Como deve ser o apego emocional da família?

Como deve ser o apego emocional da família?
María Alejandra Castro Arbeláez

Escrito e verificado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 21 junho, 2017

Antes dos 5 anos as crianças formam uma relação afetiva com uma figura que seja sensível e receptiva, isso é o que conhecemos como apego emocional. Essa figura permite um desenvolvimento adequado no que se refere ao âmbito social e emocional. A principal pessoa com a qual se foma esse laço é a mãe, porque os bebês se apegam a uma pessoa que lhes possa proporcionar segurança e bem estar.

Daí em diante, esse vínculo gerará habilidades para que a criança seja segura e capaz de criar relações interpessoais. Com o passar do tempo se desenvolveram experiencias que determinarão como será a relação com os demais. Isso pode se apresentar no seio familiar e grupo de companheiros, adequando os  recursos que foram proporcionados para ser feliz.

Em que consiste o apego emocional?

Na psicologia chamam de apego emocional o vínculo afetivo que se estabelece entre uma criança e seus pais desde os primeiros anos de sua vida. Isso, além de proteção e segurança, ajuda as crianças a desenvolver sua personalidade e capacidade de formar laços. Igualmente, inicia um processo de convivência com outros ao seu redor, algo necessário para poder aprender, trabalhar, amar, e criar sua própria família.

Tudo dependerá da figura de afeto, quer dizer, da pessoa com quem a criança estabelece o vínculo. Por isso, quando não se produz da maneira correta, não terá os mesmos resultados.

Segundo o psicólogo John Bowlby, a criança é capaz de alimentar a relação com sua figura de apego. Isto com o objetivo de se sentir segura e poder seguir aprendendo com ela. Assinala que para que isso aconteça, no processo de apego positivo, devem existir três elementos essenciais:

  • Sintonia. É a conexão entre os pais e seu filho; compreensão sem necessidade de falar
  • Através da sintonia é possível que as famílias equilibrem seus estados corporais, mentais e emocionais.
  • A integração entre a relação das crianças com os adultos forma um vínculo interpessoal e consigo mesmo.

Por que é importante ter apego emocional com a família?

Como pais, é importante que nos abramos emocionalmente com nossos filhos. Eles ao ver que estamos expressando nossos sentimentos não se sentirão intimidados. As vantagens sobre este tema é que os filhos podem demonstrar proximidade em sua relação com os demais. Se mostram mais compreensivos em momentos difíceis e sobretudo com muita segurança.

Passar o maior tempo possível com nossos filhos é indispensável, isso mostrará a eles que são prioridade. Além disso, compreenderão que ser parte da família implicará em compartilhar os momentos bons e ruins. Também é importante buscar uma maneira de disciplinar de forma positiva para que a criança aprenda sem traumas.

O apego é uma relação de afeto profunda e importante para o desenvolvimento de uma criança. Permite a relação com seu entorno por muitas razões. Da mesma forma com que sentimos a necessidade de comer ou respirar, tanto crianças como adultos também necessitam do apego com outras pessoas. É importante que os amem e protejam para sentirem segurança, confiança e autoestima. Isto será de grande influência em seu comportamento no futuro.

Maneiras que o apego emocional se apresenta

As formas de apego que mostraremos a seguir demonstram que o desenvolvimento emocional pode ser bom ou mau. Dependendo das características do apego a criança pode ser muito segura ou ter resultados negativos em sua personalidade.

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  • Uma criança segura. Esta forma demonstra que o vínculo seja com os pais ou com o cuidador, reage de uma maneira apropriada segundo as necessidades da criança, e dará como resultado a preferencia buscando proximidade. Isso pode levá-la a protestar pela ausência da pessoa pela qual sente apego. Porém, pode ser consolado por pessoas que podem estar no círculo familiar quando sente a própria segurança.
  • Uma criança ansiosa. É um resultado muito comum, porque alguns pais ao protegerem excessivamente a criança a afetam. Não permitir que ela assuma desafios que possam dar independência a impede de desenvolver sua segurança. É possível que não se sinta capaz de enfrentar riscos na ausência dos pais.
  • Uma criança desorganizada. Este comportamento é muito negativo, inclusive é uma forma de abuso infantil que se produz por não ter apego emocional. Acontece como produto da necessidade de apego com a pessoa desejada. Isso acontece quando se produz o maltrato, e tem como consequência uma criança confusa. Com frequência se observam comportamentos contraditórios e insegurança ao se relacionar com as pessoas ao seu redor.

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