Os medos nas crianças de 6 anos

As crianças são medrosas por natureza, já que estão em plena descoberta do mundo e dos seus elementos. Ajude os pequenos a compreender e enfrentar seus medos para que não desenvolvam medos irracionais em determinadas situações.
Os medos nas crianças de 6 anos
María Alejandra Castro Arbeláez

Escrito e verificado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 24 fevereiro, 2018

Sentir medo é uma coisa completamente natural nos seres humanos. Principalmente nas crianças, que ainda estão descobrindo o mundo e suas ameaças. A seguir, vamos analisar os medos que aparecem com mais frequência nas crianças de 6 anos e como lidar com eles.

À medida que uma criança interage com o mundo exterior e incorpora novos conhecimentos através das histórias infantis, da televisão ou dos videogames, ela experimenta novas sensações. Antes, passava muito tempo em casa e seus medos se relacionavam, principalmente, com a possível ausência dos pais.

No entanto, aproximadamente a partir dos 5 anos, sua vida se amplia a novos conhecimentos. A criança começa a se relacionar com amigos da escola, sai mais na rua e muda seus gostos em relação aos programas de televisão, por exemplo.

Ela passa a gostar de assistir histórias de terror na televisão ou de matar vilões nos jogos. Mas não gostaria de passar por essas situações na vida real por nada desse mundo.

Medos nas crianças de 6 anos: gatilhos mais frequentes

Quando as crianças são mais novas, os medos estão associados à ausência dos pais, aos animais, aos monstros ou aos fenômenos físicos (um raio, por exemplo). A partir dos seis anos, esse leque de possibilidades se amplia consideravelmente.

Estes são os medos nas crianças de 6 anos que aparecem com mais frequência:

Animais

Como dissemos anteriormente, a criança está em uma fase na qual gosta de passear na rua. Nesses passeios, ela pode encontrar algum cachorro ou outro animal que possa machucar ou fazê-la passar por uma experiência ruim.

Esse é o fator mais comum que causa o medo dos animais. No entanto, esse medo também pode surgir por causa de desconhecimento. Por exemplo, uma criança pode ter medo de um gato até se aproximar e descobrir que ele é amigável.

Também podemos incluir os insetos nesse caso. As aranhas claramente lideram essa lista, na qual também podemos incluir as baratas e as minhocas.

“O medo é natural no ser prudente. Saber vencer o medo é ser valente”
–Alonso de Ercilla y Zúñiga–

Escuro

Tem início uma fase na qual as crianças são instigadas a dormir no próprio quarto. Consequentemente, apagar as luzes se relaciona com o aparecimento de todo tipo de seres malvados que se aproveitam desse momento de solidão.

É um medo completamente natural que até mesmo alguns adultos têm. Portanto, você deve ser paciente. E se a criança pedir, você deve deixar alguma luz acesa à noite até que ela supere esse medo.

medos nas crianças de 6 anos

Pessoas malvadas

Muitas crianças têm medo de ladrões, sequestradores ou de qualquer outro tipo de criminoso que possa encontrar na rua.

Apesar de ser um estado de alerta que as mantêm atentas, o excesso de medo pode provocar uma desconfiança desmedida em relação às pessoas em qualquer situação.

É importante, no entanto, ensinar as crianças a não interagir com desconhecidos em nenhuma circunstância. Dessa maneira, ela estará mais segura e poderá combater esse medo.

Monstros

Não existe nenhuma criança no mundo que não tenha medo de monstros. Pelo menos a grande maioria tem. Com a imaginação em pleno desenvolvimento, é normal que as crianças inventem seres e situações tão inimagináveis quanto assustadoras.

Isso é normal nessa idade. Portanto, você não deve se preocupar. Apenas ajude os pequenos a se tranquilizar quando esse medo aparecer e pouco a pouco eles vão superar.

Água

Entre os medos nas crianças de 6 anos, também está o medo de água. A razão principal é que não é o meio natural para as pessoas.

Por isso, as crianças, que desconhecem os perigos, se sentem inseguras ao entrar no mar ou em uma piscina. Elas podem sentir medo até mesmo de se afogar na banheira da própria casa.

Para prevenir esse medo, você deve acostumar seu filho desde cedo com o contato com a água, seja no mar ou na piscina. Assim, a criança vai saber que você vai mantê-la em segurança e que esse é um meio no qual pode se divertir muito.

medos nas crianças de 6 anos

Como agir se meu filho tiver medo?

A ação principal que os pais devem adotar é ser compreensivos. Deve-se escutar, entender e acompanhar a criança sempre que ela sentir medo.

Além disso, será de grande ajuda inventar algum elemento de poder. Por exemplo, uma varinha mágica para afastar os monstros ou um bichinho de pelúcia que a “defenda” dos seres malvados.

Por outro lado, devemos ensinar com o exemplo. Quando a situação de medo aparecer, devemos mostrar à criança que o ideal é enfrentar os medos.

O que não devemos fazer

Entre as coisas que não devemos fazer ao enfrentar os medos nas crianças de 6 anos estão:

  • Subestimar o medo. Não devemos dizer que ela “deve ser corajosa” ou que “não há motivo para ter medo”.
  • Fazer concessões quando a criança estiver assustada porque isso pode favorecer a manutenção do medo.
  • Contar histórias de terror para evitar um comportamento, como sair para brincar no quintal à noite, por exemplo.
  • Transmitir nossos próprios medos. Isso é muito comum. Por exemplo, quando a criança estiver brincando e alguém diz “desça já daí senão o ‘homem do saco’ vai vir te pegar” em vez de dizer “tenha cuidado para não se machucar”.

Frente a esses medos, é normal que a criança chore e evite a todo custo a fonte que causa essa sensação. Se aparecerem sintomas que você considere exagerados, você pode consultar um psicólogo infantil, já que também pode se tratar de alguma fobia ou um caso particular.

Por fim, lembre-se de que todos nós sentimos medo de alguma coisa. Por isso, seja compreensivo e se coloque no lugar das crianças para ajudar a enfrentar da melhor maneira todos os medos.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.



Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.