Como ajudar o bebê a experimentar novos alimentos?
Durante os primeiros dias de vida e salvo exceções extraordinárias, os recém-nascidos assumem que, quando estão com fome, o leite materno é a solução. Essa fórmula natural não só oferece todos os nutrientes de que eles precisam, como também tem um sabor único e especial que é muito agradável para eles.
A repulsa aos alimentos desconhecidos
Mais cedo ou mais tarde, porém, chegará o momento de expandir o seu cardápio. Por isso, será necessário ajudar a criança a experimentar novos alimentos.
Algumas crianças gostam de estar constantemente descobrindo sabores, enquanto outras preferem não se arriscar e se limitam ao que já é conhecido. Nestes casos, a paciência é fundamental. Afinal, em média, um lactente precisa experimentar um novo sabor 15 vezes até acabar por aceitá-lo.
Além disso, não são só os bebês e as crianças pequenas que podem sofrer de neofobia (medo do desconhecido). Essa é uma situação que também pode ocorrer com adultos e, eventualmente, inclui a alimentação. Nas crianças, esse tipo de distúrbio geralmente é superado naturalmente depois de terem completado cinco anos de idade.
Aprender por imitação
Os pais são um exemplo para as crianças. Por isso, os hábitos familiares fazem uma grande diferença. Se os adultos estiverem sempre dispostos a experimentar coisas novas e a inovar com a comida, as crianças também estarão.
Por isso, a melhor maneira de ajudar o bebê a experimentar novos alimentos é que você os consuma primeiro. A ação de imitar está condicionada à confiança e à segurança que os membros mais velhos da família geram, um grupo no qual os irmãos mais velhos também estão incluídos.
Truques para ajudar o bebê a experimentar novos alimentos
A hora das refeições sempre deve representar uma experiência positiva e alegre, sem punições. Desde muito pequenas, as crianças devem ser ensinadas que comer de forma saudável e equilibrada também é divertido.
Se os bebês forem forçados a comer alguns alimentos, isso só vai gerar rejeição e repulsa. Ao mesmo tempo, os pais devem estar cientes de que existem sabores que os pequenos gostam mais do que outros.
Sem suprimir os ingredientes favoritos, desde que sejam alimentos com valores positivos e poucas contraindicações, devem ser combinados com a novidade ou com o que não é considerado tão apetitoso pelo bebê.
Variar as apresentações
As cores também fazem parte das estratégias para ajudar o bebê a experimentar novos alimentos. Não podemos nos esquecer de que, muitas vezes, a comida ‘entra’ através dos olhos. Se os alimentos não forem atraentes, dificilmente serão consumidos.
Às vezes, a repulsa pelos novos ingredientes não está relacionada ao gosto: a falta de disposição do bebê para comer pode estar relacionada à apresentação e às texturas.
Uma fruta como a banana, por exemplo, pode ser visualmente atraente cortada em pedaços pequenos ou até mesmo na sua forma natural. Mas, para uma criança pequena, com poucos dentes, será extremamente difícil mastigá-la.
Assim, se as frutas que causam repulsa nas crianças devido à sua textura estiverem em forma de purê, elas vão ter uma imagem não tão ‘bonita’, mas serão preparações de ingestão mais simples.
Deixe-o experimentar
Em outras oportunidades, a repulsa nem mesmo se deve às frutas ou aos legumes oferecidos. Alguns talheres podem ser muito intimidantes. Uma boa maneira de ajudar um bebê a experimentar novos alimentos é permitir que eles levem a comida à boca com as próprias mãos.
Situações a serem evitadas
Quase sempre por desconhecimento, mas também por permitir que os níveis de ansiedade diante dos fracassos aumentem de forma desmedida, alguns pais recorrem a soluções que, em vez de ajudar, acabam dificultando o trabalho de introdução de novos alimentos.
Entre os erros mais comuns está a tentativa de distrair os bebês com a televisão ou com vídeos no YouTube, por exemplo. É necessário ensinar que a hora das refeições é apenas para comer. Para estar com a família e apreciar o prato.
Mas, sem dúvida, o pior erro é usar a força como medida de pressão. Há pais que praticamente enfiam a colher na boca da criança sem dar tempo suficiente para ela engolir. No final, para o bebê, a alimentação começará a ser relacionada com situações dolorosas e traumáticas.
Igualmente ineficaz é a aplicação de uma ‘política’ de punições e prêmios. Situações que também podem levar a traumas, bem como a outras situações pouco saudáveis, tais como a chantagem.
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- Aurora Lázaro Almarza, Benjamín Martín Martínez. Hospital Clínico de Zaragoza. Alimentación del lactante sano. https://www.aeped.es/sites/default/files/documentos/alimentacion_lactante.pdf
- Aepap.org. Alimentación de 6 a 24 meses. https://www.aepap.org/sites/default/files/alimentacion_6-24m.pdf