Com que idade as crianças devem ter um celular?
Em um mundo cada vez mais acelerado, em que as novas gerações são cada vez mais precoces, uma das grandes perguntas que os pais se fazem é: com que idade as crianças devem ter um celular?
Embora na maioria das vezes a resposta dependa da situação de cada família e de circunstâncias específicas, os especialistas recomendam que esse passo seja dado apenas com crianças com mais de 12 anos.
Os especialistas respondem: com que idade as crianças devem ter um celular?
A tecnologia é uma parte fundamental da vida de todas as pessoas e de todas as idades, cada vez mais de crianças mais novas. E a verdade é que, além da dependência ou mesmo da necessidade, a tecnologia está presente em quase todas as áreas da vida.
Mas quando será que uma criança pode ser considerada madura o suficiente para fazer um bom uso desse aparelho?
Nesse sentido, acredita-se que as crianças não devam ter acesso a essa tecnologia antes dos 12 anos. Embora essa idade seja o mínimo recomendado por especialistas para o uso de celulares, eles também recomendam que certos aplicativos como o WhatsApp ou várias redes sociais não devem ser usados antes dos 15 ou 16 anos.
Em outras palavras, uma criança de 12 anos pode usar seu celular para jogar e assistir a conteúdos multimídia. Entretanto, não é recomendável permitir o acesso a redes sociais.
Na verdade, o ideal seria que as crianças não tivessem um celular até alcançarem os 15 anos de idade. De fato, em países como a França, por exemplo, foram aprovadas algumas leis que proíbem crianças menores de 15 anos de usar telefones celulares nas escolas.
Dentre elas, há uma lei que inclusive proíbe o uso desse tipo de aparelho no intervalo das escolas. Sem dúvida, é uma medida que busca preservar a segurança de crianças e adolescentes, além de incentivar atividades tradicionais ao ar livre.
Perigos associados ao uso de telefones celulares desde cedo
Especialistas alertam sobre os perigos associados ao uso de telefones celulares. Por esse motivo, é importante que crianças pequenas não tenham acesso a esse tipo de tecnologia.
É verdade que muitos pais compram um celular para os filhos para localizá-los rapidamente. Mas também é preciso lembrar que não é necessário que o celular tenha acesso à internet.
Os perigos podem ser:
1. Acesso a conteúdo impróprio
A internet é uma janela para o conhecimento, mas também para tantos outros perigos. Por exemplo, a pornografia é um dos principais riscos para as crianças, especialmente por que o seu acesso é muito fácil e simples.
2. Bullying
O bullying escolar pode chegar ao conforto de casa ou a qualquer canto do mundo através da tecnologia. De fato, o cyberbullying ou assédio virtual, é um dos grandes perigos que as crianças enfrentam atualmente.
3. Vício
Assim como os videogames, o uso indiscriminado de celulares pode gerar dependência. As principais razões são as redes sociais, a possibilidade de acessar jogos e conteúdo impróprio ou proibido.
Dicas para proteger as crianças contra o uso indevido do celular
Idade adequada
Como explicam os especialistas, a idade em que as crianças devem ter um celular é aproximadamente aos 15 anos. No entanto, em casos mais extremos, não deve ser inferior a 12 anos de idade.
Comunicação constante e fluida
A comunicação constante e fluida com as crianças é fundamental. Nesse sentido, os pais devem estar cientes sobre as mudanças em seu comportamento.
Da mesma forma, é preciso regular e controlar tanto o uso indiscriminado de telefones celulares quanto de outras tecnologias que possam causar dependência.
É essencial que os pais exerçam a sua autoridade e deixem as regras claras em relação ao tempo de lazer dos filhos. O mesmo se aplica no caso do uso de outras novas tecnologias como computador ou tablets.
Ferramentas de controle
Embora a tecnologia não possa ser completamente controlada, existem várias ferramentas que facilitam a supervisão e permitem aos pais bloquear determinadas páginas com conteúdo impróprio para a idade da criança.
Enfim, com que idade as crianças devem ter um celular? Apesar de a resposta a essa questão poder variar de acordo com cada dinâmica familiar, também é verdade que é necessário e recomendado que a criança tenha um mínimo de maturidade para adquirir essa responsabilidade.
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