Dicas para prevenir transtornos alimentares desde a infância
Os transtornos alimentares estão se tornando cada vez mais frequentes, e muitos deles começam durante a adolescência. As consequências a nível físico, emocional e social para os jovens podem ser muito graves e o tratamento é complexo. Portanto, é fundamental prevenir os transtornos alimentares desde a infância.
Causas biológicas, psicológicas e culturais convergem na origem desse tipo de transtorno e não é possível reduzir a zero o risco de uma criança acabar desenvolvendo um problema alimentar. No entanto, os hábitos e recursos adquiridos durante a infância constituem uma base sólida que pode proteger contra seu aparecimento. Por isso, o papel dos pais e professores é de grande relevância.
Como prevenir transtornos alimentares desde a infância?
Estabeleça bons hábitos
A infância é uma fase crucial para o estabelecimento de hábitos que podem permanecer por muito tempo. Por isso, é importante ajudar as crianças a criar uma relação saudável com seu corpo e sua alimentação. Promover a atividade física regular e oferecer uma alimentação saudável e balanceada é muito necessário.
Além disso, outras diretrizes podem ser colocadas em prática. Por exemplo, envolver as crianças na compra e no preparo dos alimentos, fazer refeições em família sempre que possível e dar o exemplo, como adultos, dos hábitos que queremos estabelecer nos pequenos.
Ofereça informações adequadas
À medida que as crianças vão crescendo, elas adquirem maior autonomia na hora de escolher os alimentos. Por esse motivo, é muito útil que recebam informações claras e simples sobre quais são os mais adequados. Porém, essas informações devem ser transmitidas em relação à saúde e não em função dos padrões de beleza.
Temos que explicar às crianças quais alimentos nutrem seu organismo e quais podem ser prejudiciais à saúde, em vez de proibir certos produtos “para que elas não engordem”. A proibição gera obsessão e instala uma preocupação com a imagem física que pode ser o germe de um futuro transtorno alimentar.
Educação emocional
Muitas vezes, as pessoas confundem as emoções e sensações corporais e, portanto, agem da maneira errada ao tentar aliviar o desconforto. A alimentação emocional surge quando você come por ansiedade, raiva, tristeza ou tédio, e suas consequências podem ser bastante negativas. Portanto, é necessário dar atenção especial à educação emocional das crianças.
Para isso, elas devem ser ensinadas a identificar e diferenciar suas emoções, podendo se expressar e conhecendo formas funcionais de gerenciá-las. Mas também é importante evitar usar a comida como recompensa e punição, e oferecer comida como conforto. Esses comportamentos enviam mensagens incorretas sobre os alimentos.
Autoestima
Promover uma boa autoestima é essencial para prevenir os transtornos alimentares desde a infância. Essa qualidade pode ajudar os pequenos a lidar com a pressão do grupo e social e, portanto, a não sentir a necessidade prejudicial de aprovação externa. Além disso, pode facilitar comportamentos de autocuidado e promover a manutenção de bons hábitos.
Prevenir os transtornos alimentares desde a infância na família e na escola
A família é o primeiro agente socializador das crianças, e as diretrizes parentais implementadas em casa determinam, em grande medida, os valores, as atitudes e os comportamentos das crianças. Por isso, o exemplo paterno e as rotinas que são seguidas em casa podem ter um importante papel protetor contra o desenvolvimento desse tipo de transtorno. No entanto, a escola é o local onde as crianças passam grande parte do seu dia, e a sua influência na sua educação emocional e moral também é muito relevante.
Assim, na escola, é necessária a implementação de ações e atividades formativas que promovam uma alimentação equilibrada e hábitos saudáveis nas crianças. Mas também é necessário abordar a influência da mídia e desenvolver o pensamento crítico nos pequenos a fim de protegê-los da pressão social.
Da mesma forma, educar com respeito, empatia e tolerância à diversidade pode evitar comportamentos e comentários entre os colegas que podem vir a contribuir para o desencadeamento, em alguns casos, de um problema alimentar. Em suma, a prevenção dos transtornos alimentares desde a infância é tarefa de todos os adultos e instituições que participam da educação das crianças.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- García, A. (2000). Nutrición saludable y prevención de los trastornos alimentarios. Ministerio de Educación. https://books.google.es/books?hl=es&lr=&id=ECsfAgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PP1&dq=prevenir+trastornos+alimentarios+desde+la+infancia&ots=9qqgdQxq0Y&sig=rzWikRuZGzqPpkUpCFPuGszbkVo#v=onepage&q=prevenir%20trastornos%20alimentarios%20desde%20la%20infancia&f=false
- Rodríguez, R., & Gómez, G. (2007). Prevención de trastornos alimentarios mediante la formación de audiencias críticas y psicoeducación: un estudio piloto. Psicología y Salud, 17(2), 269-276. https://psicologiaysalud.uv.mx/index.php/psicysalud/article/view/711