Oito ensinamentos de "Momo e o Senhor do Tempo" para adolescentes
Momo e o Senhor do Tempo é um maravilhoso romance escrito por Michael Ende dedicado às crianças. Nele, faz jus de sua grande imaginação e uma enorme capacidade pedagógica. Por essa razão, os ensinamentos que o livro traz têm um grande valor.
O que acaba sendo muito atraente para os leitores, não importa a geração a qual pertençam, é que os ensinamentos são transmitidos de forma criativa, interessante e divertida através da história de uma pequenina menina chamada Momo.
O livro poderia muito bem ser classificado como uma obra que convida toda pessoa à reflexão. Além disso, também se pode classificá-la como um texto com uma crítica contundente da sociedade.
O romance trata basicamente de uma menina pequena que de repente tem que enfrentar estranhos homens. Eles estão vestidos com roupas cinzas e usam chapéus e carteiras. Sua missão consiste em convencer as pessoas a investir seu tempo em uma espécie de banco do tempo.
O tempo é a vida
Momo e o Senhor do Tempo faz uma forte crítica a como desperdiçamos o nosso tempo. Nas sociedades contemporâneas o tempo se tornou um bem que se compra e se vende. O tempo se tornou um elemento mais mercantil.
Esse livro expõe como o tempo pode se tornar um elemento mais mercantil e por que é necessário não deixar que o dinheiro determine como o empregamos.
Em outras palavras, o livro insta as pessoas a ir além e empregar o tempo naquilo que nos deixa plenos e nos traz benefícios imateriais.
Saber ouvir, um dos ensinamentos de Momo e o Senhor do Tempo
Os ensinamentos de Momo se dividem em exemplos. No caso da importância do saber ouvir, a história apresenta um personagem que realmente sabe como ouvir, já que atende as pessoas, sem interrompê-las, e permite que seus interlocutores se expressem livremente.
Um bom ouvinte não tem pressa e procura, sobretudo, oferecer seu apoio através da escuta. Em um mundo em que todos querem falar, mas poucos querem ouvir, Momo é um grande exemplo.
A solidariedade é um valor essencial
Momo é uma menina que vive em uma comunidade com recursos escassos. Por isso, todos se ajudam mutuamente e compartilham o que tem com os demais.
A mesma Momo é a primeira beneficiária dessa ajuda: não tem lar e a comunidade lhe proporciona um lar. Não tem bens e os demais intervêm para que ela os adquira. Ela, por sua vez, se torna a luz que guia os demais.
A criatividade e a imaginação
Um dos ensinamentos mais interessantes de Momo é a do valor da imaginação. Com ela e a criatividade, o banal pode se tornar algo especial. Não é preciso coisas para se sentir bem e se divertir. O que faz a diferença é a capacidade de imaginar.
É uma lição que muitas crianças e jovens de hoje deveriam aprender.
Hoje em dia, infelizmente, muitas pessoas pensam que a diversão está no material, e não nas experiências. Acredita-se que possuir um objeto garante a diversão. Momo demonstra que não é bem assim.
O utilitarismo não é a melhor opção
Muitos dos ensinamentos de Momo se orientam ao resgate do mais genuíno do ser humano. Boa parte disso se encontra fora dos circuitos do que é “o útil”.
Nem tudo na vida se deve fazer com o objetivo de tirar proveito ou por utilidade, existem atos gratuitos como imaginar e rir. Nem tudo tem que estar concentrado no benefício monetário.
A satisfação não está no consumo
Toda a engrenagem da sociedade atual se concentra em tornar possível o consumo. Disseminou-se a ideia de que a maior satisfação se encontra em comprar e em ter dinheiro para isso.
Por isso, perdeu-se o interesse pelas atividades que não girem ao redor dessa lógica. No entanto, Momo demonstra que isso é, sim, um caminho em direção à infelicidade.
A felicidade está nas pequenas coisas
Todo dia está repleto de pequenos detalhes que muitas vezes passam despercebidos. Isso acontece porque as pessoas se focam apenas no que chamam de “assuntos importantes”.
Por fim, nada lhes satisfaz. Constrói-se uma dinâmica em que toda vez precisa-se de mais e mais, ao mesmo tempo em que se perde a capacidade de ver a magia das pequenas coisas e é nelas que está a felicidade.
A mentira causa danos
Várias vezes, Momo se refere ao dano que causam as mentiras. Diz no romance que “na sua opinião”, todas as desgraças do mundo nasciam das muitas mentiras, as ditas de propósito, mas também as involuntárias, motivadas pela pressa ou pela incerteza. Ensina que o efeito mais negativo de mentir é a destruição da confiança.
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