Como a fumaça do cigarro afeta o bebê?

Muito já foi dito sobre os riscos que o tabaco pode ter para o feto durante a gravidez. De fato, malformações e maior vulnerabilidade a certas doenças podem ocorrer na criança que está prestes a nascer.
Como a fumaça do cigarro afeta o bebê?

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 25 agosto, 2020

Muitas mulheres fumantes não conseguem deixar o vício durante a gravidez. Existe um mito que diz que até cinco cigarros por dia não causam riscos reais. Inclusive, esse é um erro muito comum, às vezes apoiado pelos próprios obstetras.

Na base desse mito está a crença de que os sintomas de abstinência serão piores do que os danos do monóxido de carbono. Por outro lado, se uma mulher grávida vive entre fumantes, sua própria saúde e a do bebê também podem ser afetadas.

O conhecimento sobre como a fumaça do cigarro afeta o bebê é necessário para conscientizar e reverter os danos que influenciam todo o período perinatal do pequeno que vai nascer.

Os riscos de fumar durante a gravidez incluem uma maior propensão a sofrer de malformações gestacionais. O bebê que vai nascer também está sendo privado de grande parte da proteção contra várias infecções que é própria das crianças.

A vulnerabilidade à qual o bebê está exposto se estende aos primeiros meses após o nascimento, quando as chances de morte súbita serão maiores para ele. Por outro lado, acredita-se que a fumaça do cigarro também altere o DNA do feto, causando distúrbios como infertilidade na infância e na vida adulta.

Como a fumaça do cigarro afeta o bebê?

Especificamente, os cigarros introduzem no corpo materno mais de seis mil toxinas diferentes. Apesar disso, há muitas mulheres grávidas que fumam ou são expostas à fumaça do cigarro diariamente. Ao fazer isso – tanto direta quanto indiretamente –, o principal risco da fumaça é a diminuição da circulação sanguínea ao redor da placenta.

A queda no fluxo sanguíneo da mãe faz o feto receber alimentos de menor qualidade e em menor grau. Consequentemente, essa diminuição na qualidade de vida do feto estará claramente refletida no momento do nascimento.

Por esse motivo essencial, as crianças estarão mais vulneráveis ​​a doenças como otite, bronquite, infecções respiratórias graves e pneumonia.

a fumaça do tabaco afeta o bebê

Outro risco para as crianças é que elas podem desenvolver malformações congênitas, tais como fenda palatina ou lábio leporino, e problemas cardíacos. Além disso, também existe a possibilidade de sofrerem de transtornos de déficit de atenção ou hiperatividade. Se a mãe fumava muito, a criança pode apresentar raiva e irritação constante.

Um efeito colateral que prejudica o bebê é a influência negativa da fumaça do cigarro na amamentação. As fumantes correm o risco de produzir menos leite, e essa fase – crucial para o crescimento do bebê – pode durar menos tempo para elas do que para as não fumantes. 

Nesse sentido, durante a amamentação, o maior risco de fumar é a própria fumaça do cigarro. Por esse motivo, é essencial deixar passar pelo menos 30 minutos antes da amamentação, lavar as mãos e evitar a presença de fumaça na frente do bebê.

Principais consequências para o bebê

Em resumo, essas seriam as principais consequências da fumaça do cigarro para o bebê:

  • Reduz a circulação sanguínea na placenta.
  • Risco de doenças respiratórias ao nascer.
  • Probabilidade de malformações.
  • Risco de transtornos psicológicos: irritabilidade, falta de memória.

“A vulnerabilidade à qual o bebê está exposto se estende aos primeiros meses após o nascimento, quando as chances de morte súbita serão maiores para ele”.

Alteração do DNA do bebê

Segundo Stephanie London, epidemiologista do Instituto Nacional de Saúde Ambiental dos EUA, a fumaça do cigarro afeta o DNA dos bebês de mães fumantes. O método de pesquisa consistiu em estudar 6.685 mães e seus bebês. Desse total, 13% fumavam durante a gravidez.

O foco desse estudo foi o cordão umbilical, onde existem células com alto poder regenerativo. Os resultados indicaram que o cordão dos bebês cujas mães fumavam durante a gravidez havia sofrido mutações em mais de 6 mil posições em relação aos filhos de não fumantes.    

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Para estabelecer com precisão como a fumaça do cigarro afeta o bebê, os especialistas detectaram que os genes que sofreram mutação correspondiam ao desenvolvimento pulmonar e do sistema nervoso.

A alteração do DNA tenta identificar outras malformações genéticas, tais como fenda palatina ou lábio leporino. De qualquer forma, os estudos genéticos em relação à fumaça do cigarro e ao processo gestacional humano ainda estão em desenvolvimento.

Em conclusão, a vida do bebê deve permanecer livre da fumaça do cigarro. Parar de fumar deve ser o principal objetivo das mulheres grávidas, especialmente quando o vício for muito forte.

Existem vários truques para parar de fumar durante a gravidez que não são tão complicados. O bem-estar do bebê que vai nascer dependerá da determinação com que a mãe ou as pessoas que fumam à sua volta se esforcem para evitar a fumaça do cigarro durante esse período.


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