Como abordar a educação sexual com pré-adolescentes

À medida que a puberdade se aproxima, é aconselhável conversar com os seus filhos sobre a sexualidade, para que eles aprendam, de uma maneira saudável, que o sexo faz parte da vida.
Como abordar a educação sexual com pré-adolescentes
Natalia Cobos Serrano

Escrito e verificado por a educadora social Natalia Cobos Serrano.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

As perguntas sobre sexo feitas pelas crianças são algo que não deveria nos alarmar. Aliás, o fato de começar a conversar com elas sobre a sexualidade antes da chegada da puberdade vai ajudá-las a ter uma visão mais saudável do sexo. Por isso, neste artigo, vamos te ajudar a abordar a educação sexual com pré-adolescentes.

A educação sexual também é uma responsabilidade da família

Graciela Hernández e Concepción Jaramillo, do Centro de Pesquisa e Documentação Educacional (CIDE), definem a sexualidade como a maneira que cada pessoa expressa, comunica, sente, tem intimidade, dá e recebe prazer por meio das palavras e com os cinco sentidos do corpo.

Além disso, elas também explicam que a maneira de expressar e apreciar a sexualidade é única de cada indivíduo, pois depende da nossa personalidade e do nosso contexto cultural.

Ao falar sobre educação sexual com pré-adolescentes, a ideia que costumamos imaginar é uma conversa em uma escola. No entanto, assim como é apontado pela Sociedade Pediátrica de Cuidados Primários de Estremadura, da Espanha (SPAPEX), os pais devem ser os principais educadores dos filhos em relação à sexualidade.

abordar a educação sexual

Ou seja, a educação sexual dos jovens também é uma responsabilidade da família. Assim, em resumo, a educação sexual deve ser abordada de tal forma que eles aprendam a expressar a sua sexualidade de uma maneira saudável.

Mas, para isso, a pediatra Mercedes Reymundo e a médica de família Mª Teresa Peinado insistem que os pais não devem evitar as perguntas feitas pelos filhos: é necessário estar disposto ao diálogo.

“Se evitarmos as perguntas e não respondermos ou mentirmos, não devemos reclamar que eles não confiam nos pais ou que não queiram nos ouvir na adolescência.”

-Mª Teresa Peinado e Mercedes Reymundo-

Dicas para abordar esse assunto de uma maneira saudável

  • Comece a conversar de forma natural e honesta. Conversar sobre o assunto desde cedo facilita a base para futuras conversas quando nossos filhos já estiverem na adolescência. E, o mais importante, também ajuda para que eles tenham uma visão positiva e saudável da sexualidade.
  • Não fale sobre aquilo que eles ainda não precisam saber. Para isso, você deve ouvi-los primeiro para saber o que precisam saber e quanta informação eles têm no momento.
  • Ensine que a sexualidade é algo natural. Por exemplo, trate a questão da masturbação com naturalidade, ensinando que não é algo do qual devam se envergonhar. Explique que é uma atividade íntima da qual muitas pessoas gostam e decidem fazer livremente, assim como em que consiste.
a educação sexual
  • Educar sobre o sexo a partir do respeito. Nossos filhos devem aprender a expressar a sua sexualidade de uma maneira que faça com que se sintam felizes, mas ao mesmo tempo respeitando os outros. Ensine que a sexualidade é uma atividade íntima, mas que faz parte da esfera da vida privada.
  • Eles devem se sentir confortáveis e confiantes ao conversar com você sobre a sexualidade. Dessa forma, vão saber que podem te procurar quando surgirem dúvidas, pois não vão sentir vergonha de você.
  • Ambos os pais devem estar envolvidos na educação sexual. É muito importante que todos se envolvam nas conversas sobre a sexualidade. Além disso, dessa forma, os pré-adolescentes vão perceber que não há nenhum problema em falar sobre esse assunto.

Em conclusão, é necessário começar a conversar com os pré-adolescentes sobre o sexo e a sexualidade antes da chegada da puberdade, para educá-los quanto à saúde e ao respeito, tanto na escola quanto em casa.

Para fazer isso, é essencial primeiramente criar um clima de confiança, de tal forma que as crianças se sintam confortáveis para se expressarem livremente.

“Um clima de confiança facilita que eles nos digam o que precisam dizer sem medo.”

-Graciela Hernández e Concepción Jaramillo-


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  • Hernández, G. y Jaramillo, C. (2006). La educación sexual de niñas y niños de seis a doce años. Guía para madres, padres y profesorado de Educación Primaria. Ministerio de Educación y Ciencia y Ministerio de Trabajo y Asuntos Sociales. CIDE.
  • Peinado, M.T. y Reymundo, M. (s.f.). Consejos para padres sobre educación sexual. Consejos de Salud. Spapex. Recuperado de: https://www.spapex.es/psi/educacion_sexual.pdf

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