Meu filho não aceita meu novo parceiro

É normal que as crianças nem sempre reajam como esperamos. Portanto, se seu filho não aceitar seu novo parceiro, não se desespere. A paciência e essas dicas vão te ajudar a lidar com a situação.
Meu filho não aceita meu novo parceiro

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 12 junho, 2018

É importante que você entenda as reações de seu filho quando lhe apresentar um novo parceiro. Por quê? As principais razões podem ser o ciúmes, o medo de ser abandonado ou de que você possa sofrer novamente. Esses não são argumentos leves, devido ao fato de que um dos pais não está presente.

Essa situação pode fazer com que a criança se sinta infeliz e até mesmo paranoica de que em algum momento você também a deixará. Nesse processo, seu filho não vai querer te dividir com mais ninguém; portanto, será um desafio pensar e entender “por que meu filho não aceita meu novo parceiro”.

A realidade de uma família reconstituída

Se seu filho tiver idade suficiente para pensar racionalmente, é possível que esteja passando a ter um relacionamento mais igualitário com você; isso é amadurecer. Desse ponto de vista, você deve aprender a encarar a nova situação baseada na amizade e na confiança.

Se houve uma separação de comum acordo, seu filho pode entender que foi para o bem de seus pais. Se a perda ocorreu por meio de uma situação traumática, pode levar um tempo considerável para a situação se normalizar.

Além disso, a personalidade do seu filho também é relevante neste caso; isto é, se ele é mais dependente ou não. Sempre surgirá a pergunta: “O que devo fazer se meu filho não aceitar meu novo parceiro?” Isso é algo com que você deve se preocupar, já que você deve proteger o bem-estar de seu filho.

A ideia de um novo pai: meu filho não aceita meu novo parceiro

Para seu filho, a ideia de substituir o pai é muito dolorosa. Isso pode levá-lo a se fechar completamente em uma bolha buscando proteção ao pensar que alguém novo entrará para a família. Então, seu filho poderia pensar que ele ficará em segundo plano.

A realidade de uma família reconstituída

Por outro lado, tente entender que é possível que ele se sinta inseguro e, por isso, não aceite seu novo parceiro. Além disso, ele pode acreditar que você começará um relacionamento instável, criando mais confusão.

Além disso, é provável que seu filho ainda se apegue à ideia de que seu pai está com a família e faça todo o possível para tentar manter o espaço que antes era do pai em casa. Por consequência, procurará fazer com que tudo seja como era antes.

Como posso ajudar meu filho a aceitar meu novo parceiro?

Há várias recomendações que você pode seguir para conseguir, ou pelo menos tentar, fazer com que seu filho se ajuste a esse novo relacionamento.

A primeira coisa é:

  • Transmitir que seu novo parceiro não substituirá ninguém.
  • Comunique a ideia de que nada vai mudar, mas que seu novo parceiro vai contribuir com coisas boas para a família.
  • Converse claramente com seu filho sobre o que o preocupa, do que ele precisa.
  • Não se esqueça de falar com ele sobre sua própria necessidade como pessoa adulta, por que você também precisa de alguém ao seu lado.
  • Converse com seu filho previamente sobre seu novo relacionamento; então, o apresente somente quando for estável.
  • Não se preocupe com reações habituais, dê atenção a elas no devido momento.

O problema de “Meu filho não aceita meu novo parceiro” não será resolvido rapidamente. Então, aprenda que você deve lhe dar o tempo necessário para assimilar a situação.

“Tente entender que é possível que ele se sinta inseguro e, por isso, não aceite seu novo parceiro”

O tempo como condição pontual

Seu filho aceitar seu novo relacionamento vai depender muito do tempo. Se um tempo considerável tiver passado, a situação pode se tornar mais suportável porque ele pode ter atingido um nível de maturidade que lhe permita entender as relações adultas.

Lembre-se também de que a capacidade de administrar o conflito que seu novo parceiro tenha favorecerá ou prejudicará a adaptação na família.

Outros fatores que devem ser considerados são:

  • A idade do seu filho.
  • A personalidade do novo parceiro.
  • Estabelecer papéis na nova família.
  • Negociar regras ou normas na casa.
  • Melhorar a comunicação.
  • Procurar pontos em comum.
Uma nova abordagem

Uma nova abordagem

Se você tem o dilema que apresentamos aqui, ele acontece em parte porque a ideia de um padrasto é estereotipada; há uma concepção de que é uma coisa ruim, que mesmo nas histórias é visto como algo que afeta a segurança do lar. Ainda mais se seu filho pensar que ele veio para substituir o amor leal de um pai, seja após morte, divórcio ou abandono.

No entanto, o tempo trouxe novas situações nas famílias; os ambientes estão cada vez mais diversificados e com mais variáveis nos modelos familiares.

Tenha consciência de que o problema não é algo pessoal contra você e nem mesmo contra seu novo parceiro, mas sim com a situação como tal. Dê tempo ao tempo e as coisas se acalmarão pouco a pouco.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.