Os miomas uterinos durante a gravidez
O que você sabe sobre os miomas uterinos? Se não sabe muito ou nunca ouviu falar a respeito, não se preocupe porque a seguir daremos toda a informação que você precisa.
Em primeiro lugar, devemos lembrar que durante nossa fase fértil, é comum ter que lidar com certos tipos de mal-estares. Por exemplo, algumas mulheres sofrem dores menstruais fortíssimas, que aparecem com diversos sintomas. Isso soa familiar, certo?
Por outro lado, algumas mulheres, além disso experimentam distúrbios hormonais produzidos por menstruações grandes demais ou inexistentes. Esses são problemas que geralmente são incômodos, algo que não acontece, por exemplo, quando existem miomas uterinos.
Os miomas uterinos geralmente aparecem no período entre a primeira menstruação e a menopausa. Isso acontece devido aos estrogêneos, os hormônios sexuais femininos.
Os hormônios se encarregam de proteger nossa massa óssea, o sistema cardiovascular e de distribuir a gordura corporal. Quando diminuem seus níveis, ocorrem alterações físicas, mas sobretudo emocionais.
Hipersensibilidade, mudanças bruscas de comportamento e irritação contínua são apenas alguns dos seus efeitos. Não são necessariamente perigosos, sempre e quando não interferirem em nossa vida cotidiana. Assim como o mioma uterino, as alterações hormonais podem ser tratadas, quase sempre, sem maiores problemas.
Quais os efeitos negativos de um mioma uterino?
Um mioma é uma massa de tecido muscular que se forma dentro do útero e do miométrio. É considerado um tumor benigno que geralmente não apresenta sintomas. A não ser que existam hemorragias ou dores no útero ou no abdômen, não há motivos para se preocupar com eles.
Apenas em situações muito específicas podem chegar a ser perigosos. É recomendável prestar atenção ao seu tamanho, sobretudo se estamos planejando engravidar.
“Não existe nenhuma amizade, nenhum amor, como o de uma mãe pelo seu filho”
–Henry Ward Beecher–
Durante a gestação, o nível de estrogêneo aumenta e, dessa forma, também aumenta o tumor. Também existem casos em que os miomas no útero permanecem iguais ou inclusive diminuem. Seja qual for a situação, é recomendável consultar um médico para que ele aconselhe o melhor tratamento.
Complicações do mioma uterino durante a gravidez
Se o mioma aumenta, é provável que se torne um risco para o feto. Pode provocar o deslocamento da placenta, o que geralmente pode significar um parto prematuro. O mesmo acontece com o denominado Crescimento Intrauterino Restrito (CIUR), caracterizado pelo desenvolvimento anormal do embrião.
Isso pode acontecer não apenas devido a um mioma, mas pela má-nutrição, abuso de drogas, hipertensão arterial ou certas infecções. Nesses casos, o melhor é recorrer a um parto por cesárea, já que dessa forma se evita o sofrimento do feto.
Se o mioma uterino se encontra mal localizado, pode prejudicar o parto. Assim como no deslocamento da placenta e na restrição do crescimento intrauterino seria necessário um nascimento forçado.
Por outro lado, se o mioma não cresce e não se encontra num lugar complicado, a mãe pode dar à luz de forma natural.
Como posso tratar um mioma?
Existem várias formas de tratar um mioma. Alguns tratamentos são mais invasivos do que outros, mas é necessário atender uma série de critérios para realizá-los. Se existe uma sintomatologia dolorosa, se o tamanho é muito grande ou se existem vários miomas, sua eliminação é quase obrigatória.
Tratamento cirúrgico
Existem várias opções. Algumas consistem na extirpação do mioma utilizando uma pequena câmera, mas apenas para aqueles que são muito pequenos. Outras vezes se utiliza a miomectomia, que reconstrói o útero na mesma operação. Em histerectomia, ao contrário, é necessário a total extirpação do útero.
Tratamento farmacológico
Com esse tratamento se busca reduzir o número de estrogêneos no corpo. Não se eliminam os miomas no útero, mas é possível reduzi-los bastante.
Embolização das artérias do útero
Trata-se de um processo intermediário entre o tratamento farmacológico e a operação cirúrgica. A intenção dessa intervenção é fazer com que o fluxo sanguíneo não chegue ao mioma, para evitar que dessa forma alimente o tumor. É um processo mais simples do que o primeiro, já que não é preciso extirpar o órgão nem a anestesia geral. O paciente fica consciente e geralmente dura entre 1 e 3 horas.
Independentemente da opção escolhida, é importante atender sempre as recomendações do médico. É igualmente perigoso submeter-se a uma operação desnecessária que ignora os sinais que nos advertem do perigo.
Tanto faz se buscamos engravidar ou não, tratar da situação dos miomas uterinos é primordial para nosso bem-estar.
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