É bom que as crianças assistam muita televisão?
Muitos pais reclamam que os filhos ficam grudados na tela da televisão por horas. Será que é realmente um motivo de preocupação? Afinal, é bom que as crianças assistam muita televisão?
O desenvolvimento de uma criança envolve a prática de habilidades motoras e a interação com objetos e outras pessoas. No entanto, quando a criança se entretém com qualquer programa ou série de televisão, ela tem uma atitude passiva, fica capturada pela sequência de imagens que aparece na tela.
Assim, a televisão pode ser responsável pelo atraso do desenvolvimento psicomotor, pela diminuição da atenção e pelo desenvolvimento de ansiedade. Apesar disso, pode ser um ótimo meio de entretenimento e educação, desde que seja disponibilizada no momento certo e em condições adequadas.
Em muitos casos, a televisão é um dos passatempos favoritos dos pequenos. Infelizmente, se os pais não controlarem, as crianças tendem a gastar muito mais tempo na frente da tela do que em outras atividades culturais, recreativas ou esportivas.
Quanto tempo de televisão é recomendável assistir?
Os pediatras recomendam seguir algumas orientações em relação ao tempo que as crianças devem passar na frente da tela. Veja alguma delas.
- Bebês e crianças de até 18 meses. Não é recomendável que assistam televisão.
- Crianças de 18 a 24 meses. Podem começar com alguns minutos por dia.
- Idade pré-escolar. Não é recomendável mais de uma hora por dia de programação educativa. Da mesma forma, essa atividade deve ser acompanhada por um dos pais ou outro cuidador que possa ajudar a criança a entender o que está vendo.
- Crianças e adolescentes com idades entre 5 e 18 anos. Nessa fase, os pais devem estabelecer limites consistentes sobre tempo diante das telas em geral. Isso inclui televisão, redes sociais e videogames.
É bom que as crianças assistam muita televisão?
Para construir, as crianças precisam interagir com o ambiente. Brincar, desenhar ou conversar são atividades que permitem que elas descubram o mundo ao redor. De fato, elas precisam viver todas essas experiências para garantir o seu desenvolvimento motor, emocional e intelectual.
Certamente as telas acabam afastado as crianças dessas atividades. Por isso, não é bom que elas assistam muita televisão. Na verdade, essa atividade pode interferir na aprendizagem e no desempenho escolar se afetar atividades que são essenciais para o desenvolvimento físico e mental das crianças.
Ademais, passar muito tempo assistindo televisão pode interferir na criatividade e imaginação do pequeno.
Com efeito, estudos consideram que passar muito tempo diariamente diante das telas é cada vez mais considerado como um fator de risco relacionado ao desenvolvimento de doenças, independentemente do conteúdo ou do valor educativo do que a criança assiste.
“Os pais podem ajudar a reduzir os efeitos nocivos da televisão controlando o tipo de programação e limitando o tempo que as crianças passam na frente das telas”.
Por que não é bom que as crianças assistam muita televisão?
Sem dúvida, o excesso de tempo diante de uma tela pode ser negativo. Estas são as razões:
- Crianças que passam mais de 4 horas por dia assistindo à televisão são mais propensas a ter problemas de excesso de peso.
- As crianças que veem violência na televisão têm mais probabilidade de mostrar um comportamento agressivo.
- Da mesma forma, personagens de programas de televisão muitas vezes apresentam comportamentos de risco, como fumar e beber. Além disso, reforçam os papeis de gênero e estereótipos raciais.
Sugestões que você deve considerar
Os pais podem ajudar a reduzir os efeitos nocivos da televisão controlando o tipo de programação, além de limitar o tempo que a criança passa em frente à tela. A seguir, listamos algumas sugestões para ajudar a estabelecer bons hábitos com o seu pequeno:
- Programe o conteúdo apropriado que a criança verá na televisão. Procure não ligar a TV aleatoriamente.
- Limite a televisão a 1 ou 2 horas por dia para as crianças com mais de 2 anos.
- Assista com o seu filho e fale sobre o que acontece.
- Desligue a TV se você considerar que o programa não é adequado para a idade da criança. Infelizmente, muitos programas que passam durante o dia não são.
- Você deve dar o exemplo ao seu filho e não assistir muito à televisão na frente dele. Faça e incentive outras atividades, especialmente a leitura.
- Incentive as brincadeiras e os jogos ou outras atividades divertidas em vez de ver televisão.
- Limite o uso como recompensa por bom comportamento.
- Não permita assistir televisão durante as refeições.
Por fim, lembre-se de que não é bom que as crianças assistam muita televisão. Isso porque ocupa o tempo que elas poderiam usar para fazer outras atividades mais positivas para o seu desenvolvimento pessoal. No entanto, quando isso acontecer, mostre como usar a televisão de uma forma inteligente.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Ladeveze, L. N., & Ornia, J. R. P. (2006). La audiencia infantil en España: cómo ven los niños la televisión. Telos: Cuadernos de comunicación e innovación, (66), 105-116. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=1976622
- Perlado, L., Luisa, M., EKMAN, R. B. L. P., & La, M. L. S. G. (2003). LA INFLUENCIA DE LA TELEVISIÓN EN LOS NIÑOS Children’s televisión: Analysis ofeffects L’influence de la televisión dans les enfants. Enseñanza, 21, 163-178. http://e-spacio.uned.es/fez/eserv.php?pid=bibliuned:20332&dsID=influencia_television.pdf&a=bi&pagenumber=1&w=100
- Gallego, J. C. (2004). Limitaciones para el establecimiento de una tipología de la investigación sobre niños y televisión: el caso español. Empiria. Revista de metodología de ciencias sociales, (8), 11-54. http://revistas.uned.es/index.php/empiria/article/view/978
- Reyes-Gómez, U., Sánchez-Chávez, N. P., Reyes-Hernández, U., Reyes-Hernández, D., & Carbajal-Rodríguez, L. (2006). La Televisión y los Niños: II Obesidad. Boletín Clínico Hospital Infantil del Estado de Sonora, 23(1), 25-30. https://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumen.cgi?IDARTICULO=18911