O que é a crosta láctea do bebê?
A crosta láctea do bebê aparece nos primeiros meses de vida e é o equivalente à caspa nos adultos. Normalmente, consiste em pequenas escamas de cor amarelada ou esbranquiçada no couro cabeludo da criança.
Às vezes, a crosta láctea pode aparecer em sobrancelhas, cílios, nariz, atrás das orelhas ou até mesmo em outras áreas do rosto e do corpo do bebê.
Embora o termo ‘láctea’ tenha levado muitos pais a associá-la com a intolerância à lactose, a verdade é que as causas do aparecimento da crosta láctea do bebê não tem nada a ver com a alimentação. Por essa razão, hoje vamos dedicar este artigo a descobrir mais sobre este assunto.
Quais são as causas da crosta láctea do bebê?
A crosta láctea aparece como resultado da produção excessiva de gordura pelas glândulas sebáceas nos primeiros meses de vida da criança.
Mais especificamente, está relacionada à persistência de hormônios maternos no corpo do bebê após o nascimento. Esses hormônios estimulam as glândulas sebáceas que produzem uma quantidade excessiva de sebo na superfície da pele do bebê.
Conforme o bebê vai crescendo, a concentração hormonal diminui. Isso leva, gradualmente, ao desaparecimento do fenômeno nos meses posteriores ao nascimento.
A crosta láctea não é contagiosa e não está relacionada com a falta de higiene. Além disso, você deve evitar produtos excessivamente agressivos que possam agravar esse tipo de dermatite.
Como tratar a crosta láctea do bebê?
Em geral, a crosta láctea do bebê não requer tratamento e geralmente desaparece sozinha com o tempo. No entanto, existem mães que preferem se livrar dessas crostas para melhorar a aparência da criança.
Por isso, recomendamos as soluções mais comuns:
1. Lave o cabelo do bebê com um xampu suave
Caso a crosta láctea esteja presente no couro cabeludo, lave a cabeça do bebê com um xampu adequado para remover o excesso de gordura.
Não é essencial que você utilize o xampu todos os dias, já que ele pode ressecar a pele delicada do bebê. Uma lavagem a cada dois ou três dias é o suficiente.
2. Aplique óleos naturais
É possível combater a crosta láctea com a aplicação de uma ou duas gotas de óleo de amêndoas doces. Isso ajuda a suavizar o couro cabeludo para que a crosta saia com mais facilidade.
Para conseguir o efeito ideal, deixe o óleo agir antes do banho nas áreas onde seja possível ver a crosta.
Contudo, você deve ter em mente que alguns alergologistas desaconselham o uso de óleo de amêndoas devido ao risco de alergia causado pelas nozes. No entanto, você pode substituí-lo por azeite de oliva ou óleo de argan.
“A crosta láctea pode aparecer em sobrancelhas, cílios, nariz, atrás das orelhas ou até mesmo em outras áreas do rosto e do corpo do bebê”
3. Faça uma massagem suave
Fazer uma massagem de forma cuidadosa no couro cabeludo ou na área afetada do corpo, por alguns minutos e com um óleo adequado, é muito positivo.
Em seguida, recomenda-se escovar o couro cabeludo para evitar que as crostas apareçam separadamente e para que, assim, não seja necessário removê-las com as unhas.
4. Utilize uma escova de cerdas macias
O uso de uma escova de bebê macia ajuda a eliminar as crostas. Naturalmente, é essencial escovar o couro cabeludo com extrema suavidade e delicadeza para não irritar a pele ainda mais.
Mas, se você quiser evitar qualquer risco de infecção, recomenda-se não remover as crostas que não saírem sozinhas e usar uma escova de cerdas macias.
O que você pode fazer se o problema persistir?
Certamente, é sempre melhor optar por soluções naturais para vencer a crosta láctea do bebê. No entanto, se depois de 15 dias de cuidados você não perceber nenhuma melhora, recomendamos que você consulte um médico.
Isso é aconselhável se você perceber que manchas vermelhas estão se formando em outras partes do corpo ou se o bebê apresentar sinais de inflamação.
Se, por outro lado, as crostas estiverem infeccionadas ou inflamadas, o médico pode receitar a aplicação de um creme antifúngico ou de um antibiótico local para reduzir o risco de infecção, por exemplo.
Em suma, a crosta láctea é um fenômeno comum e benigno. No entanto, ela pode reaparecer, mesmo quando tratada adequadamente. Principalmente porque as glândulas continuam produzindo sebo em excesso durante várias semanas.
Entretanto, com a atenção e o cuidado adequados, o seu desenvolvimento pode ser controlado até que se alcance o seu completo desaparecimento.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Dalmau Arias J, VILA AT, Puig Sanz L. Dermatitis Seborreica. Vol 18. Haymarket; 1987.
- Ridao M, Redondo I. Dermatitis atópica en Pediatría integral: programa de formación continuada en Pediatría Extrahospitalaria. 2012; XVI (3): 213-220.
- Zambrano A. Dermatitis seborreica. Monografía, Schering, 1990.