8 razões para proibir os smartphones para crianças menores de 12 anos
Embora possa parecer um tanto exagerado proibir os smartphones para as crianças, existem fortes argumentos que provam que, na verdade, é a medida mais indicada.
Antigamente, a maior preocupação dos pais era que os seus filhos não passassem muitas horas na frente da televisão. Hoje em dia a preocupação é com o telefone celular. Muitas crianças até dormem com o celular na mão.
Especialistas afirmam que o uso do celular é muito prejudicial para as crianças. Eles também chamam atenção para o fato de que cada vez mais bebês e crianças pequenas usam tablets e smartphones. Na verdade, eles só poderiam começar a interagir com esse tipo de tecnologia após os 2 anos de idade. Nunca antes.
A seguir vamos explicar 8 razões para proibir os smartphones para as crianças.
Motivos para proibir os smartphones para as crianças
Existem ótimos motivos pelos quais uma criança não deve ser introduzida no mundo da tecnologia antes dos 2 anos de idade. Embora seja verdade que as crianças de hoje praticamente já nascem com esses aparelhos nas mãos, é muito importante evitar os excessos. É essencial saber como a falta de regulação do uso de tablets ou smartphones pode afetar os filhos.
1. Desenvolvimento cerebral
A exposição do cérebro ao uso excessivo de tecnologias pode acelerar seu crescimento, especialmente em bebês entre 0 e 2 anos de idade. Isso resultaria em problemas como: déficit de atenção, atraso cognitivo, dificuldade de aprendizagem, aumento da impulsividade e falta de autocontrole.
2. Excesso de radiação
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera os telefones celulares um risco para a saúde de crianças e adultos por causa da alta emissão de radiação. As crianças são muito mais sensíveis a esses agentes, aumentando o risco de contrair doenças como o câncer.
3. Doenças psicológicas
Estudos revelaram que o uso excessivo das novas tecnologias aumenta consideravelmente a taxa de depressão e ansiedade na infância, transtorno de apego reativo, déficit de atenção, transtorno bipolar, psicose e outros problemas de comportamento infantil.
Além disso, há outros fatores que também estão diretamente relacionados como o uso das redes sociais, por exemplo. Muitas vezes as crianças ficam vulneráveis a diferentes tipos de assédio virtual (cyberbullying).
4. Comportamento agressivo
As crianças ficam mais vulneráveis a receber conteúdo violento e agressivo por meio dessas novas tecnologias. Esse tipo de conteúdo pode influenciar o seu comportamento.
Devemos lembrar que as crianças imitam tudo o que veem. Por isso é ainda mais perigoso receber qualquer tipo de conteúdo sem a verificação dos pais. Portanto, é preciso ficar muito atento ao que seus filhos fazem.
5. Alterações no sono
É importante que os pais supervisionem o uso da tecnologia pelas crianças no quarto. As crianças que usam celulares e tablets à noite têm mais dificuldades para dormir. A falta de sono afeta consideravelmente o rendimento escolar da criança e a sua saúde.
6. Déficit de atenção
O uso excessivo da tecnologia também pode causar déficit de atenção nas crianças, além de diminuir a interação com outras crianças ou com os adultos. A concentração e a memória das crianças também podem diminuir devido à influência da velocidade dos conteúdos neste tipo de mídia.
7.- Obesidade infantil
O uso excessivo das tecnologias muitas vezes envolve um estilo de vida sedentário. Esse é um problema real que aumenta cada vez mais nos lares. A falta de atividade faz com que as crianças desenvolvam obesidade, trazendo outras consequências mais graves como diabetes, problemas vasculares ou doenças cardíacas.
A constante superexposição das crianças à tecnologia as deixa mais vulneráveis
8. Vício nas crianças
Alguns estudos concluem que 1 em cada 11 crianças de 8 a 18 anos é viciada nas novas tecnologias. Esse número é bastante alarmante e tende a aumentar cada vez mais com os anos. Sempre que as crianças usam os tablets ou os smartphones, elas se separam cada vez mais de seus pais, familiares e amigos.
Quando crianças e adolescentes podem usar os smartphones?
A Associação Japonesa de Pediatria iniciou uma campanha para proibir os smartphones para crianças, sugerindo que os pais tenham maior controle e façam mais atividades recreativas com elas.
A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria afirmam que bebês de 0 a 2 anos não devem usar nenhum tipo de tecnologia, enquanto crianças de 3 a 5 anos devem usá-la de forma controlada e apenas uma hora por dia. Por fim, para crianças e adolescentes entre 6 a 18 anos de idade, o uso deve ser de no máximo 2 horas por dia.
É preciso conhecer os efeitos que as novas tecnologias podem causar em crianças e adolescentes. Porém, não vai ser fácil evitar totalmente o uso dos smartphones, pois essa geração praticamente nasceu com esses aparelhos nas mãos.
Proibir os smartphones para crianças e adolescentes parece uma tarefa quase impossível. No entanto, o que é possível fazer é evitar o uso em excesso, diminuindo assim os efeitos negativos. O mais importante é que as tecnologias não substituam o tempo de qualidade com os pais, seja com brincadeiras ou lendo um livro.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Calpa, A. C. S., & Delgado, D. G. M. (2017). Influencia del Smartphone en los procesos de aprendizaje y enseñanza. Suma de Negocios, 8(17), 11-18. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2215910X17300010
- Bringué, X., & Sádaba-Chalezquer, C. (2010). Niños y adolescentes españoles ante las pantallas: rasgos configuradores de una generación interactiva. https://dadun.unav.edu/bitstream/10171/18443/1/n15-sadaba-chalezquer.pdf
- Pascual, I. R. (2006). Infancia y nuevas tecnologías: un análisis del discurso sobre la sociedad de la información y los niños. Política y sociedad, 43(1), 139-157. https://core.ac.uk/download/pdf/60659914.pdf
- Ruiz, R. D., & Castañeda, M. A. (2016). Relación entre uso de las nuevas tecnologías y sobrepeso infantil, como problema de salud pública. RqR Enfermería Comunitaria, 4(1), 46-51. https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5353331.pdf
- Río-Pérez, J., Sádaba-Chalezquer, C., & Bringué, X. (2010). Menores y redes¿ sociales?: de la amistad al cyberbullying. https://dadun.unav.edu/bitstream/10171/20588/1/articulo.pdf