Como estimular a resiliência nas crianças?

Estimular a resiliência é preparar as crianças para usar os problemas que vão enfrentar como aprendizado que servirão para se fortalecer.
Como estimular a resiliência nas crianças?

Última atualização: 24 julho, 2018

Estimular a resiliência nas crianças é proporcionar as ferramentas emocionais que ajudam os pequenos a lidar com a adversidade e os contratempos que irão encontrar ao longo da vida.

Quando educamos as crianças para que se mantenham equilibradas, sensatas diante das pressões, estamos formando seres humanos bem-sucedidos que saberão controlar tanto seus impulsos quanto a reação de outros acontecimentos que estão por vir.

A resiliência deve ser entendida como uma habilidade. É um método inato de pessoas treinadas para não serem intimidadas pelos problemas, pessoas que não se deixam abalar pelas derrotas e que, portanto, fazem de tudo para controlar a situação e se superarem.

Para você conseguir ajudar seu filho se tornar uma dessas pessoas, decidi escrever este post.

Por que ensinar as crianças a serem fortes diante das adversidades?

Ninguém está livre da exposição à situações traumáticas porque a dor e o sofrimento fazem parte da vida.

Desde muito pequenas, as crianças enfrentam problemas que lhes permitem aprender. Na verdade, elas aprendem melhor quando se deparam com barreiras que as forçam a se superar e buscar novas alternativas para alcançar qualquer propósito.

resiliência nas crianças

Digamos que um bebê que engatinha por uma sala sem obstáculos não recebe os mesmos estímulos que aqueles que se deparam com almofadas e caixas de papelão que o fazem voltar, passar por cima, por baixo ou dar a volta.

Nas creches por exemplo, as crianças devem enfrentar os conflitos com os seus colegas, ver que os seus desejos não são atendidos imediatamente e lidar com a ansiedade da separação pela distância de seus pais. Além disso, irão se deparar com novos ensinamentos que talvez sejam mais difícil de assimilar como segurar bem a colher, amarrar os sapatos, ter coordenação motora para fazer um círculo…

Tudo isso podem ser momentos estressantes que exigem um esforço extra. O fato de as crianças conseguirem ou não e começarem a chorar depende da sua resiliência.

A habilidade de se recuperar, se superar ou se adaptar a eventos inesperados que transformam seu dia a dia, assim como a capacidade de enfrentar os desafios, dependerá da capacidade de resiliência de cada um.

Como estimular a resiliência nas crianças?

A capacidade de resiliência nas crianças determina, tanto em curto como em longo prazo, o quão felizes ou infelizes elas poderão ser.

resiliência nas crianças

Para aumentar a resiliência no seu filho recomendamos que você ensine:

  • A se comprometer com os deveres. Ter respeito por cada um dos seus objetivos e ter consciência de que ele é o responsável para que sejam cumpridos. Estudar, deixar o quarto em ordem, guardar os brinquedos, limpar os sapatos, tirar o pó, ajudar no jardim… A criança não pode pedir que os outros, nesse caso os próprios pais ou outro membro da família, façam as tarefas que lhes pertencem. Como é o caso dos deveres de casa ou dos afazeres domésticos.
  • A importância do esforço. Ensine a não se contentar com um 9 quando poderia tirar 10 se estudasse um pouco mais. Seu filho deve ser constante e aprender que o comprometimento em cada objetivo o levará a alcançá-lo com sucesso.
  • O que a palavra desafio significa. Estabelecer metas cada vez mais altas para si mesmo, o ajudará a crescer. Quem se desafia usa suas qualidades físicas e cognitivas, mas não se conforma com elas. Tenta se superar para desenvolver ainda mais as suas capacidades. Por exemplo, se seu filho tem treinado muito e o seu time de futebol acabou ganhando o campeonato regional, ele deve procurar melhorar as suas jogadas e aprender outras novas para poder ganhar o campeonato estadual.
  • Sobre a autoestima. O amor próprio e a valorização positiva de si mesmo são a base para que ele se sinta seguro de suas qualidades e tome iniciativa. Se seu filho tem uma boa autoestima, ele conhecerá as suas capacidades e saberá que está preparado para enfrentar as adversidades que terá pela frente!
  • A ser independente. Tudo bem tomar você como exemplo e buscar o seu apoio. Mas você deve ensinar seu filho a trabalhar e pensar por si mesmo. Ele deve se tornar uma pessoa independente que não ande sempre sob sua proteção e não tenha medo de se expor. Temos que ser assim quando somos adultos, então é bom que seu filho pratique desde agora, não acha?
  • A vencer a dor emocional. A criança deve aprender que a dor pela morte de um ente querido, pela rejeição, por não ter conseguido o que queria, ou por não passar em um exame, deve ser enfrentada como se enfrentam todos os demais problemas. Por exemplo, ensine que embora seja triste que a vovó não esteja mais a seu lado, a morte é tão natural quanto o nascimento; que apesar de doer ele não deve permitir que isso o intimide. Lembre-o de que sempre haverá a lembrança agradável de todo o tempo que ela viveu ao seu lado, de como foram gostosos os momentos que passaram juntos e de quanto ele a queria bem. Ensine mais do que se lamentar pela morte. Ensine a se dedicar ainda em vida, a apreciar e aproveitar os momentos que tem com seus entes queridos.

Aqui no Sou Mamãe acreditamos que estimular a resiliência nas crianças deve ser parte da educação a ser dada em casa. Não é para mimar e educar as crianças com o sentimento de que elas são dignas de qualquer coisa.

Você tem que mostrar aos seus filho o valor da riqueza espiritual e econômica e como consegui-los. Conhecer e respeitar o perigo. Enfrentar o destino não importa qual for. Criá-los para que sejam fortes e não terem medo do mundo que os rodeia.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.



Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.