10 sinais que indicam ansiedade em adolescentes
Como entender os sinais de ansiedade em adolescentes? Quando se trata de algo temporário e quando devemos explorar um pouco mais?
Muitas vezes, os pedidos de ajuda e o contato com os profissionais demoram porque os pais minimizam alguns dos problemas dos filhos. Isso é especialmente relevante em adolescentes, uma vez que, em grande parte, eles ainda dependem da intervenção de seus pais.
Veremos como interpretar alguns sinais de ansiedade e o que podemos fazer a respeito.
Como reconhecer a ansiedade em adolescentes
Em primeiro lugar, é importante determinar o que é a ansiedade para saber quando começar a se preocupar.
A ansiedade é uma emoção que todas as pessoas sentem em algum momento e que tem um valor adaptativo, pois permite a nossa ativação diante de determinadas circunstâncias. Por exemplo, para nos protegermos ou prepararmos para enfrentar adversidades.
No entanto, quando ocorre de forma persistente e intensa, a ansiedade se torna um problema para o nosso desempenho diário. E, no final das contas, acaba por prejudicar as nossas atividades e as relações com o nosso entorno.
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Alguns dos sinais que nos ajudam a identificar a ansiedade em adolescentes são os seguintes:
- Mudanças repentinas de humor: os jovens ficam irritados ou incomodados diante de qualquer comentário ou crítica.
- Preocupação excessiva e desmedida com um determinado assunto ou suas consequências. Muito nervosismo.
- Perda de interesse em atividades de que gostavam anteriormente.
- Dificuldade para se concentrar.
- Aparecimento de problemas no âmbito acadêmico, que talvez não existissem antes.
- Insegurança em relação ao que fazem, duvidar de si mesmos, busca permanente pela aprovação dos outros.
- Oscilação entre extremos em termos de alimentação: desde um apetite voraz à absoluta falta de apetite.
- Problemas de sono: sonolência excessiva ou insônia, pesadelos, despertares noturnos, entre outros.
- Dores de cabeça ou de estômago muito frequentes.
- Fadiga, cansaço permanente.
Por fim, é importante saber que existem diferentes tipos de transtornos de ansiedade, cada um com suas próprias manifestações. O profissional clínico é a pessoa ideal para fazer o diagnóstico diferencial e determinar os passos a serem seguidos.
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Como lidar com a ansiedade em adolescentes
A seguir, vamos compartilhar algumas dicas para ajudar os adolescentes que sentem ansiedade:
- Passe mais tempo com eles. Em um mundo onde estamos correndo o tempo todo, é muito fácil cair na armadilha da ansiedade. Por este motivo, recomenda-se que seja feita a tentativa de baixar um pouco o ritmo e promover espaços de encontro com os adolescentes. Assim, também vamos promover um clima de confiança, que favorece o diálogo e a expressão das emoções.
- Normalize certas emoções, mostre empatia. Este pode ser um dos pontos de partida para se conectar melhor com os adolescentes. Expressar que às vezes também ficamos nervosos e ansiosos e compartilhar os motivos.
- Colabore no cuidado e atenção à sua saúde. Incentive os adolescentes a terem hábitos saudáveis, tais como dormir o suficiente, praticar esportes, manter uma alimentação saudável e ter um equilíbrio saudável entre estudo e lazer.
- Reforce as conquistas, bem como os processos. Desta forma, você aumentará a sua autoestima.
- Ofereça orientação para que encontrem soluções ou pensem em outras alternativas para resolver seus problemas. Muitas vezes, os jovens ficam presos a uma visão negativa ou dramática do conflito, que pode ser resolvido a partir de uma perspectiva diferente. Nesse sentido, podemos orientar ou oferecer uma consulta com um psicólogo para ajudá-los a trabalhar esses e outros aspectos.
- Aconselhe a prática de técnicas de relaxamento, principalmente quando identificarem os sinais corporais e emocionais de desconforto por essa causa.
Por fim, o ato de rever o próprio comportamento também merece atenção especial. Os pais muitas vezes estabelecem responsabilidades demais, além de pressões e expectativas sobre os adolescentes, deixando pouco espaço para que sigam seus próprios caminhos.
Ao mesmo tempo, devemos nos perguntar que papel ocupamos em relação à crítica e às nossas próprias emoções. Muitas vezes, durante a criação, mantemos comportamentos hipercríticos e superprotetores, o que faz com que os filhos se sintam inseguros e ansiosos. Nesse mesmo sentido, também é necessário evitar comentários do tipo “você está exagerando, só quer chamar a atenção, isso já vai passar”, pois eles desestimulam qualquer tipo de aproximação ou pedido de ajuda.
Matizar a realidade
Por fim, é importante saber que existem certos comportamentos esperados durante a adolescência, uma vez que esta é uma fase na qual há mudanças em todos os níveis: subjetivo, psicológico, corporal. Desse modo, não é preciso se alarmar se o jovem mudar de humor de um momento para o outro ou se decidir se fechar no seu próprio mundo por um tempo.
O mais importante para ajudá-los é estar atento e regular a distância: mostrar-se disponível, mas sem invadir. E, acima de tudo, o importante é se orientar pela forma como esse adolescente é, sem tentar aplicar receitas universais.
Finalmente, é fundamental que a ansiedade em si não se torne um obstáculo para nossos filhos. Muitas vezes, no esforço de ajudá-los ou de buscar respostas imediatas, os adolescentes percebem essa preocupação e acabam se sentindo ainda mais pressionados e ansiosos. Desta forma, com eles, é preciso ter calma e tentar ajudá-los a se regularem.
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