7 coisas que você deve ensinar ao seu filho para prevenir o abuso sexual
Abuso sexual ainda que pareça um tema sério e delicado de fato é mais comum do que pensamos, ainda que pareça estar longe do nosso alcance. As crianças estão expostas todos os dias a este terrível flagelo e o que podemos fazer, como pais, é evitar o tema.
Não se fala de abuso sexual somente dentro de um âmbito de violência na rua, lamentavelmente se encontra presente dentro de muitos lares; porque se trata de uma ação derivada da atividade sexual na qual ao menos um dos protagonistas não tem vontade para consentir.
Nesse sentido, seja pelo uso da força, de persuasão ou da coação, fala-se de abuso sexual quando se exerce poder sobre a pessoa abusada de alguma maneira. Ao mesmo tempo, pode-se descrever como um contato íntimo entre um adulto e um menor, ou inclusive entre dois menores, quando um deles submete o outro.
Se você faz parte da porcentagem que pensa que está isenta desse problema, precisa saber que o abuso sexual é frequente e de alcance geral em qualquer nível social, educativo ou afetivo. É reconhecível em crianças e adultos por igual, mas pode ser prevenido com efetividade.
Um delito ambíguo
Ter atividade sexual com um menor leva a um fato não só depreciável, mas além disso é crime, por lei.
Muitas pessoas tem dificuldade de determinar quando o abuso está acontecendo, o que é ou em quais condições acontece; neste particular, qualquer atividade física que possa parecer uma “brincadeira”, pode implicar em um delito.
É importante esclarecer que as crianças não devem ter nenhum tipo de “brincadeira” sexual com nenhuma pessoa, seja familiar, do mesmo sexo ou não. O fato de que é uma criança, com menos de 19 anos, deixa claro que não se encontra psicologicamente capacitada para dizer se quer isso ou não.
Do mesmo modo, implica em quebrar a lei aceitar o consentimento sexual de um menor, porque ela estipula que a criança não está autorizada legalmente para aceitar esse fato.
Algumas vezes quando os pais estão envolvidos, pode-se chegar a creditar que não há delito, porque eles têm direitos sobre seus filhos; porém, a lei implica que nenhum adulto deve exercer poder sexual sobre o outro, em nenhum caso.
Outro fato ambíguo é quando existe algum tipo de atividade sexual entre dois menores. Neste caso é complicado, mas tem uma chave; é preciso avaliar a possível incitação de um dos envolvidos, porque quando se exerce qualquer tipo de pressão há abuso.
Em consequência, se uma das crianças coagiu, persuadiu ou violentou a outra, encontramos o abusador que pode ser potencialmente processado segundo suas características legais.
7 coisas que seu filho deve saber para prevenir o abuso sexual
A comunicação tem qualidades ilimitadas, aproveitá-la para prevenir nossos filhos é um feito inestimável; nesta residem as principais chaves para acabar com o abuso sexual, por isso nunca devemos deixar de falar com nossos filhos sobre esse tema.
O outro ponto importante é a confiança. Ensinar nossos filhos que eles podem confiar plenamente em nós pode evitar muitos males na infância e pode favorecer a relação para toda a vida. É preciso saber que um grande número de crianças que são abusadas não falam do que aconteceu, e isso é resultado da má comunicação e da falta de confiança.
Uma criança abusada vai experimentar uma mudança drástica, por isso fica calada a respeito e isso pode ser o detonador para problemas de personalidade graves e no pior dos casos, é a premissa para que possa voltar a acontecer ou para que continue acontecendo.
Para prevenir o abuso sexual ensine aos seus filhos o seguinte:
- O principal risco está nas pessoas mais próximas.
- Devem falar sobre qualquer tema que os incomode, com toda a confiança.
- Nunca devem ficar sozinhos com pessoas estranhas.
- Devem ser informados sobre os perigos que existem na internet.
- Devem saber que a atividade sexual é exclusiva para os adultos, por isso nenhuma “brincadeira” desse tipo é normal, e nem legal.
- Devem estar precavidos diante de qualquer situação confusa e se apressar em contar aos pais, professores ou responsáveis caso aconteça.
- Perguntar aos pais tudo o que precisam saber sobre o tema e não a pessoas estranhas ou que não são da família.
- É imperativo dizer o que está acontecendo, sem medo; porque o abusador não quer que isso venha a público e colocá-lo em evidência é a chave principal para afastá-lo.
- Não deve ter medo do agressor. Isso impossibilita que ele atue livremente ou que possa coagir a criança de alguma maneira.
- Deve se precaver diante de alguma suspeita, sem importar o quão próxima seja a pessoa. Saber manejar o tema com cuidado para evitar mal entendidos que possam comprometer sua integridade pessoal e do próximo.
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