5 recomendações para crianças com alergia a animais

As alergias infantis são doenças muito prevalentes, com grande impacto na saúde das crianças. Neste artigo, vamos dar algumas dicas para evitar sintomas de alergia aos animais em seus filhos.
5 recomendações para crianças com alergia a animais
Marcela Alejandra Caffulli

Revisado e aprovado por a pediatra Marcela Alejandra Caffulli.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

A companhia dos animais de estimação traz benefícios múltiplos e indiscutíveis para a saúde física e emocional de seus cuidadores. Mas… o que acontece quando as crianças têm alergia a animais? Neste artigo, vamos apresentar algumas recomendações atualizadas para que você saiba como lidar com esse problema em casa.

Alergia a animais

As alergias são um problema de saúde crescente em nosso século, e há muitos fatores que as causam. Na verdade, as pessoas que convivem com alergias geralmente têm mais de um elemento desencadeador. Por isso, detectar qual é a principal causa da alergia é um trabalho árduo e complexo.

Em relação às alergias causadas por animais, existem muitas teorias conflitantes e a literatura atual reflete essa dicotomia.

Para alguns pesquisadores, a exposição precoce a animais (e, portanto, àquelas substâncias que ‘despertam’ a alergia em crianças) teria efeitos benéficos, favorecendo a tolerância imunológica. Ou seja, a favorecendo capacidade do nosso corpo de atenuar sua resposta ao contato com substâncias alergênicas (por exemplo, aquelas contidas em pelos de gato).

Para outros, a exposição precoce de crianças a animais pode levar a alterações no DNA (chamadas epigenéticas). Essas modificações aumentariam a predisposição da criança para desenvolver alergias no futuro. Por esse motivo, esses autores desaconselham manter animais de estimação em casa onde vivem crianças pequenas, especialmente se a mãe também for alérgica a animais.

Portanto, é muito difícil estabelecer recomendações universais, e o mais adequado é que você converse com o pediatra sobre a conveniência ou não de trazer um animal de estimação para casa.

Recomendações para casas onde vivem crianças com alergia a animais

Se a alergia a animais do seu filho tiver sido diagnosticada, o ideal é evitar expô-lo a essa substância que desperta os sintomas.

É importante saber que as manifestações da alergia são variáveis e sua magnitude é imprevisível. Talvez no momento suas reações tenham sido leves, mas isso não significa que um dia não possa ocorrer um quadro mais grave.

A seguir, apresentamos 5 recomendações para você colocar em prática se tiver animais de estimação em sua casa:

1. Encontre um novo lar para o seu animal de estimação

A recomendação mais apropriada é remover o animal de estimação de casa se pelo menos um dos membros da família tiver alergia a animais (Custovic, 2002).

Em geral, essa medida é de difícil implementação devido ao apego que costumamos ter com nossos bichinhos. Mas será uma forma de acabar definitivamente com o problema.

“Uma crença generalizada é a das raças hipoalergênicas. Não há literatura científica rigorosa que apoie a existência de raças hipoalergênicas de cães ou gatos.”

– Santana Rodriguez, 2010 –

2. Caso ele fique, reserve um lugar para ele fora de casa

Se você não está pronta para se livrar do seu animal de estimação, converse com seu médico para saber o que você deve fazer e, principalmente, como agir caso apareçam sintomas de alergia.

Estas são algumas das coisas que você deve fazer se o animal ficar em casa:

  • Evite que o animal durma dentro de casa.
  • Dê banho em seu animal de estimação com frequência, pelo menos uma vez por semana. Peça a alguém que não tenha alergias para fazer isso.
  • Estabeleça áreas “livres de animais de estimação”, como o quarto da criança ou espaços de uso frequente.
  • Remova tapetes ou móveis que retêm pelos de animais.
  • Realize a higiene das caixas de areia diariamente.

3. Garanta uma boa limpeza dentro da casa

Mesmo quando o animal sai de casa, leva vários meses para eliminar todos os alérgenos presentes no ar ou nas superfícies.

Por esse motivo, é importante estar atenta ao aparecimento de sintomas sugestivos de alergia e adotar as seguintes recomendações de limpeza:

  • Pratique uma limpeza profunda da casa, incluindo tetos e paredes, prestando atenção em todos os cantos.
  • Substitua tapetes e outros tecidos, como cortinas e bichos de pelúcia.
  • Caso não seja possível renovar a forração dos móveis, não os use no quarto da criança ou nos espaços de uso comum.
  • Reduza a umidade da casa.
  • Ventile os cômodos todos os dias.
  • Lave a roupa de cama com frequência, de preferência em água quente.

4. Use filtros de ar de alta eficiência na detenção de partículas (HEPA)

Os filtros de ar de alta eficiência na detenção de partículas (HEPA) colocados em sistemas de ventilação servem para reter os alérgenos do ar, mas não aqueles presentes nas superfícies. Para esses alérgenos, é aconselhável o uso de aspiradores com sacos de vácuo HEPA, pois são capazes de reduzir a quantidade de pelos de animais.

Embora esses filtros tenham se mostrado eficazes em estudos experimentais (feitos em laboratório), sua eficácia não foi comprovada em estudos de campo conduzidos em ambientes reais, como em casa (Gore, 2003).

5. Faça consultas periódicas com o Alergista Infantil

Como sempre recomendamos, é importante fazer exames de saúde com o pediatra e o alergista. Dessa forma, você pode acompanhar o desenvolvimento da alergia do seu filho e ajustar as medidas necessárias.

Sobre alergias de crianças a animais

Saber o que desencadeia a alergia do seu filho é o ponto de partida para controlá-la.

No caso de terem surgido sintomas após contacto com cães, gatos ou outros animais, é importante consultar o pediatra ou um especialista em alergia infantil.

Para confirmar a alergia a animais será necessário realizar uma série de exames especiais. Se o diagnóstico for confirmado, será fundamental tomar as medidas necessárias para evitar a exposição da criança à fonte alergênica.

Teste cutâneo de alergia

Muitas vezes, essa fonte será o próprio animal de estimação, com quem ela terá desenvolvido um vínculo de apego muito especial. A família deve decidir quais medidas preventivas a adotar, mas sempre consultando o especialista sobre as melhores opções para cada caso.


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