Mães que cuidam dos filhos também são mulheres trabalhadoras
As mulheres que se dedicam de corpo e alma ao lar e aos filhos também são mulheres trabalhadoras.
Infelizmente, a comemoração deste dia tem uma história muito trágica. Em 1911, um grande grupo de mulheres trabalhadoras de obra morreu no incêndio de uma fábrica têxtil.
Elas lutavam unicamente por igualdade, ou melhor, pelo reconhecimento dos seus direitos.
A meta era conseguir melhorias laborais, sem distinção de gênero ou condição. Hoje em dia, o empenho delas é recordada nesta data como um símbolo do feminismo.
E então, é lícito considerar que aquelas mães que dedicam sua vida ao lar não são dignas também de celebrar essa data?
Definitivamente, não. As mulheres que decidiram e escolheram isso para suas vidas merecem o mesmo reconhecimento que aquelas que optaram por se profissionalizar, descartando, ou não, a maternidade.
O trabalho cuidar de uma casa e uma família também é uma tarefa árdua, que não tem remuneração e nunca termina.
São mulheres que cuidam de seus filhos sem cobrar. Elas não recebem 13° salário, nem contam com férias pagas. Para muita gente, nem sequer fazem contas.
No entanto, sem elas nós não estaríamos aqui. São algumas de nossas mães, irmãs, avós, tias e amigas. E todas merecem o mesmo respeito.
Não, não é um atenuante o fato de permanecer dentro de casa. Elas também não vivem uma espécie de férias mais agitadas.
Isto é algo que a sociedade deve começar a assumir porque as mães que cuidam de seus filhos também são mulheres importantes.
Mulheres trabalhadoras portas adentro
Elas passam os dias dando tudo a troco de nada. De forma desinteressada, só por amor. Podem passar uma jornada completa simplesmente recolhendo brinquedos e limpando móveis.
Em outras ocasiões, sentem que são multitarefas e não param nem um segundo, correndo entre comida, roupa, desordem e crianças.
Podem passar dias, até mesmo semanas, sem se relacionar com uma pessoa adulta (que não seja o marido, é claro). Realmente ser mãe em tempo integral pode ser muito mais difícil do que verdadeiramente parece.
Basta pensar na monotonia de cada dia para se dar conta de que não é um trabalho simples.
Certamente, não se trata de competir para ver quem tem mais sono, mais olheiras e quem se sacrifica mais.
De fato, há mães que trabalham o dobro: fora e dentro de casa. Então, por que não pensar que todas, ao seu modo, são mulheres trabalhadoras?
A questão não é quem vai me permitir, mas quem vai me deter.
-Ayn Rand-
Seja como for, há outra triste realidade que está por trás disso. Em si, já é muito complicado encontrar trabalho sendo mãe.
Muitas pessoas julgam sem ter vivido. Basta ouvir o testemunho de mulheres que dedicaram seu tempo aos seus filhos e que agora tentam se reinserir no mercado de trabalho.
Além da frustração que, antes de mais nada, implica não encontrar o trabalho que necessita, a sociedade condena e aponta.
Duplamente castigadas, portanto, pelo simples fato de serem mães. Pela decisão de eleger uma prioridade diferente das outras mulheres.
Todas somos mulheres trabalhadoras
Certamente, aquelas mães que cuidam de seus filhos também devem ser consideradas mulheres trabalhadoras. Se recebem um salário ou não e se contribuem ou não, pouco importa. Não vem ao caso.
Tanto umas quanto outras merecem o máximo respeito. O trabalho, qualquer que seja, dignifica. Deve-se dar valor à função de todas e cada uma delas. Cuidar jamais será um trabalho menor, principalmente nos dias de hoje.
Ter a responsabilidade de criar um filho é algo muito difícil e nem todo mundo está à altura. É preciso guiar-se mais pela paciência e pelo coração.
Cuidar é muito mais que um simples verbo. Verdadeiramente ignoramos que poucas pessoas querem fazê-lo de forma genuína.
Essa ação, que aos olhos de muitos pode parecer menor, traz consigo doses de amor que quase ninguém pode chegar a sentir.
Carinho, abnegação, dedicação e esforços em doses elevadas. Sono e cansaço. Sobretudo, sacrifício, uma entrega por completo a um filho.
Isso que as pessoas não levam em consideração possui um grande valor emocional para o filho e para a mãe. Um filho que, acompanhado em sua criação, não sofrerá nenhum tipo de carência sentimental, algo que o mundo inteiro agradecerá.