Como enfrentar o fim das férias das crianças: 6 dicas e recomendações

Para enfrentar o fim das férias dos filhos e empolgá-los com a volta às aulas, é importante poder resgatar o sentido e o propósito da aprendizagem.
Como enfrentar o fim das férias das crianças: 6 dicas e recomendações
Maria Fátima Seppi Vinuales

Revisado e aprovado por a psicóloga Maria Fátima Seppi Vinuales.

Última atualização: 15 outubro, 2022

Pensar no fim das férias das crianças pode causar um nó na garganta. Elas passam de ter o dia inteiro pela frente para fazer atividades de seu interesse para ter que pensar em lição de casa de ciências naturais, tabuada ou como soletrar certas palavras corretamente.

Visto dessa forma, seria quase impossível pensar que a escola tem seu atrativo. E tem sim! No entanto, iniciar o novo ano letivo com entusiasmo também tem muito a ver com a forma como encaramos o fim das férias e como realizamos essa transição. Então, vamos ver algumas dicas e recomendações.

6 dicas para enfrentar o fim das férias das crianças

Raramente, o fim das férias é vivido com uma única emoção predominante. Em geral, as crianças podem ficar felizes em se encontrar com os colegas de classe, especialmente se não puderem se ver muito nas férias. Contudo, elas também sentirão algum desânimo de retornar aos horários, tarefas e obrigações diárias.

Inclusive, toda a família está envolvida na retomada da dinâmica escolar. Especialmente porque não só os pequenos voltam à escola, mas também os adultos devem se preparar para conter, acompanhar e ajudar a resolver os deveres de casa, entre outras questões. Por isso, é importante considerar algumas dicas para enfrentar o fim das férias das crianças.

1. Acordar cedo

Vários dias antes de voltar às aulas, é bom começar a retomar os horários progressivamente. Acordar um pouco mais cedo de cada vez é o ideal para que não seja tão difícil levantar da cama no primeiro dia de aula.

Isso implica tomar medidas tanto no final dos dias de descanso, quanto começar a retomar os horários habituais de sono, principalmente nos dias de início das aulas, quando será necessário acordar mais cedo do que o habitual. Por exemplo, os pequenos podem ter mais dificuldade para sair da cama e se preparar no primeiro dia. Para evitar as discussões matinais, talvez precisemos de um pouco mais de tempo para recuperar o ritmo.

2. Preparar o material e o uniforme nos dias anteriores

Além disso, para entrar na harmonia escolar, é oportuno envolver as crianças e incluí-las na preparação de mochilas ou compra de material. Geralmente, são atividades que as excitam, pois elas têm a possibilidade de escolher as coisas de acordo com seus próprios gostos. Portanto, é útil criar um clima emocional positivo e interesse na criança.

3. Aceitar a natureza gradual dos primeiros dias

Não devemos fingir que as crianças estão 100% conectadas às suas obrigações na primeira semana. Na verdade, será necessário encontrar uma alternância entre a rotina e algumas atividades de lazer diferentes. Por exemplo, sair para tomar um sorvete no meio da semana, ir ao parque ou fazer alguma atividade que seja do interesse da criança é uma boa opção. Dessa forma, evitamos sentir a mudança de forma tão repentina. Outra alternativa pode ser preparar sua comida favorita ou guloseima para ela levar para a escola.

4. Ser flexível e tentar manter a calma

Conforme discutimos, os primeiros dias podem ser vistos como um desafio. No entanto, se ficarmos com raiva e pressionar as crianças, o único destino ao qual chegaremos é o mau humor. Como adultos, também devemos tomar consciência das emoções que esse novo ciclo implica para encontrar uma maneira de gerenciá-las. Portanto, é melhor mostrar alguma flexibilidade e tentar manter a calma.

5. Deixá-las empolgadas com novas metas e propósitos

A motivação é importante, pois funciona como uma bússola e nos diz para onde ir. Como parte de um recomeço após o fim das férias das crianças, podemos fazer um exercício de encerramento da família em que nos perguntamos o que levamos do ano anterior e o que queremos alcançar neste novo ciclo. Assim, saberemos também o que as empolgou e o que não gostavam antes, para ter mais ferramentas para acompanhá-las nesta fase. Além disso, é positivo falar sobre os benefícios de frequentar a escola, o aprendizado que vem pela frente e outros temas que compõem a questão.

Conversar com as crianças sobre a experiência de voltar à escola nos permite participar junto com elas e descobrir quais são seus sentimentos no início deste novo ciclo.

6. Faça parte da volta às aulas

Nesse sentido, é ideal poder falar sobre sua experiência de voltar às aulas, como se sentiu ou se há um novo colega de classe, entre outros temas. Ou seja, antes do final do dia, é importante compartilhar sobre o dia. Isso também nos permite medir minuto a minuto o que está acontecendo e saber como essa mudança evolui. Por exemplo, em tenra idade ou como consequência do pós-pandemia, podem surgir algumas experiências de ansiedade de separação. Portanto, conversar com as crianças nos permite proporcionar a elas o apoio que necessitam.

Aprender a se adaptar e aproveitar tudo

Voltar para a escola é muito mais do que se ajustar aos horários diários e a uma agenda específica. É uma oportunidade de reencontrar colegas, viver novos aprendizados e adquirir ferramentas melhores e novas. Às vezes, na correria do dia a dia, esquecemos esses aspectos que são essenciais e dão sentido à escola.

Por isso, é sempre bom, tanto para crianças quanto para adultos, tirar alguns momentos para relembrar e se conectar com aquele “para quê”. Dessa forma, podemos olhar nosso cotidiano com outros olhos e também repensar as coisas que gostaríamos de mudar ou melhorar. Devemos ser capazes de encontrar prazer em cada uma de nossas atividades, mesmo que sejam rotineiras ou com certas regras.

Por fim, a ideia é que possamos aprender a nos adaptar e ser flexíveis. Assim, poderemos apreciar todos os momentos da vida, com todos os seus prós e contras.


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