Como incentivar a autonomia do seu filho?
Não tem nada mais importante do que educar crianças independentes e livres. Para isso, os pais devem desde muito cedo incentivar a autonomia dos seus filhos. Porque esta é, nem mais nem menos, a base do aprendizado e desenvolvimento infantil. Por isso mesmo, trata-se de um objetivo prioritário em toda educação.
Agora, por que que é tão importante incentivar a autonomia do seu filho? Na primeira instância, porque uma criança autônoma é um menor capaz de concretizar tarefas e atividades por si mesmo. Além disso, trata-se de crianças que assumem sem problemas responsabilidades e possuem uma grande iniciativa.
Maiores capacidades sociais na hora de estabelecer relacionamentos de todo tipo, e menores possibilidades de atravessar problemas de aprendizado são os seus prêmios. Inclusive a segurança e a confiança convertem-se na sua carta de apresentação por excelência.
A ideia é começar a incentivar a sua autonomia dia ao dia naquelas situações cotidianas do lar. Assim, esta tarefa evolutiva se constitui numa chave da idade pré-escolar de toda criança. Só desse jeito a criança poderá assumir riscos, aprender com o fracasso e o erro, e acariciar o sucesso.
Dicas para incentivar a autonomia na criança
A seguir, compartilhamos uma série de recomendações para incentivar a autonomia do seu filho. Porém, lembre-se que isso consome tempo. Então, não hesite nem um segundo: reserve um momento do dia especialmente para essa missão. Seja paciente, respeite os seus tempos e, é claro, seja coerente com as tarefas atribuídas, que se ajustem com a sua idade.
Por outro lado, lembre-se que cada criança é diferente e, portanto, apresenta diferentes ritmos de aprendizagem. É fundamental aqui conhecer perfeitamente as suas capacidades, assim como reconhecer o seu esforço. Ofereça a oportunidade de tentar, não tenha medo do erro e parabenize cada mínimo acerto. Isso simplesmente é aprender.
Não pense mais, faça um bem muito grande ao seu filho para o futuro! Ele começa desde um ano e meio a pedir seus primeiros gestos de independência, os quais tem a ver com a sua motricidade. A partir dos dois anos ensine-lhe a se comunicar plenamente, especialmente no âmbito emocional.
O mesmo acontece no caso da alimentação, da limpeza e higiene, comportamentos básicos de convivência, e inclusive na hora de se vestir. Só a partir dos cinco anos começa a se abrir o leque de tarefas e atividades a fazer.
Incentivar a autonomia: 6 conselhos para consegui-lo
● Permita que ela valha por si mesma. Deixe que atue sozinha, sem importar as consequências mínimas. Não importa o tempo que demore ou quanto erre no início. Por acaso você nasceu sabendo de tudo? Paciência e perseverança são o segredo, mas sempre permaneça por perto para oferecer apoio e ajuda.
● Trata-se de oferecer opções para escolher e ensinar a buscar soluções. Evite planejar e estabelecer horários rígidos. Que ela escolha alternativas de lazer e inclusive aquelas relacionadas com os seus gostos pessoais. Também é bom mostrar-lhe a fonte que solucione as suas dúvidas e inconvenientes. Ilumine o modo de atuar e alimente a sua curiosidade.
● Ensine-a a pensar. Isto é fundamental. Não importa o tempo que demore, nem o duvidoso que se mostre a criança. Não dê respostas automáticas, anime-a a pensar as suas próprias respostas, a elaborar as suas teorias. Seu raciocínio, imaginação e criatividade lhe agradecerão na sua vida adulta.
● Dê a ela o seu espaço (físico e emocional). Não force a criança a fazer o que não quer. Deixe-a escolher o momento e o lugar adequado. Se ela não quer comunicar as histórias do dia, espere pelo seu momento, sem assediá-la com perguntas. Também não ouse invadir a sua privacidade. Você pode destinar um espaço da sua casa para a hora da brincadeira, leitura, meditação ou descanso.
● Não a desanime, nem a limite. Deixe que a criança prove e experimente livremente e sem temor de errar. As crianças têm o dom inestimável de imaginar aventuras e se propor fabulosos desafios a curto prazo. Anime-a, tire as suas inquietudes, ensine-lhe a se levantar da queda e a refletir sobre ela. Se for necessário, mostre caminhos alternativos e estabeleça novos objetivos.
● Meça as instruções e demandas. Ofereça tarefas que a criança esteja capacitada para fazer de acordo com a sua idade, e que realmente saiba fazê-las. Para isso é necessário dar a ela explicações e oferecer instruções curtas, claras e simples. Torne-se seu exemplo e guie-a para que aprenda e implemente por conta própria.
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