Meu bebê também não recebeu leite materno ao nascer

O leite materno é muito importante ao desenvolvimento do bebê. Ele não é útil somente para o crescimento, mas também é vital que o bebê receba leite materno no primeiro minuto de vida.
Meu bebê também não recebeu leite materno ao nascer

Última atualização: 25 agosto, 2018

De acordo com pesquisas, um em cada dois recém-nascidos não é alimentado com leite materno até uma hora após o nascimento. Esse fato pode ser prejudicial para o desenvolvimento da saúde dos bebês. Os dados mostram que pelo menos 80% das mortes dos neonatos estão relacionadas com a falta de leite materno nas primeiras 24 horas após o nascimento.

Sem o objetivo de causar preocupações, devemos reconhecer que muitas de nós também já passamos por isso. De acordo com as características de cada parto, pode ser normal o aumento do tempo de espera para promover o primeiro encontro entre mãe e filho.

Durante esse processo, é possível que o bebê não receba leite materno ao nascer. Em algumas situações, essa espera pode se prolongar por muitas horas. Os números chegam a 50% quando analisamos a primeira hora de vida.

Especialistas explicam que o atraso da amamentação durante as primeiras 24 horas após o nascimento do bebê é uma situação que atinge mais de 70 milhões de crianças no mundo todo. Devido a essa estatística alarmante, é possível que isso tenha acontecido com a maioria das crianças. Esse fato pode ser mais prejudicial à medida que o tempo de espera da criança aumenta.

recebeu leite materno

Como o atraso da primeira amamentação afeta o bebê?

O leite materno pode fornecer a proteção que o bebê precisa no seu primeiro contato com o mundo exterior. No momento em que o pequeno se conecta com a mãe por essa via, ele recebe anticorpos e nutrientes que podem evitar doenças e, inclusive, a morte. Os especialistas explicam que receber leite materno no momento do nascimento diminui em 40% os riscos de morte neonatal. Nos casos em que a espera pelo leite materno ultrapassa as primeiras 24 horas, o risco de morte pode chegar à preocupante taxa de 80%.

Segundo os especialistas em nutrição, 800 mil crianças poderiam ser salvas por ano se houvesse um comprometimento maior com essa prática. A melhor recomendação após o parto é a amamentação dos bebês com leite materno desde o nascimento até os seis meses de idade, sem exceção. No entanto, em muitos países ainda não foram desenvolvidas medidas de melhorias em relação a essa prática. Inclusive, atualmente são conhecidos casos em que bebês são alimentados com leite de vaca ou até água açucarada por pelo menos cinco dias após o nascimento.

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E quais são as razões

Há diferentes razões pelas quais muitas mães não amamentam seus bebês em nenhuma fase da vida. Em algumas situações, existem problemas de saúde ou dificuldades em relação à produção de leite. Muitas vezes, esse fato também se relaciona a uma decisão da mãe. Em regiões do Oriente Médio, Ásia e África do Norte, não é um costume estimular a amamentação materna. Muitas mães simplesmente não amamentam seus filhos quando eles nascem. Inclusive quando os partos são realizados em postos de saúde.

Da mesma forma, é provável que muitas das mães que não amamentam seus bebês ao nascer não o façam por razões alheias à vontade delas. Por exemplo, esse fato é comum quando ocorrem complicações no parto ou quando o bebê precisa de atendimento emergencial. Também pode acontecer de o procedimento realizado durante o parto ser tão longo que acabe exigindo uma separação de muitas horas entre mãe e filho. A verdade é que, às vezes, ocorrem circunstâncias que não podem ser evitadas. Porque sabemos que todas as mães desejam o melhor para seus filhos em todos os aspectos da vida.

Se seu filho faz parte do grupo de bebês que não recebeu leite materno ao nascer, mas está bem, superou com sucesso o desenvolvimento inicial e está crescendo forte e saudável, não razões para se preocupar. Nesse sentido, a fase mais difícil já passou. Assim, acumulamos mais uma experiência para compartilhar ou para praticar se tivermos outra oportunidade.


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  • Binns C., Lee M., Low WY., The long term public health benefits of breastfeeding. Asia Pac J Public Health, 2016. 28 (1): 7-14.

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