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A imaginação das crianças

5 minutos
Se existe uma habilidade na qual as crianças se destacam, é a capacidade de imaginar e criar partindo do nada. Vamos rever as diferentes fases da imaginação na infância e como estimular essa habilidade.
A imaginação das crianças
Publicado: 02 fevereiro, 2018 20:00
Última atualização: 24 fevereiro, 2018 14:53

A fantasia, a intuição ou a simples faísca desenfreada costuma ser a característica principal das crianças. A imaginação nas crianças faz parte do dia a dia. Essa qualidade é a mais comum em qualquer criança, pois constitui a forma de se comunicar com o mundo ao seu redor.

Independentemente de qual for a realidade de uma criança, ela sempre terá sua própria percepção na qual a fantasia assume o comando para guiar a criança em inúmeras experiências. A seguir, vamos descobrir juntos tudo o que esconde o maravilhoso universo da imaginação das crianças.

O que é a imaginação das crianças?

O estranho e o abstrato podem estar vinculados à definição dessa palavra. Por que? A imaginação é algo em que os limites e a lógica de qualquer tipo são inexistentes porque surge do impulso e da necessidade constante da criança de ampliar seu universo e germina do conhecido para ir mais além do já visto e já experimentado. Assim, a imaginação das crianças terá seu auge no momento de criar ideias incomuns, engenhosas e originais, sendo definida como o “pensar mais além”.

 

Características da imaginação das crianças

A imaginação possui dois fatores: um externo (o que está ao redor) e outro interno (as impressões sobre o mundo). Estes desenvolvem a particularidade de combinar as percepções e o conhecimento adquirido, reformulando-os ou sintetizando-os após uma série de coleta de dados. Permitem que a criança aprenda e estabeleça relações. Por isso, será (ainda mais) perceptível no momento das brincadeiras, ao contar histórias, comer ou se vestir, pois são os momentos ideais para materializar toda a subjetividade. As mais notáveis características da imaginação são, portanto, a percepção e a subjetividade.

Fantasia e imaginação das crianças

Podem ser coisas distintas. A imaginação, como já dissemos, germina da percepção e reinvenção da realidade. A fantasia, em contrapartida, surge do funcionamento imaginativo do pensamento, prescindindo por completo do ambiente. Embora uma seja resultado da outra (a fantasia é resultado da imaginação), é importante a diferenciação, pois ambas têm fases na vida das crianças. A imaginação permanece (mesmo que não tão presente) na vida de um adolescente que vira adulto. A fantasia, por sua vez, desaparece ao final da infância. Por isso, é muito importante que as crianças vivam a plenitude desse ciclo.

Desenvolvimento da imaginação das crianças

O cérebro dos bebês é ainda mais complexo. Nele estão sendo formadas as conexões que vão guiar a vida de qualquer pessoa. Uma conexão que é muito frequente vai permanecer, ao passo que uma que não é usada com frequência não vai ficar. Por esse motivo, vários estudos apontam a importância dos três primeiros anos de vida. Esse é o momento perfeito para “condicionar” várias experiências ao longo da infância, como, por exemplo, escutar música em diferentes idiomas, ler, brincar, andar ou qualquer outra atividade que vai estimular o desenvolvimento das conexões cerebrais e, consequentemente, vai ajudar a criança a desenvolver sua imaginação.

A forma como a imaginação se desenvolve nos bebês pode ser difícil de definir, pois nós desconhecemos o que eles pensam. Então, tudo começa por expor cenários nos quais os bebês, a partir de um padrão estabelecido, se reconheçam como protagonistas. Por exemplo, quando um pai ou um professor usa uma didática recorrendo a fatos fantasiosos, ajuda a fortalecer o cérebro da criança para que crie “conexões de imaginação”.

Imaginação das crianças entre 1 e 3 anos de idade

A imaginação das crianças dessa idade está sujeita, em grande parte, à imitação, o que faz com que suas primeiras ocorrências sejam uma imitação do que acontece ao seu redor. Quando o cachorro late, a criança quer latir também. Ao imitar, ela vai aprendendo e desenvolvendo a imaginação.

A imaginação das crianças em idade pré-escolar

Continuando com o instinto de imitar, agora também aparecem os padrões arquetípicos, como as brincadeiras principais. Por exemplo: as meninas vão brincar de casinha e cuidar dos bebês e os meninos vão participar da brincadeira dando banho ou alimentando a boneca.

A imaginação das crianças de ensino fundamental

Nessa fase, o instinto de muitas crianças para socializar lhes abre as portas para brincadeiras em grupo. Assim, os motivos imaginários surgem, entre outros tantos. A curiosidade por novas experiências será um motor válido. A imaginação das crianças de ensino fundamental não se baseia na imitação porque a criança consegue supor e criar com mais audácia, sendo essa fase da imaginação uma das mais abstratas.

imaginação das crianças

Imaginação de crianças autistas

A característica principal no autismo é a resistência à aprendizagem. Consequentemente, a criança autista foge da realidade, habitando um mundo imaginário todos os dias. A forma como uma criança autista imagina é muito mais complexa. A criança a torna menos evidente por carecer de linguagem ou de capacidades motoras em muitos casos. A imaginação delas é muito diferente, pois o autista imagina a partir da lógica e da razão. É por isso que ainda é um tema muito estudado pela neurociência.

Como estimular a imaginação das crianças

  1. Ensinar as crianças
  2. Permitir que elas explorem suas habilidades.
  3. Ensinar a descobrir por si mesmas.
  4. As brincadeiras também podem ser usadas como método de desenvolvimento da imaginação.

Falta de imaginação nas crianças

A perda da confiança, a falta de estímulos e os padrões rígidos nas escolas ou em casa levam à fatal perda da imaginação nas crianças. Outros motivos são o julgamento constante das suas criações e a ausência de exemplos de pensamentos que não sejam lógicos ou racionais. Se esse for o caso do seu filho, o ideal é permitir que ele comece do zero, observando seus gostos e suas atividades preferidas para que, assim, possa recuperar a confiança e deixar a imaginação voar.

A fantasia, a intuição ou a simples faísca desenfreada costuma ser a característica principal das crianças. A imaginação nas crianças faz parte do dia a dia. Essa qualidade é a mais comum em qualquer criança, pois constitui a forma de se comunicar com o mundo ao seu redor.

Independentemente de qual for a realidade de uma criança, ela sempre terá sua própria percepção na qual a fantasia assume o comando para guiar a criança em inúmeras experiências. A seguir, vamos descobrir juntos tudo o que esconde o maravilhoso universo da imaginação das crianças.

O que é a imaginação das crianças?

O estranho e o abstrato podem estar vinculados à definição dessa palavra. Por que? A imaginação é algo em que os limites e a lógica de qualquer tipo são inexistentes porque surge do impulso e da necessidade constante da criança de ampliar seu universo e germina do conhecido para ir mais além do já visto e já experimentado. Assim, a imaginação das crianças terá seu auge no momento de criar ideias incomuns, engenhosas e originais, sendo definida como o “pensar mais além”.

 

Características da imaginação das crianças

A imaginação possui dois fatores: um externo (o que está ao redor) e outro interno (as impressões sobre o mundo). Estes desenvolvem a particularidade de combinar as percepções e o conhecimento adquirido, reformulando-os ou sintetizando-os após uma série de coleta de dados. Permitem que a criança aprenda e estabeleça relações. Por isso, será (ainda mais) perceptível no momento das brincadeiras, ao contar histórias, comer ou se vestir, pois são os momentos ideais para materializar toda a subjetividade. As mais notáveis características da imaginação são, portanto, a percepção e a subjetividade.

Fantasia e imaginação das crianças

Podem ser coisas distintas. A imaginação, como já dissemos, germina da percepção e reinvenção da realidade. A fantasia, em contrapartida, surge do funcionamento imaginativo do pensamento, prescindindo por completo do ambiente. Embora uma seja resultado da outra (a fantasia é resultado da imaginação), é importante a diferenciação, pois ambas têm fases na vida das crianças. A imaginação permanece (mesmo que não tão presente) na vida de um adolescente que vira adulto. A fantasia, por sua vez, desaparece ao final da infância. Por isso, é muito importante que as crianças vivam a plenitude desse ciclo.

Desenvolvimento da imaginação das crianças

O cérebro dos bebês é ainda mais complexo. Nele estão sendo formadas as conexões que vão guiar a vida de qualquer pessoa. Uma conexão que é muito frequente vai permanecer, ao passo que uma que não é usada com frequência não vai ficar. Por esse motivo, vários estudos apontam a importância dos três primeiros anos de vida. Esse é o momento perfeito para “condicionar” várias experiências ao longo da infância, como, por exemplo, escutar música em diferentes idiomas, ler, brincar, andar ou qualquer outra atividade que vai estimular o desenvolvimento das conexões cerebrais e, consequentemente, vai ajudar a criança a desenvolver sua imaginação.

A forma como a imaginação se desenvolve nos bebês pode ser difícil de definir, pois nós desconhecemos o que eles pensam. Então, tudo começa por expor cenários nos quais os bebês, a partir de um padrão estabelecido, se reconheçam como protagonistas. Por exemplo, quando um pai ou um professor usa uma didática recorrendo a fatos fantasiosos, ajuda a fortalecer o cérebro da criança para que crie “conexões de imaginação”.

Imaginação das crianças entre 1 e 3 anos de idade

A imaginação das crianças dessa idade está sujeita, em grande parte, à imitação, o que faz com que suas primeiras ocorrências sejam uma imitação do que acontece ao seu redor. Quando o cachorro late, a criança quer latir também. Ao imitar, ela vai aprendendo e desenvolvendo a imaginação.

A imaginação das crianças em idade pré-escolar

Continuando com o instinto de imitar, agora também aparecem os padrões arquetípicos, como as brincadeiras principais. Por exemplo: as meninas vão brincar de casinha e cuidar dos bebês e os meninos vão participar da brincadeira dando banho ou alimentando a boneca.

A imaginação das crianças de ensino fundamental

Nessa fase, o instinto de muitas crianças para socializar lhes abre as portas para brincadeiras em grupo. Assim, os motivos imaginários surgem, entre outros tantos. A curiosidade por novas experiências será um motor válido. A imaginação das crianças de ensino fundamental não se baseia na imitação porque a criança consegue supor e criar com mais audácia, sendo essa fase da imaginação uma das mais abstratas.

imaginação das crianças

Imaginação de crianças autistas

A característica principal no autismo é a resistência à aprendizagem. Consequentemente, a criança autista foge da realidade, habitando um mundo imaginário todos os dias. A forma como uma criança autista imagina é muito mais complexa. A criança a torna menos evidente por carecer de linguagem ou de capacidades motoras em muitos casos. A imaginação delas é muito diferente, pois o autista imagina a partir da lógica e da razão. É por isso que ainda é um tema muito estudado pela neurociência.

Como estimular a imaginação das crianças

  1. Ensinar as crianças
  2. Permitir que elas explorem suas habilidades.
  3. Ensinar a descobrir por si mesmas.
  4. As brincadeiras também podem ser usadas como método de desenvolvimento da imaginação.

Falta de imaginação nas crianças

A perda da confiança, a falta de estímulos e os padrões rígidos nas escolas ou em casa levam à fatal perda da imaginação nas crianças. Outros motivos são o julgamento constante das suas criações e a ausência de exemplos de pensamentos que não sejam lógicos ou racionais. Se esse for o caso do seu filho, o ideal é permitir que ele comece do zero, observando seus gostos e suas atividades preferidas para que, assim, possa recuperar a confiança e deixar a imaginação voar.


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  • Egan, K. (2012). La imaginación: una olvidada caja de herramientas del aprendizaje. Praxis educativa, 14(14), 12-16. https://cerac.unlpam.edu.ar/index.php/praxis/article/view/428
  • Gonzáelez, J. V. R. (2016). La curiosidad en el desarrollo cognitivo: análisis teórico. Folhmyp, (6), 1-20. https://revistas.pedagogica.edu.co/index.php/FHP/article/view/6416
  • Moreno, C. X. G. (2020). Desarrollo de la imaginación narrativa creadora en un niño con Trastorno del Espectro Autista. Summa Psicológica UST, 17(2), 3. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=8039668
  • Ribot, T. (1901). Imaginación creadora. Traducción del francés. Sib., Editorial Yu. N. Erlich.
  • Ungar, V. (2001). Imaginación, fantasía y juego. Psicoanálisis APdeBA, 23(3), 695-711. https://revistamentalizacion.com/ultimonumero/ungar.pdf
  • Vigotsky, L. S. (1987). Imaginación y creación en la edad infantil. La Habana: Editorial Pueblo y Educación, 10-27. https://proletarios.org/books/Vigotsky-Imaginacion_y_Creatividad_En_La_Infancia.pdf
  • Vigotsky, L. S. (2003). La imaginación y el arte en la infancia(Vol. 87). Ediciones Akal.

 


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