Meu filho não quer ir para a creche: o que fazer?
Há crianças que praticamente pulam de felicidade quando a mãe anuncia que é hora de ir para a creche. Outras, por outro lado, fogem do momento, andam pela casa, se escondem ou se enrolam nos cobertores mais do que nunca. Como reagir se o meu filho não quer para ir para a creche?
Essa negação pode ser desesperadora, mas é essencial ter muita paciência. O conhecimento e as melhores informações sobre o assunto sempre são muito úteis.
Muitas vezes, há casos de crianças que se tornam muito rebeldes quando chega a hora de ir para a escola, principalmente quando elas ainda são muito pequenas, porque têm dificuldade para deixar a casa da família e precisam passar por um período de adaptação.
No entanto, pode ser que elas já estivessem adaptadas à creche e, por algum motivo que deve ser analisado, repentinamente não queiram mais ir. Outras vezes, não há uma razão aparente, e a criança nunca consegue se adaptar à creche, além de ter dificuldade para entender por que e como agir.
Meu filho não quer ir para a creche: orientações para conversar em família
Em algumas casas, existe a possibilidade de esperar que a própria criança demonstre a vontade de ir à escola. Em outros casos, a creche cumpre a função vital de cuidar da criança enquanto a mãe e o pai trabalham.
Pode acontecer que o pequeno da casa aceite o seu destino com resignação, com alegria ou com rejeição. Esse último caso é algo lógico: a escolarização precoce raramente responde a uma necessidade infantil.
Tendo a consciência de que não foi a criança que escolheu, é mais fácil entender por que ela não quer ir à creche. Ela certamente preferiria ficar o tempo todo com a mãe ou o pai, com os avós ou com as pessoas de quem gosta e em quem confia.
Existe a possibilidade de que isso aconteça não com uma criança isolada, mas sim com uma criança sociável, porém apenas com a família ou quando acompanhada pela mãe. Em resumo, devemos assumir que a melhor coisa para a criança é ficar em casa até pelo menos os três anos de vida.
De qualquer forma, mandar a criança para a creche mais cedo não significa ser um pai pior. Uma criação respeitosa e consciente tem mais a ver com propor instâncias de diálogo, escuta e comunicação.
Nesse sentido, a adaptação da criança à creche será mais natural se o que vai acontecer for explicado para ela por meio de jogos, palavras que ela entenda e recursos recreativos variados, como as canções, por exemplo.
Esses jogos são quase um treinamento para os pequenos. Por meio deles, eles poderão antecipar a experiência e os benefícios da creche para tornar mais fácil a sua passagem por ela.
Dicas para favorecer a adaptação e a permanência da criança na creche
- Transmitir autoconfiança e tranquilidade.
- Dar tempo para acordar bem e preparar um bom café da manhã.
- Evitar chegar atrasado.
- Não mandar a criança em caso de desconforto físico.
- Não sobrecarregar o peso da mochilas.
- Tentar ter uma boa noite de descanso.
- Perguntar e incentivar a criança a falar sobre os professores e colegas de classe.
- Proporcionar tempo para brincar em casa: passar um tempo de qualidade com ela impedirá que ela sinta uma carência afetiva.
“De qualquer forma, mandar a criança para a creche mais cedo não significa ser um pai pior. Uma criação respeitosa e consciente tem mais a ver com propor instâncias de diálogo, escuta e comunicação”.
Outras opções se a criança não quer ir para a creche
Se a criança apresentar muitas dificuldades de adaptação, é provável que ela esteja passando por alguma situação desagradável na creche. Antes de escolher a creche para a criança, principalmente se ela for muito pequena, é necessário tomar precauções.
Se for observado que, após o primeiro mês, a criança continua resistindo todos os dias a ir para a creche, será necessário considerar fatores que estão além da criança.
Dentre as reações frequentes em crianças que não querem ir para a creche, podemos citar: a insistência em querer levar os próprios brinquedos, apegar-se a uma das educadoras, chamar mais atenção em casa ou chorar na entrada e na saída.
A paciência é crucial para atravessar e superar essa primeira fase. Ao sentir a frustração de que ‘meu filho não quer ir para a creche’, não é necessário se preocupar se ele continuar com energia ou se permanecer carinhoso com a família.
Em conclusão, apenas a pessoa que passa mais tempo com a criança e que a conhece melhor poderá analisar os motivos da rejeição à creche. Não devemos poupar palavras ao conversar com professores e cuidadores da instituição, além de conversar com a própria criança.
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