O que fazer quando um filho não coopera

Não há varinhas mágicas que ajudem a conseguir que nossos filhos façam as coisas da forma como queremos que façam porque eles têm personalidade própria e suas formas de fazer as coisas.
O que fazer quando um filho não coopera

Última atualização: 01 janeiro, 2019

Se o seu filho não coopera, o melhor que você pode fazer, sem dúvida, é dar opções.

As opções são as ferramentas mais úteis para poder gerir a vida com filhos pequenos, e também para que aprendam a cooperar em casa. Dar alternativas aos pequenos da casa é quase como ter uma varinha mágica.

Um exemplo muito fácil de entender para dar opções aos filhos pode ser:

“Você quer ir para a cama agora ou em cinco minutos? Em cinco minutos? Está bem, mas terá que ir para a cama em cinco minutos sem discutir”.

Neste exemplo, a criança obviamente vai decidir pelos cinco minutos a mais.

Dar opções é sempre a melhor solução

É bem capaz que agora mesmo você esteja se perguntando como é possível que esse truque funcione tão bem: parece bom demais para ser verdade!

Esta opção é a melhor solução porque é uma situação “ganha-ganha”. O que isso quer dizer?

Quer dizer que nenhuma das partes sai perdendo, a criança não sente que algo está sendo imposto e você dá opções para que tudo esteja bem e todos fiquem felizes.

Assim, se o seu filho escolhe uma das duas opções, todos saem contentes da situação, as brigas de poder ficam no passado e você não estará obrigando seu filho ou filha a fazer algo.

Pelo contrário, ele ou ela está tomando a decisão de fazer ou não fazer. Assim, você evita problemas de comportamento.

Você precisa saber que quando uma criança não coopera, é porque não gosta de se sentir obrigada a fazer algo.

Quando a perspectiva muda e ela se dá conta de que é protagonista da escolha, a cooperação vem logo. Mas, para que a técnica funcione, é preciso que ela seja bem executada. Então, como fazer isso?

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Estabeleça opções limitadas

Nunca mais de duas ou três. E elas devem ser convidativas para o seu filho, desde que não seja algo inaceitável para você.

Para as crianças pequenas, é necessário que as opções sejam apenas duas e fáceis de entender. Por exemplo:“Você quer colocar a jaqueta ou quer que eu te vista?”.

Mas, à medida que as crianças vão crescendo, as opções podem se complicar um pouco, sendo adaptadas a elas.

Por exemplo: “Se você não quer fazer futebol, tudo bem. Mas escolha uma atividade física para praticar”. Assim, elas se sentirão mais independentes e donas de suas próprias decisões.

Crianças devem entender que têm responsabilidade

É necessário que as opções utilizadas com um filho que não coopera – e o objetivo é que coopere – sejam formuladas de modo que ele possa realizá-las corretamente.

Por exemplo, é possível dizer ao seu filho que quando acabar a lição de casa, pode sair para passear ou fazer trabalhos manuais. Assim, seu filho poderá escolher a opção que mais interesse a ele sem sentir que foi uma imposição.

Mas, em vez disso, se você disser: “Depois de fazer a lição de casa, faremos trabalhos manuais”, é possível que seu filho não queira fazer nem o dever nem os trabalhos manuais, apenas porque sente que está sendo obrigado por você.

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As consequências sempre existirão

Algo importante que as crianças devem aprender com esta técnica é que toda ação tem uma consequência (positiva ou negativa).

Por exemplo, se o seu filho tem uma prova, você pode dizer que é uma escolha dele estudar para tirar uma nota boa e que se ele não fizer isso, terá consequências negativas. Dessa forma, passar ou não terá sido decisão dele.

É necessário que as opções que você oferece aos seus filhos sejam suportáveis para você.

Por exemplo, se você não quer que ele repita de ano sob nenhuma circunstância, deverá ajudá-lo a aprender técnicas de estudo, a ter motivação e ser um melhor estudante.

Todos esses conselhos são adequados para qualquer criança que não coopera nas atividades diárias da casa. Mas não se pode esquecer que a empatia é o mais importante para que seu filho entenda que as coisas podem correr bem.

O seu filho precisa se sentir compreendido. Assim, poderá tomar uma decisão mais acertada. Deixe de lado as brigas de poder e seja consistente com as consequências que estabelecer, pois uma criança que coopera mais é muito mais feliz em casa.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.