Pais viciados em celular ignoram seus filhos
As novas tecnologias nos permitem ficar conectados com as pessoas que estão longe. Também deixam as relações de trabalho com colegas, chefes ou clientes mais fluidas todo o tempo. Além disso, podemos nos divertir com jogos, com as redes sociais ou ainda assistir vídeos. Por que não admitir esses fatos?
Todos nós já perdemos algum tempo olhando para a tela do celular, nos desconectando do mundo real. Mas, o que acontece com nossos filhos?
Existem pais que são viciados no celular, que se fecham na sua bolha e se esquecem de que há vida por trás das telas. Sem dúvidas isso pode colocar em perigo a relação com as outras pessoas e também com os próprios filhos. Os pais, sem perceber, estão ignorando seus filhos. E o pior é que os pequenos podem se sentir trocados.
O sentimento de abandono
Talvez a palavra “abandono” pareça um pouco exagerada pra você. Mas ela não se distancia muito da realidade, do sentimento dos filhos quando os pais preferem atender ao telefone antes de dar atenção a eles. Você consegue imaginar seu filho querendo compartilhar algum fato emocionante para ele e você não prestando atenção porque está respondendo um e-mail ou olhando as atualizações no Facebook? Você consegue ter uma ideia de como ele pode se sentir nesse momento? As palavras exatas são: abandono emocional.
Sentem que não são importantes
Quando as crianças estão com seus pais e eles não param de olhar para o celular, elas sentem que não são importantes. Esse sentimento pode repercutir seriamente na autoestima e no autoconceito das crianças. Por isso é crucial corrigir esse comportamento. Caso contrário, quando seu filho for mais velho, vai pensar que não pode contar com você pra nada porque você sempre está prestando atenção “em outros assuntos” antes dele. Sem perceber, o distanciamento emocional entre ambos pode se tornar grande demais.
Como saber se seu filho se sente desprezado devido ao seu uso ininterrupto do celular?
Mas, além de saber como uma criança pode se sentir quando os pais são viciados em celular também é necessário saber se seu filho se sente desprezado ou não, devido ao seu uso ininterrupto do celular, quando você deveria estar passando algum tempo de qualidade com ele.
Quando deixa de pedir atenção
Se seu filho de repente passa a deixar de pedir sua atenção para compartilhar momentos de qualidade você deve começar a ficar alerta. É provável que ele tenha perdido o interesse em passar algum tempo ao seu lado porque seu desinteresse por ele e seu interesse pelo celular fizeram com que seu filho entendesse que ele não é prioridade na sua vida.
“O desinteresse mata o interesse”
Quando fica bravo porque você não dá atenção
Se você está olhando o Facebook ou qualquer outra coisa no seu celular e de repente você percebe que seu filho está bravo ou com raiva por você não estar prestando atenção, está claro que ele está se sentindo desprezado devido ao seu uso ininterrupto do celular e à sua falta de atenção com ele. Chegou o momento de se desconectar do celular e prestar atenção ao seu filho para saber o que ele quer dividir com você.
Quando ele grita várias vezes a mesma coisa
Você já percebeu alguma vez seu filho gritando para falar com você? Talvez, no início, ele não falava com você em voz alta. Mas, ao ver que você não presta atenção ele decidiu elevar o tom de voz para ver se dessa forma você presta atenção. Se ele faz isso, não fique brava e busque uma solução para ele não ter que gritar mais com você. Escute seu filho!
Você percebe que alguma coisa está errada?
No fundo do seu ser você sabe. Sabe que é viciado em celular e que seu filho precisa de mais atenção. Seu coração diz isso para você e você só precisa começar a ouvir. Não estamos falando para você não olhar nunca mais para o celular. Mas para desligar o celular quando estiver passando algum tempo de qualidade com seu filho. Seu filho não precisa se sentir desprezado nem em segundo plano, depois do seu celular. Ele precisa sentir que é a prioridade da sua vida. E deve ser assim em todos os momentos. Se for necessário, planeje seu tempo.
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- Besolí, G., Palomas, N., & Chamarro, A. (2018). Uso del móvil en padres, niños y adolescentes: Creencias acerca de sus riesgos y beneficios. Aloma: Revista de Psicologia, Ciències de l’Educació i de l’Esport, 36(1). http://www.revistaaloma.net/index.php/aloma/article/view/328