Crianças agressoras: pais que defendem sua má conduta

Crianças agressoras: pais que defendem sua má conduta
María Alejandra Castro Arbeláez

Revisado e aprovado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

Em cada sala de aula há uma criança com comportamento agressivo. Os pais dos outros alunos normalmente tagarelam sobre o seu mau comportamento, proibindo seu filho de brincar com ele e reivindicando às autoridades escolares maior vigilância. Se a situação é insustentável decidem falar com os pais da “ovelha negra”. O que acontece quando os pais defendem a má conduta de filhos agressores?

Estas crianças estão na calçada em frente da perseguição, são o outro lado da mesma moeda. Eles são as outras vítimas do bullying. Ninguém as considera já que normalmente o foco é nos menores agredidos, sem considerar que as crianças agressoras também podem chegar a ser vítimas.

Os pequenos agressores não têm muita consciência dos danos que eles fazem e não antecipam as consequências de seus atos. Mas, como tratar crianças agressoras? O que motiva uma criança a agredir outra? Você é culpada?

Pais que justificam seus filhos agressores

A atitude dos pais de crianças violentas costuma se repetir: não repreendem e até se desculpam pelos maus atos de seus filhos. Amparados de frases que colocam a criança agressiva no lugar da vítima, sentando o agredido no lugar do acusado, estes pais dizem “ele reagiu assim porque divergiu no jogo”, “bateu neles porque eles zombaram dele”.

Eles inventam procurando causas para a agressão, mas escapam as desculpas correspondentes para a criança vítima da crueldade de seu filho. Assim, entendemos o mau comportamento da criança, considerando a falta de limites e apoio de seus pais que minimizam ou encobrem os erros de seus filhos.

O que fazer se os pais dos agressores não cooperam?

  • Uma primeira medida de vital importância seria levantar uma queixa junto das autoridades escolares, exigindo que aumente a vigilância na criança.
  • Outra ferramenta fundamental será o diálogo com nossos filhos. Se trata de transmitir-lhes armas para enfrentar o assédio de seu parceiro. Nunca aconselhar responder violência com mais violência, mas ensiná-los a sustentar e demonstrar uma posição firme a partir da qual responder verbalmente com integridade e segurança desequilibrando o assediador.
  • Se a escola não responde às exigências dos pais para o comportamento de uma criança ou os pais desta para eliminar esse tipo de comportamento pode-se considerar a apresentação de uma queixa formal, ou no conselho educacional ou no tribunal mediante um advogado.

As crianças agressoras podem ter sofrido violência também

Enquanto os adultos atribuem a intenção da criança de transmitir o sofrimento à outra, os psicólogos argumentam que na verdade estas crianças agressoras sofrem de carências psicoafetivas, como por exemplo, a empatia. São crianças que não avaliam corretamente as consequências que podem ter o seu comportamento.

Numerosos estudos afirmam que a maioria dos agressores são crianças que provavelmente tiveram a infelicidade de ter sofrido bullying na escola e até mesmo sofrer de violência doméstica. Ou seja, tornam-se vitimizadores quando carregam por trás o antecedente de ser uma vítima.

Consequentemente, o papel dos adultos, famílias e autoridades escolares é fundamental para detectar, prevenir e inclusive solucionar estes fatos. No entanto, na vida cotidiana, isso nem sempre acontece.


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