Podemos nos preparar para ser pais?

Podemos nos preparar para ser pais?

Última atualização: 27 dezembro, 2016

Há quem diga que ninguém está preparado para ser pai ou mãe. Dizem que as crianças não vêm com um manual de instruções e que a criação dos filhos é o maior desafio que já assumiram. Mas quando você se pergunta se é possível se preparar para ser pais, a resposta é sim.

Provavelmente você não vai saber tudo. Mas vai saber alguma coisa e isso é o que importa. Atualmente há muitas literaturas que podem contribuir na criação dos filhos. Você pode assumir essa tarefa como uma matéria para a qual precisa estudar.

O conhecimento é luz, você já sabe. E com certeza também sabe que entre a teoria e a prática há algumas diferenças. Aos poucos você vai adaptando os conceitos à realidade do seu lar e à vivência com seu filho. Mas insisto que ter uma ideia sobre o que fazer em algumas ocasiões se mostra uma grande vantagem.

Geralmente, quando pensamos em nos preparar para a chegada do bebê, pensamos no enxoval do recém-nascido, no quarto, no berço, na roupa e nos outros objetos materiais que precisam estar disponíveis, ao alcance das mãos. Mas são poucos os pais que se educam para criar uma criança saudável e feliz.

Já dissemos uma vez e com certeza você já escutou isso em algum lugar: Os filhos são o reflexo dos pais. Por isso, é conveniente que se analise como pessoa, procure melhorar seus defeitos e faça tudo o que estiver ao seu alcance para encontrar equilíbrio emocional e espiritual, não somente econômico. Somente assim vai poder oferecer paz e felicidade.

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Ser pais comprometidos

Gisela Medina Soto, consultora organizacional do site Perfil (www.perfil.com.pe), afirma em uma nota de imprensa publicada no portal de notícias RPP Notícias, que na preparação para ser pais é importante aprender a se conhecer.

“Se vamos educar uma nova pessoa, devemos saber em quais condições nos encontramos, em qual fase do nosso processo de formação e desenvolvimento estamos e o que precisamos melhorar”, ressalta Soto no artigo.

Nessa ânsia de melhorar, um dos conselhos ou uma das práticas mais positivas é a que propõe respeitar a criança como ser humano. Respeitar as emoções, os sentimentos e os pensamentos da criança, sem menosprezá-la devido à pouca idade.

Seu filho tem opiniões e uma maneira particular de ver as coisas. Por isso a preparação também inclui aprender a tolerar aqueles que são diferentes.

Como pais, o melhor presente que podemos oferecer aos nossos filhos é compartilhar como eles nosso bem-estar emocional. Por isso que, antes de começar a nos preocupar com nossos filhos, precisamos cuidar de nós mesmo, aconselha um artigo do El País da Espanha.

Amar nossos filhos implica deixar de lado nossos desejos para atender as necessidades deles. E fazer isso todos os dias durante muitos anos

-Erich Fromm-

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Respeito e amor

O psicólogo David Cortejoso enumerou os dez erros mais comuns que os pais cometem na criação dos pequenos. O primeiro deles é não escutar os filhos. “É muito comum não darmos tempo suficiente para que eles se expliquem ou se expressem. Cortamos nossos filhos, somos autoritários e consideramos entendido algo que eles querem contar sem dar a oportunidade que o façam. Deixe seu filho falar, tenha paciência”, aconselha.

Um artigo do El País da Espanha propõe o seguinte: Devemos reorganizar nossas prioridade e aspirações de vida nos adaptando aos horários do nosso pequeno. Como alguém vai precisar estar 24 por dia junto das crianças, cedo ou tarde será preciso tomar decisões.

“Podemos permitir que um dos membros do casal deixe de trabalhar? Contamos com a ajuda diária dos avós? Contratamos uma babá por tempo indefinido? Vamos levar nosso filho a uma creche?”, questiona o artigo.

Esse artigo também explica que para ser pais é preciso se matricular em um mestrado de amor incondicional.

Pode ser que essa matéria não tenha notas, mas tem provas todos os dias. Para ser aprovado e superar os desafios que surgem quando temos um filho precisamos compreender que o importante é o que ocorre quando estamos a serviço dos nossos filhos. Assim, as necessidades deles são nossas prioridades.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.