O depoimento: Mães que gostam mais dos filhos meninos

O depoimento: Mães que gostam mais dos filhos meninos
María Alejandra Castro Arbeláez

Revisado e aprovado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

Admita! Todas as mães preferem os seus filhos meninos do que de suas filhas. Pelo menos é o que afirma a provocadora mãe de quatro filhos Shona Sibary.

Shona Sibary tem três filhas, mas apenas um menino na sua família. Ela declara que ficou aliviada quando soube que estava concebendo um filho menino. A mãe de quatro filhos admite que tem um relacionamento mais próximo com o seu filho menino. Veja o seu testemunho  a seguir.

O momento finalmente chega. Vinte semanas de gravidez e, deitada ali na cama do consultório pronta para fazer a ecografia, mal podia conter minha impaciência. O médico pensava que eu era o tipo de mulher que quer saber o relatório detalhado do crescimento do bebê em desenvolvimento: comentou sobre os dedos, as mãos, os pés e o tamanho da cabeça, etc… Na realidade, eu só queria ouvir uma coisa. Mas não tinha muito o que fazer, e também não podia gritar ao meu futuro bebê “abre as pernas e me deixe ver o que tem aí”.

E então, como um passe de mágica, aconteceu. O bebê se mexeu revelando tudo, e o médico virou para mim e disse: “Bem, definitivamente há algo pendurado e – vamos dizer dessa forma – não é o cordão umbilical”. Fiquei tão feliz que esse momento foi como se anjos descessem do céu em coro.

Depois de duas meninas e quatro anos pisando nas pecinhas de plástico de Polly Pocket no chão da sala; depois de um tsunami cor-de-rosa, cabelos emaranhados e alimentação exigente, finalmente um menino estava chegando. Você pode culpar os hormônios, mas imediatamente comecei a chorar de alívio.

Um menino, finalmente!

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Doze anos depois eu sinto mais ou menos a mesma coisa. Depois do nascimento de Monty, outra filha se juntou à sua ninhada. Dolly elevou a porção de estrogênio para três. Monty ainda é meu único filho.

Talvez de alguma forma essa seja a explicação de porque que ele pode ir até a cozinha de manhã, desgrenhado, monossilábico, e eu fico em pé sem fôlego, encantada por ele.

Lembro-me de contemplar o meu filho recém-nascido no berço e pensar, em uma tormenta de emoção hormonal: vou matar a garota que partir o seu coração. E antes que todos me acusem de flagrante favoritismo, há fortes evidências históricas e literárias que sustentam a proximidade do relacionamento de uma mãe com seus filhos meninos.

Literatura, mães e filhos meninos

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Uma pesquisa com 2.500 mães feitas por Netmums revelou que metade delas tinha um vínculo mais forte com seus filhos meninos, e 88% admitiram tratar suas meninas de maneira diferente.

Os resultados mostraram que mães elogiaram mais as características particulares de seus filhos meninos, vendo-os como engraçados, ousados e brincalhões, enquanto desvalorizam atributos semelhantes nas suas filhas, referindo-se a elas como reclamonas ou mal-humoradas.

Meus quatro filhos têm personalidades fortes e demonstram um comportamento que não é necessariamente um reflexo do seu gênero. Todos podem reclamar, virar a casa de ponta cabeça, testar os limites e tentar fazer eu perder a cabeça. Eu sou mais exigente com as meninas como resultado? Pode apostar que sim. É porque quando Flo, 16, olha para mim com um olhar de desdém e Annie, 14, vira os olhos, é como se eu estivesse me olhando no espelho, e nem sempre gosto do que vejo.

Com Monty é diferente.

Meu relacionamento com ele é mais leve, sem o obstáculo da angústia que muitas vezes sinto quando vejo os meus próprios defeitos refletidos nas minhas filhas.

Posso ser mais crítica com as meninas, mais consciente de suas dificuldades e dos desafios que ela enfrentam. Mas elas também têm uma capacidade estranha de me fazer sentir a pior mãe do mundo.

É claro que amo todos os meus filhos, meninos ou não!

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Eu amo todos os meus filhos de maneiras diferentes. É que com as meninas muitas vezes eu tenho a desconfortável sensação de que estou tentando montar móveis com um manual de instruções que está em coreano. Nada que eu diga ou faça está certo. Elas podem ser hipersensíveis demais. Elas me desafiam e me dão a certeza de que estou falhando com meus deveres maternos todos os dias.

Com Monty é outra coisa. Ele me diz que eu sou maravilhosa o tempo todo, mesmo quando eu grito como uma bruxa. Quando ele está comigo, de alguma forma consegue me convencer de que ele está recebendo uma maternidade certa. O nosso relacionamento é uma coisa mútua de tapinha nas costas. Flo, Annie e Dolly preferem fazer o trabalho mais difícil para mim.

Ou talvez tenha mais a ver com o velho ditado: “Um filho é filho até que ele tenha uma esposa, mas uma filha é filha toda sua vida”. No fundo eu sei que o relógio não para e tenho muito pouco tempo como o centro do mundo para Monty. Em pouco tempo haverá outra mulher o esperando com os braços abertos, prontos para roubar o seu coração. Talvez então, e somente então, pode ser que o meu relacionamento com minhas filhas possa ser único e especial. Sim, isto é, se ainda estivermos em sintonia.


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