Brincos em bebês: sim ou não?

Ao receber a notícia de que uma menina está a caminho, muitos pais ou familiares geralmente compram os primeiros brincos.
Brincos em bebês: sim ou não?

Última atualização: 16 agosto, 2018

Geralmente, os brincos são um acessório que não pode faltar na maternidade no dia do nascimento para que as enfermeiras façam a perfuração juntamente com os tratamentos iniciais. Mas, é aconselhável a utilização de brincos em bebês?

Brincos em bebês: sim ou não? Essa é uma decisão muito pessoal e individual de cada família, que irá avaliar quão necessário é colocar brincos nas recém-nascidas, mesmo sabendo que as pequenas efetivamente sentem dor, ainda não sejam capazes de se manifestar.

Embora até há algum tempo colocar os brincos nas crianças fosse um costume inquestionável, hoje já se tornou uma opção. Muitos pais preferem não fazer furos nas orelhas de suas filhas. Pois são elas quem, no futuro, poderão decidir se querem fazer ou não.

Esse assunto tem despertado polêmica e instalado um debate que fez com que muitos pais refletissem. Então, em relação aos brincos em bebês: sim ou não? Descubra neste artigo vários aspectos desse costume que pesa sobre as meninas de todo o mundo.

A opinião dos profissionais da saúde

Claro, na atualidade tem se levantado o debate sobre a necessidade ou não de colocar brincos em meninas, assim como quão ético ou antiético é fazer isso. Por isso surge imediatamente a seguinte pergunta: o que os profissionais de saúde aconselham?

Por sua vez, a Academia Americana de Pediatria recomenda esperar para que a menina seja madura o suficiente para que possa entender que suas orelhas serão perfuradas e assim tomar uma decisão própria sobre o assunto. Além disso, isso permitirá que a pequena se cuide para reduzir o risco de infecção.

Se os pais não querem esperar até que sua filha tenha uso da razão, os especialistas aconselham então prorrogar essa ação até que a bebê complete 2 ou 3 meses, ou seja, até que a criança tenha recebido suas primeiras vacinas, de modo que seu sistema imunológico esteja melhor preparado.

Os especialistas também sugerem que é melhor realizar as perfurações dos orifícios no consultório pediátrico ou na enfermaria, e não em um lugar onde há alto risco de infecção. Também é importante que a técnica seja adequada, que os brincos sejam corretos e que os cuidados sejam respeitados em casa.

Sobre o material dos brincos, recomenda-se escolher o ouro ou o aço pois são compostos que tendem a causar menos alergias, reduzindo o risco de causar coceira e, consequentemente, de gerar uma infecção.

brincos em bebês

Perfurar ou não perfurar, eis a questão!

Em um tempo não muito distante, pensava-se que o par de brincos definia o sexo do bebê e deixavam as meninas mais bonitas. Pois ajudavam a diferenciá-las dos meninos pelo fato de os bebês não terem características definidas. Assim, evitava-se a tão irritante pergunta “é menino ou menina?”.

No entanto, são muitas as vozes especializadas que se unem para aconselhar os pais a esperar alguns meses para perfurar as orelhas das filhas. Uma das questões é que o lóbulo pode se desenvolver de forma diferente. Dessa forma, o buraco não ficaria centralizado.

Além disso, antes de colocar brincos nas bebês, tenha em mente uma outra pequena “complicação” ou desconforto, mais ainda se você for mãe de primeira viagem. Algumas fibras que as roupas dos bebês possuem podem enganchar nos brincos da menina quando você for vesti-la, por exemplo. Pelo menos, tenha muito cuidado até que você se acostume para evitar acidentes.

Brincos em bebês, dói?

Embora exista um mito generalizado da ausência de dor em recém-nascidos durante os primeiros dias de vida, a verdade é que eles também sofrem, mas sua reação é tardia. “Que absurdo, ninguém se lembra desse momento”, alguns podem responder. Mas o fato é que nenhum pai gosta de ver seu filho sofrer.

brincos em bebês

Se você é desses pais que defendem a bandeira da enorme importância de transmitir segurança e dar carinho para os filhos, assim como de escutar seus gritos e reclamações para atendê-los de forma adequada, embora eles não irão se lembrar deste momento, você sabe que seu bebê estará experimentando uma dor tão forte quanto desnecessária.

Inclusive, pode ser que muitas recém-nascidas não chorem quando forem colocar os brincos. Isso ocorre porque essas meninas não são suficientemente maduras a nível neurológico para expressar sua dor, apesar de sofrer, pois a resposta lógica não chega ou demora para chegar.

Algumas razões adicionais para o momento de decidir

  • São as orelhas delas, e não as nossas. Embora seja difícil entender isso, se trata do corpo dela. O corpo pelo qual ela deveria ser capaz de decidir sobre ele mesmo. Ainda mais sobre um assunto pouco necessário ou irrelevante. Proporcione a possibilidade de escolher a respeito dessa questão tão pessoal. Por fim, se você deseja que sua pequena seja autônoma e capaz de tomar suas próprias decisões, essa é uma grande oportunidade.
  • Existem outras maneiras de diferenciar o sexo. “É menino porque não usa brincos”, então muitas meninas usam brincos para que se saiba que elas são meninas. No entanto, existem roupas próprias para meninas. Além de acessórios como, por exemplo, as tiaras, que podem muito bem diferenciá-las. Além disso, não é tão complexo perguntar diretamente o nome da criança para avaliar se é um príncipe ou uma princesa.
  • As orelhas como representação da cabeça. De acordo com a acupuntura, uma técnica pela qual são diagnosticadas e tratadas doenças através do estímulo de vários pontos localizados na orelha, qualquer brinco ou piercing estimula a zona que representa de acordo com onde está localizado. Nesse caso, trata-se dos olhos. Então, você deve ter especial cuidado ao perfurar as orelhas das meninas.
  • Respeitar a integridade dos bebês como pessoas. Pois embora se esqueçam, eles sofrem. E embora não irão se lembrar, eles podem crescer com uma estranha sensação de desconforto por uma mera questão cultural.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.