Os meninos também são carinhosos, amorosos e afetuosos

Lembre-se todos os dias da importância de ensinar inteligência emocional aos pequenos, tanto meninos quanto meninas!
Os meninos também são carinhosos, amorosos e afetuosos
Valeria Sabater

Revisado e aprovado por a psicóloga Valeria Sabater.

Escrito por Valeria Sabater

Última atualização: 22 dezembro, 2021

Os meninos também são afetuosos, amorosos e carinhosos. Porque a ternura não é exclusiva do gênero feminino.

Devemos admitir que, há não muito tempo atrás, estava muito atrelado à nossa sociedade aquele esquema no qual se estabelecia que os meninos deveriam ser fortes e as meninas serviçais.

Os meninos seriam fortes e valentes e as meninas sensíveis, além de bonitas. Essa dicotomia no que se refere ao gênero determinava quase à força não apenas uma imagem, mas todo um modo de se relacionar com o ambiente ao redor.

Os meninos do passado, que são os homens do presente, continuam sentindo muita dificuldade em falar sobre suas emoções, expressá-las ou, inclusive, demonstrar abertamente a empatia com a qual administra melhor determinadas situações.

Por isso, se existe algo que devemos ter em mente desde o começo é que o gênero masculino não está isento de suas próprias profundidades emocionais

Ou seja, os meninos e os homens também falam a linguagem do amor. Eles também podem ser – e são – habilidosos na hora de transmitir afeto.

No entanto, se desde cedo proporcionarmos essas habilidades, vamos permitir, sem dúvida, que nossos pequenos consigam levar uma vida mais proveitosa nessa dimensão.

Dessa forma, conseguiremos fazer com que eles não sintam medo de expressar suas emoções e que se tornem bons artesãos nas suas atuais e futuras relações.

Porque ensinar inteligência emocional é ensinar sabedoria e isso é uma coisa que toda criança merece.

A testosterona no cérebro dos meninos e os neurônios espelho

os meninos

Dentro do útero materno, os fetos meninos começam desde cedo a experimentar o aumento intenso, mas gradual, da testosterona.

Sabe-se que, após o nascimento, o nível de testosterona diminui abruptamente até o menino chegar à puberdade.

Mas os neurologistas, por sua vez, demonstraram que esse hormônio também determina o modo a partir do qual se distribuem e se conectam pequenas áreas do cérebro.

Isso faz com que, por exemplo, os meninos processem a informação de outro modo em determinadas situações. Ou ainda que, às vezes, demonstrem mais impulsividade que as meninas ou condutas mais competitivas.

No entanto, não podemos nos esquecer de que o cérebro feminino também tem sua pequena porção de “testosterona”. Mesmo que em menor quantidade.

Isso quer dizer que a testosterona faz com que os meninos sejam “mais agressivos e menos afetuosos”?

Esta é uma ideia clássica: pensar que os meninos chegam ao mundo geneticamente preparados para serem mais fortes e agressivos que as meninas. Mas não é verdade.

A agressividade e o baixo nível de afetividade não têm a ver com a genética. Pelo menos não em uma proporção tão alta como pensamos. Isso, na verdade, se relaciona a modelos educativos.

  • Um menino deve ser educado com o mesmo amor, carinho e afeto que uma menina.
  • Meninos não são naturalmente agressivos. Eles não nascem assim. Se é isso que acontece com os meninos que você conhece, esse fato se deve aos modelos de comportamento nos quais foram criados;
  • Esse modelos os levam a reproduzir determinados comportamentos com os quais deveriam demonstrar sua suposta “masculinidade”. Um modelo muito nocivo, tóxico e pouco adequado a uma criança.

Os homens também têm neurônios espelho

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Os neurônios espelho ou especulares exercem uma função essencial em nossas capacidades cognitivas.

Eles nos ajudam a nos conectar com as outras pessoas. Isto é, nos ajudam a nos colocar no lugar do outro, imitar, entender e se conectar com o próximo.

Tradicionalmente, sempre foi dito que são as mulheres quem possui esse tipo de neurônio.

Isso porque são elas que costumam mostrar uma capacidade mais natural na hora de entender e cuidar dos outros e de estabelecer ligações mais afetuosas e calorosas ao compreender melhor as perspectivas alheias.

Chegou o momento de esclarecer determinados aspectos. O gênero masculino também possui neurônios espelho.

O bebê que nasceu menino, assim como aquele que nasceu menina, também é muito sensível às emoções.

Um bebê, independentemente do gênero, se conecta imediatamente com o rosto da mamãe que sorri para ele e com o papai que cuida com tanto afeto e alegria.

Os meninos têm empatia e se conectam emocionalmente com os outros, assim como as meninas.

No entanto, se desde cedo negarmos a eles o campo das emoções, o mais provável é que se retraiam nesse aspecto e que procurem estabelecer certa distância. Obviamente, isso não é adequado.

A importância de ensinar inteligência emocional ao seu filho

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Os meninos também sabem dar abraços. Além disso, eles se preocupam com suas mães, ficam assustados se a veem chorar, riem quando o papai está feliz e procuram estar próximos dos seus pais de forma carinhosa, inteligente e afetuosa.

Não há nada de errado nisso. Pelo contrário! É maravilhoso ver os pequenos se sentindo livres na hora de demonstrar suas emoções positivas, buscando o calor das outras pessoas e sabendo transmitir suas emoções de forma autêntica.

Por isso, lembre-se todos os dias da importância de ensinar inteligência emocional aos pequenos.

Não devemos cometer o clássico erro de comentar que “meninos não choram, meninos são fortes e guardam suas emoções para si”.

Devemos prestar atenção para nunca cometermos esse erro. Caso contrário, vamos criar pessoas incompetentes, imaturas e extremamente infelizes no campo das emoções.

Eduque com amor e deixe que tanto as meninas quanto os meninos sejam habilidosos nessa prática.

Imagens, cortesia de Pascal Campion


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.