Eduque para ser feliz, e não para ser perfeito

Vivemos em uma sociedade em que a perfeição é muito valorizada sem levar em conta que a perfeição, simplesmente, não existe.
Eduque para ser feliz, e não para ser perfeito

Última atualização: 17 agosto, 2018

Quando se busca a perfeição, a felicidade fica em segundo plano e não se aproveita a vida. Apenas se busca um fantasma que não existe, uma perfeição que nunca chega. Se uma criança é educada na perfeição, em vez de ser feliz, ela irá se tornar uma pequena pessoa triste, frustrada e insegura.

A importância de encontrar o equilíbrio

Alguns pais exigentes apenas irão conseguir com que seus filhos sintam ansiedade por não satisfazê-los. Mas não vão encontrar a satisfação pessoal de fazer as coisas bem feitas. Eles estarão roubando a oportunidade de aprender com os erros, de sentir essa maravilhosa sensação de que se você errar, nada acontece.

Um erro nos ensina nossas fraquezas e nos permite ver o caminho para alcançar os nossos pontos fortes. Nesse sentido, temos de encontrar um equilíbrio em que a criança seja capaz de cometer erros e aprender com eles. Mas não para buscar a perfeição, e sim para superar a si mesma a cada dia um pouco mais.

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A perfeição do imperfeito

Se eu tivesse que escolher a perfeição na vida, eu iria escolher o imperfeito. Porque o imperfeito faz nos sentirmos livres, nos faz ver quem somos e como somos, ajuda a nos conhecer melhor e a conhecer as outras pessoas. O imperfeito é sinônimo de respeito e também de diversidade. O imperfeito é visto com bons olhos. Sem dúvida, é o mais maravilhoso e perfeito que pode existir nas crianças.

Uma criança não deve ser educada para tirar dez em todos as suas provas. Uma criança deve ser educada para se esforçar dentro de suas possibilidades e tentar se superar sempre, sem levar em conta as notas, que são apenas um número… uma classificação. A perfeição da imperfeição está em estudar, tirar uma nota de acordo com o que foi estudado e perceber que pode fazer mais e melhor… e se superar.

No imperfeito, nos encontramos com pais que não castigam seus filhos se eles não conseguirem fazer uma prova ou se não são os melhores no jogo de basquete. Mas pais que proporcionam ferramentas para fazer melhor da próxima vez. E eles conseguem. É a imperfeição do perfeito, porque para poder se superar deve ser imperfeito, e também amar uns aos outros. Sem comparações, sem rótulos.

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A felicidade está no agora

É necessário educar as crianças para que saibam que sua felicidade não deve depender das notas de uma prova, ou se ela está em uma posição melhor em uma carreira ou se ela ganha ou não ganha um prêmio no recital de música. É essencial educar as crianças para que elas saibam que a felicidade está no agora, em viver o momento presente, em saborear o que está acontecendo, o que fazem, o que sentem.

Porque a felicidade não é uma meta, é um caminho. É importante que as crianças entendam que para serem felizes devemos amar uns aos outros, nos respeitar e aprender que errar não é algo ruim. Os erros nos ensinam o caminho e devemos ser humildes para vê-lo e segui-lo porque é assim que se chega ao sucesso.

Educar para ser feliz

Educar para ser feliz significa viver em um mundo onde as emoções são as protagonistas. Um mundo onde a empatia e assertividade devem estar andando de mãos dadas, onde as crianças saibam se colocar no lugar dos outros. Mas, primeiro, deverão conhecer a si mesmas, se valorizar e se respeitar. Um caminho em que a disciplina positiva irá ajudar a alcançar tudo isso.

Como pais, devemos deixar de lado a competitividade que essa sociedade tenta nos introduzir. Em vez disso, devemos permitir que nossos filhos decidam, errem, chorem, tomem decisões, aprendam, sintam frustração e também satisfação… porque para ser feliz, temos que ser imperfeitos.


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  • Corkille Briggs, D. (1994). El niño feliz. Su clave psicológica, 25.
  • Biddulph, S. (1996). El secreto del niño feliz: una guía imprescindible para padres y educadores. Edaf.
  • Hogg, T. (2005). El secreto de educar niños felices y seguros. Editorial Norma.

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