Hiperatividade: 6 erros que os pais cometem
Às vezes nos acostumamos a dizer que qualquer criança inquieta ou impulsiva é hiperativa, mas essa condição, na realidade é um problema mais sério. Portanto, antes de agir nesses casos, o ideal é se certificar de que se trata mesmo de hiperatividade.
O que é a hiperatividade?
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma condição mental que afeta principalmente as crianças. As pessoas que sofrem desse transtorno apresentam problemas de atenção, se caracterizam pela impulsividade e quase nunca ficam paradas.
Mesmo que somente aproximadamente 5% das crianças em idade escolar sofram dessa condição, pelo menos metade dessas crianças não foram diagnosticadas. Assim, falamos que as crianças são hiperativas sem ter confirmação médica nem tratamento. Pode-se dizer que esse é o primeiro erro dos pais.
Muitas vezes alguns sintomas são confundidos, tais como o desempenho escolar ou a frequência de atividade própria de cada idade, algo que os especialistas chamam de “hiperatividade normal”. Também há outros casos em que, na realidade, se trata de dislexia ou problemas de aprendizado.
Não há dúvidas de que ter um filho hiperativo é uma situação difícil de lidar, ainda mais se não tivermos certeza de que a criança sofre desse transtorno. De qualquer forma podemos cometer alguns erros na hora de enfrentar esse problema. A seguir mostramos a você os erros mais comuns.
6 principais erros que os pais de uma criança hiperativa cometem
1. Menosprezar a existência do transtorno
Não procurar auxílio clínico para tratar os sintomas que a criança apresenta. Geralmente os pais justificam dizendo que é uma questão de comportamento que não requer atenção médica.
Isso traz como consequência o avanço da doença sem o devido tratamento, o que pode gerar problemas mais sérios. Como, por exemplo, a criança não conseguir concluir com sucesso sua formação acadêmica ou ver prejudicada suas relações sociais.
2. Negar a existência do problema
Alguns pais tentam, a todo o custo, defender as ações dos seus filhos, mas na verdade estão defendendo suas próprias ações. É impossível os pais não perceberem que seu filho é hiperativo, por isso é preocupante vê-los agir como se o transtorno não existisse.
Não reconhecer que a criança tem um problema é tão grave quanto castigá-la por seu comportamento. Essa situação é o motivo pelo qual mais da metade das crianças com TDAH não foram diagnosticadas.
3. Se deixar levar pelos comentários
É comum que os pais fiquem receosos quanto ao mau comportamento dos filhos e, por isso, quando recebem alguma crítica tendem a reagir sem perguntar. Nesses casos é frequente que os pais castiguem seus filhos sem, ao menos, conversar antes, correndo o risco de tratá-los com injustiça.
Em alguns casos, tendemos a pensar que nossos filhos são o motivo da desordem e o castigamos sem saber que na verdade várias crianças participaram da bagunça. Por isso, é importante escutar as crianças e manter um nível de comunicação adequado.
4. Desinformação
Estar desinformado sobre o desenvolvimento do transtorno, assim como evitar compartilhar o que sabemos com familiares e professores. Essas atitudes acabam por comprometer o tratamento do transtorno.
Por exemplo, se os professores desconhecem que a criança apresenta essa condição, não saberão como tratá-la. Assim, podem colocar em risco o desempenho da criança, mesmo sem querer. Também deixa a criança vulnerável quando ela passa por situações de provocação por parte de seus colegas.
5. Repreender frequentemente
É normal que o comportamento de uma criança hiperativa seja difícil de controlar e aceitar, por isso repreendê-los é um costume. Entretanto, os especialistas recomendam evitar as críticas ao comportamento das crianças, sobretudo sobre as características comuns desse tratamento.
Por outro lado, é preferível aproveitar para elogiar e premiar quando a criança conseguir controlar suas ações, apresentando um comportamento que deve ser reforçado.
6. Impedir seu desenvolvimento normal
Algumas vezes os pais de crianças hiperativas evitam colocá-los em diversas atividades, temendo que o comportamento delas saia do controle. Por exemplo, os pais deixam de levar a criança a alguma festa de aniversário ou matriculá-la em um esporte porque acham que ela será um problema.
Entretanto, é importante saber que mesmo quando a criança apresenta esse transtorno precisa participar das atividades que complementam seu desenvolvimento normal.
É aconselhável canalizar a hiperatividade da criança através de exercícios físicos e atividades que necessitam de concentração, mas que não exijam muito da mesma.