Uniforme escolar: todos devem se vestir da mesma forma?
Algumas instituições aplicam a regra de que todas as crianças devem se vestir da mesma forma. Trata-se de uma questão de pertencimento ou costume, mas o que é certo é que o uniforme escolar tem adeptos e críticos. Neste artigo, vamos fazer uma breve análise de um assunto que gera controvérsias.
Uniforme escolar: sim ou não?
Uma das muitas coisas que causa discussão entre os pais e a comunidade educacional é se é bom ou não usar um uniforme escolar. Por um lado, as escolas afirmam que o uso do uniforme tem muitas vantagens, pois proporciona aos alunos um sentimento de pertencimento e também porque não há distinção entre eles.
Ao mesmo tempo, defendem que é um ‘problema a menos’ para os pais, já que eles só precisam comprar o uniforme no início do ano letivo e, assim, já estarão com a questão da roupa para ir à escola resolvida. Além disso, as roupas de usar em casa não vão estragar tanto!
No lado oposto do caminho estão aqueles que dizem que essa ‘equidade’ ao vestir o uniforme escolar tira a liberdade e a individualidade das crianças, justamente em uma fase na qual elas estão forjando a própria personalidade.
Poderíamos até mesmo dizer que essas roupas podem ser um problema entre os jovens de escolas diferentes, seja porque usam um uniforme diferente ou porque alguns podem se vestir como bem entenderem e outros não.
Da mesma forma, também não podemos ignorar a teoria que afirma que os uniformes escolares são um pouco ‘antiquados’ e que já ficaram para trás. As meninas usarem saias e os meninos usarem calças é uma ideia um pouco machista.
Ser homogêneo na fase escolar
O uniforme escolar tem diferentes objetivos, por assim dizer, e os pais têm todo o direito de aceitá-los ou não. A regra indica que, para que os nossos filhos frequentem essa ou aquela instituição, eles devem usar roupas específicas.
No entanto, o debate ocorre em todas as esferas da educação. Muitos acreditam que os uniformes são coisa do passado, quando as crianças estudavam como se estivessem em um ‘quartel’ e que, atualmente, tudo mudou.
A teoria da homogeneidade nos uniformes escolares é relativa, uma vez que apenas os alunos que frequentam a mesma escola são iguais. Inclusive, essa distinção entre instituições geralmente é motivo de disputas, comparações ou discriminações.
Como pais, ao mandar os nossos filhos para uma escola que impõe um uniforme, é fundamental pensarmos se é isso que queremos para eles. A questão não são as roupas em si, mas seu significado: comprometimento, perfeição, cumprimento de ordens, formalidade, etc.
Entretanto, os uniformes podem ser mais simples de comprar, já que são necessárias apenas algumas peças ao longo do ano. Pode até mesmo ser mais barato, já que duram pelo menos o ano letivo inteiro. Além disso, também são vistos como uma maneira de ser mais responsável ou de se comportar bem na escola.
A relatividade da importância dos uniformes
A verdade é que a personalidade de um indivíduo não é forjada por vestir um uniforme ou não – independentemente da idade – pois isso, na verdade, depende dos ensinamentos ou valores que ele recebe na escola e, sem dúvida, em casa.
Se ensinarmos aos nossos filhos que o uniforme escolar é sinônimo de obediência, mas em casa ‘eles podem fazer qualquer coisa’, o problema não são as roupas, e sim as regras.
Da mesma forma, se explicarmos que o uniforme serve para não haver diferenças entre os colegas de classe, mas depois fizermos comentários em relação a outras escolas, então haverá uma falta de coerência da parte dos adultos.
“Se acreditarmos que o uniforme não os deixará pensar livremente, devemos nos perguntar até que ponto a moda ou as roupas são decisivas para as nossas ações e opiniões”.
Em resumo, o uniforme escolar é simplesmente uma roupa usada em um determinado contexto e horário. Se estivermos de acordo com isso, podemos mandar nossos filhos para uma instituição onde seu uso seja exigido. Caso contrário, podemos escolher uma escola onde os alunos possam se vestir como quiserem.
Todas as decisões que tomamos têm prós e contras. Mas, independentemente disso, é importante escolher uma escola que esteja de acordo com os nossos princípios e valores e cujo nível de ensino seja o que queremos que os nossos filhos vivenciem.