O que é a síndrome da banda amniótica?

Essa síndrome acontece quando alguma parte do corpo do feto se enreda por uma fibra que restringe seu desenvolvimento.
O que é a síndrome da banda amniótica?

Última atualização: 14 dezembro, 2018

A síndrome da banda amniótica está relacionada com uma série de defeitos de nascimento. Por causa dessa síndrome algumas partes do corpo como dedos, pernas e braços são afetados.

Os defeitos ocasionados por esse problema são diferentes, posto que depende da parte do corpo afetada.

Também pode ocasionar a morte fetal caso a banda se enrede em zonas mais delicadas. Por exemplo, pode provocar danos se o fluxo de sangue no cordão umbilical for restringido.

Trata-se de uma disfunção que ocorre por simples azar. Não existe nenhum risco genético ou ameaça por algum determinado motivo. Portanto, não se estabeleceu nenhum tipo de relação com a atividade da gestante.

Também não está relacionada com gestações anteriores ou posteriores. Ou seja, o que acontece com esse bebê não significa que vai se repetir. Da mesma forma, se não ocorreu anteriormente não quer dizer que estaremos isentos.

Desenvolvimento da síndrome da banda amniótica

síndrome da banda amniótica

Os especialistas consideram que esse transtorno começa a se desenvolver aproximadamente nos primeiros 28 dias da concepção.

No entanto, pode aparecer até 18 semanas mais tarde. Acredita-se que quando aparece em um prazo estimado de 45 dias, as consequências podem ser catastróficas.

Quanto menor o feto, maiores probabilidades têm de que a banda amniótica afete órgãos vitais. Ou seja, podem acarretar defeitos no crânio ou em órgãos mais importantes.

Quando ocorre mais tarde, os defeitos podem ser mais limitados, visto que o feto é um pouco mais resistente.

Alguns estudos relacionaram o aparecimento dessa síndrome com a realização da amniocenteseNo entanto, depois se descobriu que esse tipo de lesão pode aparecer sem a realização desse procedimento.

Em alguns casos, o transtorno não foi diagnosticado em ultrassons realizados até a 21ª semana de gravidez. A respeito disso, os especialistas asseguram que é difícil determinar a presença da síndrome da banda amniótica antes do nascimento.

Diagnóstico

Em certas ocasiões, é simples detectar a disrupção em qualquer ultrassom. Como falamos anteriormente, pode aparecer em diferentes etapas da gravidez. Portanto, é possível que seja diagnosticado em consultas rotineiras.

Ficou constatado que a maioria das crianças que desenvolvem esse problema, nascem sem complicações.

A maior parte das gestações que padecem de uma complicação por banda amniótica se desenvolvem normalmente. Ainda que se tenha diagnosticado o problema, talvez não se produzam outras perturbações. 

O principal inconveniente com o diagnóstico da síndrome da banda amniótica é que não é fácil de distingui-la nas ecografias.

As bandas são muito finas, portanto nas primeiras 12 semanas não são fáceis de serem notadas. Depois desse período, o médico pode começar a suspeitar quando os exames apontarem o dano causado.

Em outras ocasiões, não é suficiente um ultrassom para detectá-la. Portanto, diante da suspeita do dano, o especialista pode indicar a realização de uma ressonância magnética.

Também pode ser confirmado mediante a execução do estudo Doppler. No entanto, às vezes não se nota o problema até o nascimento do bebê.

síndrome da banda amniótica

Efeitos da síndrome da banda amniótica

Os efeitos podem ser medidos de acordo com a parte do corpo afetada. As partes mais comumente afetadas pela doença são os dedos, braços, mãos ou pernas.

Nestes casos, o embaraço dessa banda nos membros, pode causar a deformação da área ou inclusive a amputação total. 

Pode ser a causa de uma fenda labial ou lábio leporino quando a banda atravessa o rosto. Além disso, é a principal causa de nascimentos com pé torto equinovaro.

Por conta dessa síndrome ocorrem os defeitos de nascimento relacionados a malformações incapacitantes ou desfigurantes. 

Os especialistas afirmam que todos os casos são diferentes porque a localização da doença é acidental. Além disso, a gravidade do dano depende de fatores relacionados ao tempo da gestação.

Alguns casos mais recorrentes são os seguintes:

  • Dano leve por causa do aparecimento de dobras simples que não impedem o funcionamento do órgão.
  • Sulcos profundos que requerem cirurgia porque bloqueiam a circulação.
  • Restrição nas extremidades em diferentes alturas. Afeta com mais gravidade os dedos, evitando o seu desenvolvimento normal.
  • Amputação congênita, que é produzida pela insuficiência de sangue na extremidade amputada. Quando a criança nasce, já perdeu alguma parte do corpo durante sua formação.
  • Fusão das partes lesionadas, especialmente dando como resultado transtornos como a sindactilia, que é a presença de menos dedos.
  • Distrofia das unhas.
  • Subdesenvolvimento de um dos membros, dando lugar a discrepância de tamanhos
  • Contratura das articulações por pressão da banda no nervo
  • Encefalocele
  • Acrania, que é a falta de desenvolvimento dos ossos do crânio
  • Anencefalia, ocorre quando o cérebro não se desenvolve
  • Luxação dos quadris
  • Formação de articulações falsas, também conhecido como pseudoartrose.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.