O que faço se meu filho é agressivo comigo?
O que faço se meu filho é agressivo comigo? Você se pergunta… Segundo artigos publicados em portais especializados em psicologia, não existe um ponto em comum na definição da agressividade.
Dessa forma, a agressividade não é considerada um transtorno (não está como tal em nenhuma classificação diagnóstica), mas, sim, uma conduta desajustada que se une frequentemente a certos transtornos.
Entre as conclusões dos especialistas são ressaltadas diferentes definições como a intencionalidade, o modo como se produz, o resultado a que chega, etc.
No entanto, a conduta agressiva é normal em certos períodos do desenvolvimento infantil. A agressividade chamada manipulativa está vinculada ao crescimento e cumpre uma função adaptativa.
Também existem estudos, como o de Sanson, Smart, Prior e Oberklaid, feitos em 1993, que afirmam que os bebês agressivos e hiperativos de 4 meses são mais problemáticos que crianças mais velhas também agressivas e hiperativas.
As diferenças se acentuam com a idade quando a fase “bebê” fica para trás. Crianças de 8 anos são o grupo mais lembrado negativamente por suas mães, com mais dificuldades de adaptação e problemas escolares.
Quais fatores influenciam para que a criança seja agressiva
Reyna Quero, que se especializou em terapia e atende problemas com crianças e adolescentes, especifica que a origem de um jovem agressivo não depende de um só fator, senão de vários.
A princípio, esclarece que o ser humano é formado por distintas áreas, como “a da linguagem, afetiva, de convívio com os outros e cognitiva ou de pensamento, e neste sentido sabemos que uma criança violenta tem problemas nas esferas social e emocional”.
Em certas ocasiões, este tipo de comportamento pode ser motivado por uma necessidade da criança de chamar a atenção do adulto ou, inclusive, de outras crianças.
Isso seria um claro indicativo de problemas no que se refere às relações sociais, afirma Teresa Cruz Madrid, psicóloga e especialista em treinamento.
As crianças passam por frustrações, mas diferentemente dos adultos não contam com as ferramentas necessárias para expressá-las. Por isso que a sua maneira de fazê-lo é mediante esse tipo de impulso, de acordo com um artigo.
“Devemos sugerir, apoiar e estimular posturas de segurança e autoconfiança em nossos filhos. Se, pelo contrário, criticamos constantemente seus comportamentos, o que faremos é isolá-los e fazê-los sentir que não podem recorrer a nós diante de uma situação desse tipo”, aconselha Teresa Cruz Madrid.
É necessário orientá-los e mostrar a desaprovação dos adultos em relação a esse tipo de comportamento para que se deem conta de que por esse caminho não vão conseguir atingir seus objetivos.
O que fazer se seu filho é agressivo
Para muitas crianças, é recomendado procurar por atividades que as façam liberar energia, como as artes marciais.
Isso porque é uma maneira de aprender a canalizar toda sua agressividade, além de aprender que a violência não é a solução para resolver os problemas.
Se a criança sofreu alguma mudança importante em sua vida, como a perda de entes queridos, mudanças para outra cidade ou qualquer novidade que alterou sua rotina, é possível que isso possa provocar esse tipo de comportamento.
Em qualquer caso, se a situação não se altera ou começa a piorar, o ideal é procurar um psicólogo para que o profissional estude a situação da criança.
Quando a criança insulta ou bate nos pais, ela provavelmente já agiu antes da mesma maneira com seus colegas, sejam companheiros da escola, irmãos e vizinhos da mesma idade.
“Quem se torna a primeira vítima são os mais vulneráveis: as crianças tímidas, ansiosas, inibidas, inseguras, que não sabem se defender e estabelecer relações interpessoais, as crianças de temperamento passivo”, especifica a doutora Quero Vásquez.
Entre as alternativas que você pode implementar para ajudar seu filho a controlar sua agressividade, podemos citar:
- Estimular o diálogo, não a imposição nem os monólogos.
- Brincar com os filhos, já que isso elimina atritos e cria laços cordiais de simpatia.
- Reforçar as relações através de atos espontâneos como um beijo, um abraço ou frases como “Como você é bom nisso”, “Você é um bom filho” ou “Confio em você ”.
- Também é valido premiar a melhora da criança com doces, dinheiro ou jogos. Entretanto, não se deve incentivar mais o material que o emocional.
- Evitar os castigos e as palmadas, e dar sempre preferência ao respeito.
- Dizer “sim” quando não há razão para dizer “não”, e às vezes dizer “não” para que a criança aprenda a negociar sem chorar nem fazer birras.
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- Noroño Morales, N. V., Cruz Segundo, R., Cadalso Sorroche, R., & Fernández Benítez, O. (2002). Influencia del medio familiar en niños con conductas agresivas. Revista cubana de Pediatria, 74(2), 138-144.
- Sanson, A., Smart, D., Prior, M., & Oberklaid, F. (1993). Precursors of hyperactivity and aggression. Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, 32(6), 1207-1216.