Dependência de crianças à tecnologia

Dependência de crianças à tecnologia
Pedro González Núñez

Escrito e verificado por o educador infantil Pedro González Núñez.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

A dependência de tecnologia pode se tornar um problema sério em crianças. Na verdade, chega a se transformar em doença inclusive em adultos, embora já tenhamos desenvolvido capacidade cognitiva total para saber que esta situação em excesso não é normal.

Precisamente por causa da falta de capacidade cognitiva da criança que ainda não está totalmente desenvolvida, é especialmente preocupante a dependência para a tecnologia dos pequenos. Inclusive são conhecidos problemas graves em meninos com apenas 8 anos.

A tecnologia fornece um mundo de estímulos visuais e auditivos que é muito atraente para todos, especialmente para os nossos pequenos. Além disso, pode tornar a vida mais fácil em vários aspectos, sempre que for usada de forma contida e sensata.

Assim, é claro que podemos tornar a tecnologia em um grande aliado na hora de fazer nossos filhos felizes. Permite lhe dar entretenimento, educação e desenvolvimento adequado sempre que for usada de forma lógica e segura.

Como saber se meu filho é dependente de tecnologia

Descobrir que o nosso filho tem dependência de tecnologia é relativamente simples. Só temos que observar como o pequeno se comporta quando está em posse de um celular ou computador, e como ele faz quando não os tem em mãos.

Se observarmos que o nosso filho começa a usar a tecnologia de forma abusiva, quase com compulsão e ansiedade, e já não mais por prazer, mas por pura necessidade sem nenhum tipo de controle sobre si mesmo, passando a reduzir o seu estado de nervos ao usar o computador, tablet ou celular, é evidente que o pequeno tem um problema.

No entanto, para aquelas crianças que desenvolveram sua vida em ambientes pouco comunicativos, é possível que não sofram de dependência em tecnologia, apesar de algum abuso, pois é a sua maneira de expressar sentimentos e desejos, um fato que irá melhorar a sua autoestima.

No entanto, com aqueles pequenos que mesmo tendo limites para o uso tecnológico, pulam, desobedecem e até mesmo deixam de lado outras formas de entretenimento e responsabilidades para usar um computador ou celular, devemos estar atentos.

Identificar uma criança viciada em tecnologia

Para identificar uma criança que é viciada em tecnologia devemos ser capazes de localizar uma série de sintomas específicos que nos levarão a nos colocar nas mãos de um profissional especialista caso o problema ultrapasse as nossas capacidades e conhecimentos:

  • Veja se o seu filho sempre coloca o uso tecnológico em primeiro plano, deixando de lado outras obrigações ou formas de entretenimento.
  • Observe se não respeita horários e rotinas como a hora de comer, dormir ou ir para a escola.
  • Você deve confirmar que a comunicação com seu filho é cada dia menor e até mesmo marca uma barreira física.
  • Se você abordar a questão tecnológica com ele, verifique sua reação. Se ele se mostrar frustrado e irritado, pode ser problemático.
  • Se ele usar mentiras e justifica sua conduta omitindo a verdade, o jovem pode sofrer um vício.

O que fazer se meu filho é viciado em tecnologia

Não é simples para resolver o problema de uma criança viciada em tecnologia. A proibição não é o caminho, porque só irá gerar distância, desconexão, incompreensão, raiva e dor. O objetivo final é que a criança reconheça o seu problema, é a única maneira de lhe ajudar.

Uma boa opção é tentar introduzir progressivamente atividades entre pais e filhos ou com amigos para que fiquem longe da tecnologia, mas que possam ser atraentes. Desta forma conseguiremos pouco a pouco desviar a atenção do pequeno.

Nós também devemos definir horários e regras que a criança tem de cumprir. O uso da tecnologia não é para se tornar um vilão, mas também não se pode permitir o abuso. Você apenas tem que fazê-lo de forma sensata para que seja apenas mais uma parte da vida social, pessoal, e diária da criança.

Se seu filho tem um vício em tecnologia temos que envolver todos os atores que façam parte do seu desenvolvimento e educação. Converse com os professores, amigos e familiares para que juntos se aumentem as habilidades cognitivas do pequeno e ele aprenda a ver o problema sozinho.

Em última análise, se o problema está muito avançado e nenhum dos conselhos acima funciona, temos que nos colocar nas mãos de um psicólogo infantil profissional que possa tratar da dependência à tecnologia do seu filho.


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