O que não dizem sobre o primeiro mês de maternidade

Para as mamães de primeira viagem, é muito fácil aprender sobre as coisas belas da maternidade. Mas há uma porção de aspectos que não são ditos sobre o primeiro mês que nem mesmo imaginamos.
O que não dizem sobre o primeiro mês de maternidade

Última atualização: 28 julho, 2018

Nem tudo são flores nesta fase. No entanto, é possível ignorar a parte mais difícil em muito pouco tempo. Veja o que não dizem sobre o primeiro mês de maternidade.

Deixando de lado a emoção indescritível de se tornar mãe, o primeiro mês da maternidade pode nos encher de dúvidas e medos sobre o que acontece com a gente e está prestes a acontecer. Todas as mudanças experimentadas durante a gravidez não se comparam com a realidade dos dias após dar à luz. Desde o começo da gravidez, atravessamos uma fase totalmente desconhecida e, muitas vezes, angustiante.

Embora nos garantam que tudo é normal e que logo vai passar, é muito provável que comecemos a nos sentir mais sozinhas do que nunca. Talvez seja porque estamos muito mais fracas agora e não nos reconhecemos fisicamente. Será que é normal que eu estou sentindo? Eu vou ficar assim para sempre? A minha vida está arruinada? Ninguém é capaz de nos convencer com a sua resposta. Só o tempo nos consola nessa fase.

O primeiro mês é muito difícil

Podemos afirmar que o primeiro mês de maternidade é inimaginável para nós. Especialmente quando não temos nenhuma experiência nesse sentido. Poucas pessoas se atrevem a nos dizer como essa fase pode ser difícil. E, mesmo que elas digam, não é fácil explicar em palavras. Nesses momentos, a única coisa em que podemos confiar é que tudo vai mudar para melhor muito em breve.

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As dificuldades para cuidar do bebê, se acostumar com os seus horários ou tentar não sentir medo não são circunstâncias tão difíceis quanto adaptar a nossa vida pessoal. Embora o bebê tome a maior parte da nossa atenção, é difícil não pensar sobre o que nos acontece fisicamente. A recuperação do nosso corpo pode ser árdua.

Tanto o parto natural quanto uma cesárea têm o seu grau de dificuldade nos momentos pós-parto. Levantar da cama pode ser um sofrimento. Ir ao banheiro ou tomar banho tendem a ser situações desagradáveis, complicadas e dolorosas. Nos primeiros dias de amamentação, é insuportável porque dói e ainda não nos acostumamos.

Podemos estar muito mais sensíveis emocionalmente. Por isso as palavras podem nos afetar facilmente e às vezes perdemos a autoestima. Tudo isso se soma à fadiga e ao pouco tempo para dormir. Além disso, no primeiro mês recebemos muitas visitas e a maioria aparece no momento menos apropriado.

Mas a coisa mais difícil no primeiro mês de maternidade é que a nossa vida muda drasticamente e para sempre. Você percebe que, de um momento para outro não é mais a mesma. Algumas mulheres ficam aterrorizadas pelo fato de passar o dia todo de pijama, mas isso seria o menor dos males. Se de alguma forma elas ficassem sabendo disso antes de engravidar, talvez pensassem melhor. Por isso talvez haja uma espécie de pacto de silêncio sobre o assunto.

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Por que não nos contam como é difícil o primeiro mês?

Especialistas como Núria Torras, coordenadora do pré e pós-parto do Hospital de Sant Pau de Barcelona, explica que nos cursos sobre maternidade dado por ela e por seus colegas, de fato é discutido sobre as dificuldades que as futuras mamães encontram no primeiro mês. Torras afirma que, em seus 30 anos de experiência, pode constatar que as novas mães tendem a focar muito no momento do parto e acabam deixando de lado a atenção necessária para compreender outros detalhes.

De acordo com a especialista, um dos principais desafios das mulheres atuais no pós-parto é que por alguma razão elas não tem as suas mães por perto, o que dificulta tanto na teoria quanto na prática. Ela também acredita que a maternidade tardia dificulta ainda mais a vida das mulheres durante o primeiro mês. Uma mulher que dá à luz depois dos 30 anos de idade já tem rotinas muito determinadas assim como os aspectos de sua personalidade que já são mais formados.

Da mesma forma, ela conta que o difícil dessa fase é que é preciso viver para poder compreender. Uma pequena explicação sobre essa fase de mudanças intermináveis (e às vezes inesperadas) não é suficiente para esclarecer a complexidade do assunto. Núria Torras aponta que parte da instrução que as mulheres recebem sobre o pós-parto e a amamentação não são entendidas até que as mulheres passem por essa experiência. A especialista comenta ainda que elas não podem reclamar, porque é o valor a ser pago por algo maravilhoso e inesquecível.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.