of twins. Journal of Personality and Social Psychology, 2001, Vol. 80, No. 6, 845-86.
  • Miller, P. A thing or two about twins. National Geographic. 2012.

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