Complicações com o cordão umbilical: informações importantes

Complicações com o cordão umbilical: informações importantes

Última atualização: 29 dezembro, 2017

As complicações com o cordão umbilical podem provocar alterações leves ou graves no bebê. Por isso, um diagnóstico o mais rápido possível e acompanhamento são fundamentais.Ele é juntamente com a placenta, o artífice da alimentação e da respiração do feto durante a gestação. Sua importância é inegável. Contudo, existem certas complicações com o cordão umbilical que podem surgir e devemos estar atentos para preveni-las a tempo.

Em primeiro lugar, vamos estabelecer as funções do cordão umbilical, a fim de dimensionar sua importância fundamental na gravidez. Ele é o encarregado de transportar os nutrientes que a mãe consome para o feto. Durante a gestação e através da placenta, oferece ao feto um sangue rico em oxigênio e se encarrega também de eliminar os resíduos desses dois processos.

Além disso, existem outras tarefas que poderíamos chamar de “secundárias” que tem a ver com o desenvolvimento do sistema imunológico e a prevenção de patologias no futuro, através de exames de sangue. Esse sangue costuma ser armazenado para ser utilizado em tratamentos com células-tronco, devido à capacidade das células do cordão de se adaptar e formar outros órgãos.

“O cordão umbilical transporta nutrientes, sangue e elimina resíduos. Sua importância no desenvolvimento do feto é inegável”

Uma vez detalhada sua função, podemos proceder a enumerar as possíveis complicações do cordão umbilical. Ainda que sejam pouco frequentes, muitas podem comprometer inclusive a vida do bebê em formação.

Principais complicações do cordão umbilical

Artéria umbilical única: A AUU é uma das complicações do cordão umbilical mais frequentes. Consiste na presença de somente uma artéria (deveriam ser duas) e uma veia no interior do cordão. Ocorre em até 1% nos casos de gravidez única e em até 5% nos casos da múltipla.

La artemia fetal es una de las complicaciones asociadas al cordón umbilical.

Pode ser a causa das malformações músculo-esqueléticas, renais, do tubo digestivo, cardíacas ou cerebrais, entre outras. Pode ser detectada partir da 22ª semana da gestação.

É recomendável  realizar o acompanhamento do processo de gestação caso seja detectada a AUU. Se somente se apresenta esse inconveniente e não gera complicações maiores, poderá provocar também um peso abaixo do normal quando o bebê nascer ou um parto prematuro .

“A artéria umbilical única é uma das complicações mais frequentes do cordão umbilical”

Prolapso do cordão umbilical

Ocorre quando, uma vez que a bolsa tiver estourado, o cordão se destaca pelo canal do parto antes do bebê. Não é muito frequente, já que ocorre em um a cada mil partos, mas representa um grande risco. O prolapso do cordão também ocorre quando este se encontra diante da cabeça do feto, mas não aparece pela vagina e acontece sem a necessidade de que a bolsa estoure. O prolapso do cordão oculto, ocorre quando esse passa não pela frente, mas sim por outro lado da apresentação cefálica.

O prolapso também pode ocorrer na etapa final da gravidez. Isso pode ocasionar que o cordão sofra compressões leves que não afetam o fluxo normal de sangue e nutrientes. Em outras ocasiões, em compensação, a compressão é maior e isso pode causar certos problemas, como alterações no ritmo cardíaco, na pressão arterial ou transtornos nutritivos.

Nos casos mais extremos, isso poderia ocasionar um risco de dano cerebral ou de hipoxia fetal, quer dizer a ausência de oxigênio para o bebê. Entretanto, não ocorre sempre e é algo que os médicos controlam periodicamente.

As causas podem ser os movimentos do bebê no útero ou mesmo a compressão do cordão umbilical durante o parto. Outra razão poderia ser a ruptura prematura de membranas pré-termo (RPMP).

Um fator muito importante nestes casos é a quantidade de tempo que o cordão permaneceu comprimido e sob qual intensidade. De acordo com a Associação Americana de Gravidez, se ocorre durante um período prolongado, pode acontecer uma diminuição do fluxo de sangue e oxigênio que chega ao cérebro do bebê.

“O prolapso pode ser detectado mediante um doppler fetal ou um ultrassom”

Quanto ao tratamento, no caso das compressões leves, existem dois principais. O primeiro consiste em introduzir uma solução salina no útero antes do parto, para aliviar a pressão que pode levar a compressão. O segundo é aumentar o oxigênio para a mãe, para aumentar o fluxo de sangue até o cordão. Se ocorrer um prolapso mais grave, como quando o bebê se encontra em posição cefálica, se deve recorrer a uma cesárea para evitar que o bebê fique sem oxigênio e sua vida corra perigo.

Nós no cordão

Tendo em vista que o cordão umbilical pode chegar a medir mais de 56 centímetros, é possível que os movimentos do feto provoquem certos nós ao redor de suas mãos, pés ou pescoço.

Não é normal que isso obstrua a passagem de oxigênio, mas pode ocorrer. Nestes casos, os médicos preferem recorrer à cesárea para prevenir riscos maiores.

El feto se desarrolla en el útero y recibe los nutrientes necesarios por medio del cordón umbilical.

Circular do cordão

Ocorre quando o cordão envolve o pescoço do feto. É considerada uma das maiores preocupações quando se pensa em complicações do cordão umbilical, porém costuma ser resolvido sem grandes problemas. De fato, acontece entre 20 e 40% dos casos.

É causado pelos movimentos do bebê dentro do útero e se solta de maneira muito simples: colocando o dedo entre o pescoço e o cordão enquanto o bebê sai. Se estiver muito apertado e se esticar durante o nascimento, o bebê é controlado constantemente para detectar qualquer problema. Se as alterações se agravarem, a preferência será pela cesárea.

Inserção velamentosa

Ocorre quando o cordão se insere na placenta através da superfície das membranas ovulares, quer dizer, entre o âmnio e córion. Acontece em 1% dos casos, ainda que seja mais comum em caso de gravidez múltipla.

Pode ser a origem de outro transtorno denominado, vasa prévia, ou baixo peso do bebê ao nascer, prematuro ou de ritmo cardíaco anormal.

 


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