Não incentive seu filho com suas palavras, encoraje-o com seu exemplo

Ser um exemplo para os nossos filhos é a ferramenta educativa mais efetiva que temos como pais.
Não incentive seu filho com suas palavras, encoraje-o com seu exemplo

Última atualização: 19 julho, 2018

Não é necessário dizer para as crianças como, porquê e para que devem fazer algumas coisas. Na maioria das vezes, elas agem imitando nossa maneira de ser e não ligam para o que pretendemos impor.

Na infância, as palavras são como uma linguagem vazia que a criança não entende ou não quer entender. Porque é mais fácil, ou a natureza assim concebeu, que elas aprendam imitando seus progenitores.

Com isso, queremos dizer que se você quer criar uma criança feliz, íntegra, responsável, educada, amorosa e segura de suas qualidades e capacidades físicas, cognitivas e mentais, a melhor maneira é educá-la com o seu bom exemplo.

Para que isso fique mais claro, queremos compartilhar com você a seguinte história.

seu exemplo

A história de uma mãe incoerente com o dizer e o fazer

Marta é uma mulher bastante sociável. No seu prédio, ela se dá bem com os vizinhos. Não há um dia que em ela não saia para o trabalho sem antes dar bom dia para todo mundo que encontra.

Quem precisa da sua ajuda sabe que ela estará ali para estender sua mão amiga: um pouco de açúcar, cuidar de outra criança por um hora, trazer ovos quando vai ao supermercado, chamar o síndico do prédio. Ela é um exemplo de vizinha.

Mas Marta é uma pessoa que tem sérias contradições entre o fazer e o dizer.

Após o seu bom dia efusivo, toda vez que a pessoa vira as costas, sempre termina em uma chacota ou em algum comentário maldoso:

“-Se soubesse o quanto eu não gosto dela”.

“-O que diria se soubesse que o seu marido tem um caso”.

“-Tão gorda que não passa por essa porta”.

Ela atende qualquer chamado, mas sempre com duplas intenções.

“-Você deve me devolver o favor que estou fazendo com juros. Lembre-se de que uma mão lava a outra e as duas lavam a cara”.

Assim pensa Marta.

E sempre foi levando a vida tranquilamente sendo dessa maneira, ou assim pensava, até o dia que começou a notar que a sua filha de 5 anos, ao brincar com a boneca Martita – que era a que mais gostava, e de fato representava a sua própria pessoa em todas as brincadeiras – adotava o papel de ser melhor que as outras, a mais bonita, a mais inteligente.

Se isso ainda fosse pouco, quando Martita se sentava para tomar o chá com outra boneca começava a criticar as suas amigas. E logo que a sua amiga era substituída, as críticas recaiam na que tinha indo embora há pouco tempo.

Enquanto outras bonecas eram penteadas e vestidas, Martita exaltava o look. Mas em voz baixa, para si mesma, comentava o que realmente acreditava do novo estilo.

No dia em que Marta parou para ver a sua filha brincar, ela se assustou e pensou que “do nada” tinha nascido uma filha hipócrita.

seu exemplo

Não incentive seu filho com suas palavras, encoraje-o com seu exemplo

Como mãe, sabemos que dar um bom exemplo não é coisa fácil. Porque somos humanos, imperfeitos e nem sempre tomamos as melhores decisões.

Somos feitos de uma mistura de otimismo e pessimismo; ações boas e más; sentimentos positivos e negativos ao mesmo tempo.

Nem sempre estamos preparados para ser um modelo. Mas, ainda assim, temos a responsabilidade de educar, guiar e aconselhar as novas gerações.

O que podemos fazer é acordar todos os dias com a intenção e fazer um esforço real de nos transformar em pessoas melhores, sinceras, honestas, altruístas, empáticas, sociáveis para que nosso filho possa absorver o melhor de nós.

É preciso ensinar nossos filhos no dia a dia a respeitar os outros, perseguir seus sonhos e se esforçar para alcançar suas metas. Mostre como seu filho deve se comportar, sentir e pensar através de suas ações. 

Ele deve desprezar as mentiras e as falsidades, aprender a fazer verdadeiros amigos e a abrir o seu coração sempre que precisar.

Sendo sua melhor e mais próxima educadora você tem a responsabilidade – e o dever – de ensinar o máximo possível para os “anõezinhos” que te observam sem você perceber.


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  • Bandura, A. (1978). Aprendizaje vicario. México, Trillas.
  • Ahmed, Y. M. R., & Yasmina, M. (2010). Aprendizaje vicario: implicaciones educativas en el aula. Revista digital para profesionales de la enseñanza, 10, 1-6.
  • Zurita Rovalino, M. E. (2018). El aprendizaje por imitación y la identificación de roles en los niños y niñas de la Unidad Educativa Madre Gertrudis del cantón Cevallos provincia del Tungurahua (Bachelor’s thesis, Universidad Tècnica de Ambato. Facultad de Ciencias Humanas y de la Educaciòn. Carrera de Educaciòn Parvularia). https://repositorio.uta.edu.ec/handle/123456789/28650

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