5 dicas para escolher programas infantis para seus filhos

Os pequenos crescem entre tecnologia, desenhos animados e telas. Não há nada de errado nisso, desde que você saiba do que se trata o conteúdo e defina um limite.
5 dicas para escolher programas infantis para seus filhos
Maria Fátima Seppi Vinuales

Escrito e verificado por a psicóloga Maria Fátima Seppi Vinuales.

Última atualização: 09 julho, 2023

Ao longo do dia, os pequenos dedicam tempo a diversas atividades, como brincadeiras, trabalhos de casa e higiene, entre outras. Cada uma delas tem uma finalidade, que pode ser, por exemplo, aprender, se divertir ou descansar. No entanto, na hora de escolher o plano do dia, como adultos, é conveniente aplicar critérios e ser claro sobre o porquê de sugeri-lo. Aqui estão algumas recomendações para escolher programas infantis para os pequenos.

Anote essas dicas para escolher programas infantis para seus filhos

Escolher programas infantis não deve ser algo feito no modo automático e pronto. Pelo contrário, você deve estar ciente de que eles exercem influência sobre as crianças, pois têm potencial para serem bons e maus ao mesmo tempo. Assim, podem funcionar como material didático ou muito pelo contrário.

1- Avalie primeiro

É preciso que antes de mostrar para a criança o programa, você seja o primeiro filtro. Assim, você deve avaliar o que desperta em você, o que oferece ou o que ensina. Existem desenhos animados muito estimulantes, em que as transições entre os personagens, os diálogos e as cenas são muito rápidas para a idade da criança. Dessa forma, acabam alterando-a e, de certa forma, deixando-a de fora do programa, pois não conseguem entendê-lo. Portanto, como adulto, você deve poder decidir se é bom ou não.

Qualquer programa infantil que você mostre a seu filho deve ser consistente com o que você deseja ensinar a ele. Por isso, é fundamental atuar como um filtro e revisar o conteúdo antes.

2- Pergunte-se sobre o conteúdo

Sem dúvida, um programa infantil pode ser um valioso recurso educacional. Contudo, existem muitas opções disponíveis e, portanto, é conveniente atuar como um filtro. Para isso, é importante que você tenha claro os valores que deseja transmitir. Além disso, você pode levar em conta o que desperta em você ao assistir o programa.

3- Escolha o programa de acordo com o seu “para quê”

Em sintonia com a ideia anterior, o conteúdo também pode ser escolhido como uma ferramenta para promover determinada atividade. Por exemplo, um programa de exercícios é ideal para fazer as crianças se mexerem. No entanto, também existem outros mais relaxantes que incluem instruções para as crianças fecharem os olhos e respirarem. Esse tipo de conteúdo pode ser eficaz para que os pequenos fiquem predispostos a descansar e dormir.

4- Escolha um programa de curta duração

Principalmente se você estiver lidando com crianças pequenas, é melhor escolher conteúdos curtos, pois é mais fácil para as crianças não ficarem “hipnotizadas” por muito tempo. Quando o programa é longo, fica difícil interrompê-los para continuar com outra atividade.

5- Verifique a dinâmica que ele gera

Existem diferentes formatos de programas infantis. Por exemplo, há quem tente interagir com as crianças fazendo perguntas e deixando alguns segundos em silêncio em seguida. Dessa forma, os mais pequenos podem responder em casa. Os programas que os incitam a participar são recomendados para crianças pequenas.



Não há necessidade de ser inimigo da tecnologia ou do universo digital. Pelo contrário, deve-se encontrar o caminho para que seu uso seja útil para a criança, não deixando que a tecnologia faça uso da pessoa.

Outras recomendações

Outras recomendações para escolher programas infantis para seus filhos são as seguintes:

  • Proporcione um espaço de diálogo e reflexão. Essa é uma forma de as crianças terminarem de transformar o que viram, pensar sobre isso e atribuir significado. Algumas perguntas que podem servir de gatilho são: o que você achou? Como você se sentiu? Você faria algo diferente?
  • Acesse seu universo emocional. Isso pode ser alcançado conversando com os pequenos. Além disso, você pode ajudá-los a processar o que sentem e dar-lhes o apoio necessário.
  • Leve em consideração a idade. Além da escolha do conteúdo, é importante levar em consideração a idade da criança e o tempo de exposição às telas. É fundamental que os pequenos brinquem ao ar livre, descubram “a alma dos brinquedos”, se sujem e pulem, entre outras atividades. Desde que possamos evitar que passem muito tempo com as telas, será muito melhor para eles.
  • Estabeleça regras para o uso de televisão ou dispositivos móveis. Antes de começarem a se divertir, você pode dizer aos pequenos que eles podem assistir a um episódio ou que precisam arrumar os brinquedos que usaram primeiro. Você pode até ativar certos controles parentais para restringir o tempo de tela e até mesmo o tipo de conteúdo apropriado.
  • Não coloque telas no quarto. A presença de televisores ou aparelhos no quarto das crianças e seu uso antes do descanso é desencorajado.


Propostas de família

A brincadeira tem múltiplos benefícios no desenvolvimento psicossocial-emocional das crianças, como fantasiar, interpretar papéis ou exercitar habilidades motoras, entre outros. Por isso, é útil que a família se envolva em atividades recreativas e passe um tempo de qualidade compartilhando com os filhos.


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