3 dicas para lidar com crianças impulsivas
Vamos nos colocar na seguinte situação. Imagine que uma criança está jogando bola de gude com um amigo. Justamente quando vê que vai perder, ela dá pontapés para destruir o local do jogo, fica com raiva, chora, grita ou sai furiosa. Você acha que essa é uma forma de agir que poderíamos definir como própria de crianças impulsivas?
A resposta é afirmativa. Na verdade, esses e muitos outros dados que veremos a seguir nos permitem detectar uma criança impulsiva. Dessa forma, poderemos trabalhar essa questão para que o pequeno fique mais calmo e reflita melhor sobre as suas ações e reações.
O que caracteriza as crianças impulsivas?
De acordo com especialistas como Bob Cunningham, da EdM, a impulsividade é característica do temperamento infantil e também da personalidade do adulto. Além disso, ela está e sempre estará presente em maior ou menor grau no ser humano, visto que não é algo novo.
De fato, a impulsividade, o estresse e até mesmo a ansiedade nem sempre devem ser vistos como características negativas. São fatores evolutivos da espécie humana que surgiram na sua adaptação ao meio e, se bem aproveitados, podem ser muito positivos para a sobrevivência.
Porém, se a impulsividade se manifestar de forma constante, pode acabar se tornando um problema para a convivência. Portanto, antes que essa característica chegue a alterar ou condicionar a vida de toda uma família, é interessante que pais, educadores e profissionais busquem a melhor solução.
Assim, o primeiro passo sempre é detectar o problema. Nesse caso, as crianças impulsivas costumam apresentar características muito específicas que podemos observar claramente:
- Sempre agem antes de pensar.
- Respondem antes mesmo de ouvir a pergunta.
- Têm dificuldade para esperar a sua vez durante os jogos.
- Não suportam a derrota. São más perdedoras.
- Atrapalham os outros e os interrompem constantemente.
- Mostram pouca tolerância à frustração.
- Não têm autocontrole.
- Quase sempre desobedecem.
- Têm uma atitude muito negativa.
- Embora reconheçam o seu problema, não têm autocontrole e são reincidentes.
- Não avaliam as consequências das suas ações em nenhum caso, nem a nível social nem a nível físico.
- Têm acessos de raiva muito fortes e descontrolados.
Como ajudar?
Ajudar as crianças impulsivas e muito temperamentais nem sempre é fácil, mas é necessário. Quanto mais cedo você agir, mais rápido os problemas poderão ser resolvidos, o que é benéfico para o pequeno e também para toda a família.
Sempre devemos ser firmes
Já falamos sobre isso. As crianças impulsivas têm pouco autocontrole. De fato, é muito comum que se arrependam depois de agir. No entanto, devemos deixar claro que essas crianças não conseguem se controlar. Elas sentem uma verdadeira dificuldade para isso.
Como pais, professores ou educadores, devemos ser firmes. É verdade que isso é exaustivo, mas não devemos desanimar. Temos que manter as regras e as orientações, falando com elas o quanto for necessário e sempre nos mostrando muito claros, pacientes e consistentes.
Se desanimarmos, gritarmos ou perdermos o controle, isso não só fará com seja difícil ajudar, como também pode fazer o pequeno piorar ou nos manipular. Isso pode acontecer se a criança observar que não temos certeza e que estamos hesitando se, com isso, ela considerar que poderá obter um benefício.
Sempre devemos agir com calma
Mesmo em situações de extrema impulsividade, com insultos, birras e agressões, o adulto tem que se esforçar para manter a calma. Na verdade, é nesses momentos que ele mais deve se mostrar calmo e sereno.
No entanto, essa serenidade deve ser acompanhada por um comportamento decidido e contundente. É assim que poderemos transmitir à criança que ela não vai alcançar o seu objetivo através dessa atitude.
Dar uma explicação para as crianças impulsivas
Uma vez que a criança tiver se acalmado, o adulto deve conversar com ela de maneira calma e sensata. Nesse momento, deve ser explicado o motivo do seu comportamento e a necessidade de não continuar com essa conduta impulsiva que não levará a nada de positivo.
Se a criança insultou ou bateu em outra criança, por exemplo, é necessário que ela entenda a importância de se desculpar, que entenda que o seu comportamento não foi adequado e que agir dessa forma tem consequências muito negativas para ela.
Em resumo, os atos sempre têm consequências. Se uma criança age de forma impulsiva, ela deve entender que essa não é a melhor maneira de proceder. Se com essas dicas não conseguirmos fazer com que ela se acalme e pense antes de fazer as coisas, talvez estejamos diante de um problema mais sério e, por isso, é aconselhável procurar um profissional da psicologia infantil.
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- Bauermeister, J.J. (2002). Hiperactivo, impulsivo, distraído, ¿me conoces? Guía acerca del déficit atencional para padres, maestros y profesionales. Madrid: Albor-Cohs.