O que uma criança com gastrite pode comer?

Nesta lista detalhada de alimentos que podem ajudar crianças com gastrite, incluímos o suporte nutricional. Em qualquer caso, não se esqueça de consultar o médico.
O que uma criança com gastrite pode comer?

Última atualização: 26 maio, 2023

A gastrite é uma inflamação do estômago e é a principal causa de dor abdominal em crianças. São vários os motivos que podem levar a esse distúrbio e, seja qual for, mudanças na alimentação fazem parte do tratamento. Se você quer saber o que uma criança com gastrite pode comer, descubra neste artigo.

Tome nota para saber quais os principais alimentos a incorporar, a sua consistência, a distribuição ao longo do dia e quais os alimentos descartar. Não se esqueça de comparecer ao pediatra ou gastroenterologista.

O que causa a gastrite?

A gastrite ocorre quando a camada mais externa do estômago fica inflamada em resposta a vários fatores. Mas quais são os mais frequentes na criança? Confira:

  • Estresse: as crianças, assim como os adultos, sentem-se sobrecarregadas e ansiosas por vários motivos. As relações interpessoais, o ambiente familiar, as tarefas escolares, entre outras atividades, podem gerar tensões emocionais que afetam o seu sistema digestivo.
  • Maus hábitos alimentares: pular o café da manhã, optar por junk food, ter horários alimentares desequilibrados ou consumir doces com aditivos e corantes, são alguns exemplos que podem levar à gastrite.
  • Infecções bacterianas: às vezes, pode-se consumir alimentos contaminados por bactérias, o que acaba gerando gastrite. É o caso do Helicobacter pylori, uma bactéria que pode passar despercebida no início, mas com o tempo desenvolve os sintomas da gastrite.


O que uma criança com gastrite não pode comer

Alguns alimentos devem ser evitados durante os episódios de gastrite. Nos casos em que se torna crônica, devem ser omitidos da dieta por muito tempo e a tolerância deve ser testada à medida que melhora.

  • Alimentos ricos em gordura: inclui embutidos, maionese, molhos, manteiga, margarina, batata frita, fast-food e sorvete, entre outros. Os frutos secos também devem ser consumidos com cautela. Isso ocorre porque quando se consome muita gordura, há uma maior produção de sais biliares, o que agrava o processo inflamatório.
  • Refrigerantes e outras bebidas açucaradas: de acordo com um estudo, o açúcar nas bebidas com gás reduz a entrada entre o esôfago e o estômago, aumentando a pressão na área. Isso causa mais irritação da mucosa gástrica.
  • Alimentos muito apimentados: os temperos causam irritação da mucosa e aumentam a secreção gástrica e o processo inflamatório. Entre eles estão pimenta, páprica, vinagre e mostarda.
  • Produtos estimulantes: café, chá, chocolate e bebidas energéticas devem ser eliminados.
  • Alimentos altamente ácidos: não é recomendado comer algumas frutas cítricas. Os fermentados são permitidos, mas desde que o pediatra indique.
  • Tomate e seus derivados, como sucos, molhos e pastas.
  • Alho e cebola.
  • Carne vermelha, ganso ou pato.

É fundamental consultar especialistas

A dieta para a gastrite acaba sendo muito flexível, pois as crianças podem reagir de maneira diferente aos alimentos. O que pode ser bom para algumas pode não ser para outras. Portanto, não é de surpreender que alguns alimentos a serem evitados sejam tolerados em pequenas porções, enquanto os recomendados podem não agradar a todos. Nesse sentido, qualquer alimento que faça mal deve ser imediatamente retirado da dieta.

Deve-se lembrar que a criança deve mastigar bem e devagar cada alimento. Por fim, o pediatra ou gastroenterologista, assim como o nutricionista, devem estar atentos à evolução do pequeno.

Deve-se focar em alimentos de consistência mole e preparações de fácil digestão. Além disso, as crianças devem comer várias vezes ao dia e alimentos em temperatura adequada.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • He, C.; Cheng, D.; Peng, C.; Li, Y.; Zhu, Y.; Lu, N. (2018) High-fat diet induces dysbiosis of gastric microbiota prior to gut microbiota in association with metabolic disorders in mice. Front. Microbiol, 9, 639.
  •  Johnson, T.; Gerson, L.; Hershcovici, T.; Stave, C.; Fass, R. (2010) Systematic review: The effects of carbonated beverages on gastro-oesophageal reflux disease. Aliment. Pharmacol. 31, 607–614.
  • Khoder G, Al-Menhali AA, Al-Yassir F, Karam SM. Potential role of probiotics in the management of gastric ulcer. Exp Ther Med. 2016 Jul;12(1):3-17. doi: 10.3892/etm.2016.3293. Epub 2016 Apr 26. PMID: 27347010; PMCID: PMC4906699.
  • Li, Y.; Su, Z.; Li, P.; Li, Y.; Johnson, N.; Zhang, Q.; Du, S.; Zhao, H.; Li, K.; Zhang, C. (2020) Association of Symptoms with Eating Habits and Food Preferences in Chronic Gastritis Patients: A Cross-Sectional Study. Evid.-Based Complement. Altern. Med. 2020, 5197201.
  • Pérez Rodríguez L; Espinosa Sánchez N ; López Contreras N ; Pesantes Merchán D. (2019) Nutrición: Tratamiento para la gastritis. Vol. 3, núm. 2, pp. 120-137. : http://www.recimundo.com/index.php/es/article/view/439
  • Pérez Rodríguez L; Espinosa Sánchez N; López Contreras N; Pesantes Merchán D. (2019). Nutrición: Tratamiento para la gastritis. Revista Científica Mundo de la Investigación y el Conocimiento. 3 (2). pp. 120-137 .
  • Sreeja, Sundara Raj, Trong-Dat Le, Bang Wool Eom, Seung Hyun Oh, Nitin Shivappa, James R. Hebert, and Mi Kyung Kim. 2022. “Association between the Dietary Inflammatory Index and Gastric Disease Risk: Findings from a Korean Population-Based Cohort Study” Nutrients 14, no. 13: 2662. https://doi.org/10.3390/nu14132662

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.