Uma mãe sabe que o dia tem mais de 24 horas

Uma mãe sabe que o dia tem mais de 24 horas
Elena Sanz Martín

Revisado e aprovado por a psicóloga Elena Sanz Martín.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

O dia não tem 24 horas, pelo menos não para uma mãe, porque 24 horas são poucas para o muito que há para fazer quando se tem filho pequeno. O trabalho é imenso toda vez que numa família nasce um bebê e até mesmo quando a mamãe pode contar com os braços do papai, da avó e do avô para ajudar com a criança e as atividades domésticas, as jornadas são muito extensas. Ninguém pode calcular quando termina uma e quando começa a outra.

O dia tem mais de 24 horas para uma mãe quando se trata de cuidar do bebê

Quando minha filha nasceu o tempo se tornou curto. Recordo que eu me levantava as 6 da manhã para tomar banho correndo e estar pronta para quando ela emitisse seus primeiros gemidos da jornada. Isso nos “dias de festa”, porque na maioria das vezes era 11 horas  e meio dia sem nem poder aproximar-me do lavabo.

Assim que Any acordava ela pedia meu peito da única maneira que sabia fazê-lo: chorando. Eu sentava na poltrona do nosso quarto e ali ficava durante vários minutos. As vezes ela adormecia e eu esperava que ela acordasse para asseá-la, outras vezes ela ficava acordada e me olhava com esses belos olhos que a natureza lhe deu. Eu a limpava, trocava a fralda, e ficávamos um tempo na cama: ela descobrindo o mundo, eu descobrindo cada gesto maravilhoso dela.

A manhã e a tarde seguiam da mesma forma até que chegava a noite, continuava a madrugada e outra vez a rotina se repetia: peito-sono, peito-troca de fralda, sono-peito choro-peito… durante esses primeiros meses, entre a insônia e a pouca concentração que o cansaço me deixava tive a sensação de que os dias não avançavam e estava inserida dentro de uma jornada extensa sem fim.

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O dia tem mais de 24 horas para fazer as tarefas relacionadas ao bebê

No que diz respeito às tarefas relacionadas ao bebê, por sorte, sempre pude contar com o apoio de meus pais e meu esposo. Eles se encarregavam da maioria dos afazeres da casa e todos aos que estavam relacionados com a bebê: lavar roupinhas e lençóis, comprar o que eu necessitava para ela e até preparar a mamadeira quando comecei a ficar sem leite.

Minha mãe, usando sua vasta experiência depois de ter criado 3 filhos, me ajudava a dar banho na minha filha (coisa que me dava um medo terrível), a curar o umbigo, a eliminar os gases da bebê… Mas sei que nem a todas ocorre o mesmo e a maioria tem que se virar sozinhas para seguir adiante e não enlouquecer entre tanta fralda suja, choro do bebê e sua vida que parece parar.

No entanto, mesmo minha família me ajudando muito, as vezes eu estava a ponto de desmaiar, e as poucas horas de sono que tinha serviam apenas para recuperar-me. É que se começo a somar todas as atividades a fazer em casa de maneira cotidiana, com os extras que se tem que fazer pelo bebê, a lista aumenta e 24 horas são poucas para preenchê-la, ao menos quando se tenha várias mãos.

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Uma mãe sabe que o dia tem mais de 24 horas

Uma mãe sabe que o dia tem mais de 24 horas quando ela dá à luz. Em sua gestação há tempo para tudo: fazer as unhas, tomar banho, pentear-se, escovar os dentes com calma, sair para as compras, decorar o quarto do bebê, tirar e guardar suas roupinhas algumas vezes como se fosse um jogo…

Se está à espera do primeiro filho, há mil momentos para relaxar e pensar no futuro. Mas quando o bebê chega, as rotinas se transformam, não poucas vezes, de maneira brusca, da noite para o dia o mundo fica diferente e nossos hábitos sofrem uma mudança transcendental.

Acredito que para todas, inclusive com as mais preparadas, ocorreu algo parecido. Por mais que imaginássemos como seria a maternidade, fomos surpreendidas e nos convertemos em mães, em boas mães, por sinal. Felizmente a natureza é sábia e dotou as mulheres e até muitos homens, da consciência, paciência, amor, altruísmo e devoção necessária para criar seus filhos.


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