4 causas para a raiva em crianças
O fato de as crianças pequenas terem birras ocasionais é completamente normal. O confronto com os limites é necessário para o seu desenvolvimento, embora para elas isso seja difícil de aceitar. No entanto, as causas para a raiva em crianças podem ser diversas.
Às vezes, o que parece ser uma atitude desafiadora, na verdade é outra coisa. É importante encontrar o motivo da raiva para ajudar as crianças no seu crescimento saudável.
Choro, raiva e até mesmo atitudes mais ousadas, tais como bater, morder, cuspir ou falar palavrões, estão dentro do que é esperado para a raiva em crianças. No entanto, além de conhecer as possíveis causas, é bom prestar atenção a outros sinais comportamentais para detectar situações que precisem de uma maior atenção.
Causas típicas para a raiva em crianças
1. Dificuldade para detectar e expressar os próprios sentimentos
Se na idade adulta é difícil expressar os próprios sentimentos através de palavras sensatas, é perfeitamente esperado que isso também ocorra com os pequenos. A diferença é que as crianças esperam que os adultos as entendam.
Acostumadas a terem todas as necessidades básicas atendidas pelos pais ou responsáveis, as crianças deduzem que os adultos também poderão lidar com a tristeza ou o tédio que elas sentem. Se aqueles que cuidam delas estiverem distraídos, ocupados ou simplesmente não as entenderem, a raiva vai aparecer.
A boa notícia é que atualmente existem muitos recursos para ajudar as crianças a expressar o que estão sentindo. Existe uma lista variada de histórias infantis, nas quais diferentes personagens passam por situações de raiva, alegria, tristeza etc.
2. Falta de atenção
As crianças precisam ser ouvidas. Alguns adultos parecem acreditar que a infância seja uma fase insignificante na vida das pessoas. Como se ser criança não implicasse dificuldades, necessidades e desejos específicos.
As crianças precisam se sentir amadas, e a maneira como elas sentem o afeto é quando recebem atenção. Brincar com os pais ou cuidadores é essencial para os pequenos, assim como sentir apoio diante dos medos, dos ferimentos e das inseguranças é vital para o desenvolvimento.
Não ter essa necessidade atendida é uma das causas mais frequentes para a raiva em crianças. Se os pequenos não recebem atenção pelo simples fato de estarem presentes, eles vão procurar outras maneiras de obtê-la.
3. Frustração
Outra causa para a raiva em crianças é a frustração diante de um acontecimento que lhes causa angústia ou decepção. Isso está relacionado à formação do ego e aos estágios evolutivos do ser humano.
Desde os dois até os seis ou sete anos, as crianças podem ser egocêntricas e querer tudo para si mesmas: vencer nos jogos, ser o centro das atenções, ficar em primeiro lugar, etc. No entanto, de uma forma amável, devemos mostrar a elas a presença dos outros e suas necessidades, que são iguais às delas.
Esse processo de aprendizagem é mais difícil para algumas crianças, principalmente se elas não receberem a atenção necessária ou se tiverem dificuldade para expressar seus sentimentos. Todas as causas para a raiva estão relacionadas entre si, e todas elas merecem o diálogo familiar para que a criança aprenda a administrar o seu próprio descontentamento.
“As crianças precisam se sentir amadas, e a maneira como elas sentem o afeto é quando recebem atenção.”
4. Simples cansaço
Especialmente em crianças menores, a falta de descanso é uma das causas mais comuns para a raiva. Uma rotina saudável, que respeita as horas de sono necessárias para cada idade, é essencial para uma boa qualidade de vida.
Diante dessa falta de sono, as ferramentas da criança para lidar com a frustração, a falta de atenção e a dificuldade para expressar os seus sentimentos serão ainda mais limitadas.
Não é apenas o corpo que precisa recuperar as energias com o descanso. O cérebro das crianças também requer uma certa quantidade de horas de descanso para poder funcionar, aprender e se desenvolver plenamente.
Causas para a raiva em crianças que merecem maior atenção
Conforme vai crescendo, a criança aprende a controlar a sua raiva com maior eficiência. Porém, também pode acontecer que a raiva aumente com o tempo. A seguir, veja uma lista de casos nos quais é conveniente investigar, conversar e talvez procurar ajuda profissional para os pequenos.
- Comportamento agressivo com riscos para a própria integridade física ou de outras pessoas.
- Dificuldade de integração em ambientes escolares ou sociais.
- Impossibilidade de brincar e se divertir com os colegas.
- Raiva ‘exagerada’ em relação à idade.
- Desafio permanente à autoridade dos pais.
Nesses casos, o que as crianças estão expressando é um sintoma de um sofrimento que elas não conseguem enfrentar. Mas isso não necessariamente representa um distúrbio ou a necessidade de mediação. A princípio, é responsabilidade dos pais redobrar a compreensão, a escuta e o apoio.
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