Quando a criança tem um familiar favorito
Desde crianças sempre temos um familiar favorito. Atualmente, existem diversas teorias que ajudarão a explicar o processo da simpatia humana.
Na infância, influenciam fatores cerebrais, hormonais e psicológicos que talvez ainda estejamos longe de entender. Mas, antes de mais nada, é um fenômeno social.
Geralmente, nós nos aproximamos mais de determinada pessoa porque sentimos afinidade, projeção ou representação.
Por essa razão, como mães, devemos saber agir diante dessa realidade e tirar o melhor proveito.
Essa preferência por parte da criança não deve estar restrita a um pai o uma mãe. Assim, também pode se estender à proximidade e à admiração que nossos filhotes têm por outro membro da família.
Fique feliz pela criação desse vínculo!
Não há motivo para se preocupar
Existem mães que, ao identificar o favoritismo de seus filhos por um irmão, um tio ou um avô se sentem afetadas.
Sendo sinceras, nem sempre vemos isso com bons olhos. Mas não se envergonhe! É o instinto de proteção materno agindo.
Contudo, a verdade é que não há problema no fato de seu filho sentir admiração ou simpatia exacerbada por outro familiar.
De fato, é muito negativo manifestar ciúmes e desconfiança por um fenômeno que é totalmente natural.
A infância é a fase em que as crianças formam sua personalidade e seus valores.
Neste processo, os pais e seus ensinamentos são vitais. Contudo, não é o único fator que entra em jogo. A família, a escola e a sociedade também são modeladores sociais inevitáveis.
As crianças se sentem atraídas por diferentes características
Em busca de um identidade própria
Os queridinhos da casa são como pequenas esponjas que absorvem tudo o que veem.
Essa informação, em seguida, é utilizada na construção de uma identidade própria. Nesse sentido, a personalidade de uma criança se define em parte pela socialização.
Em geral, as crianças admiram uma pessoa porque existe algo atraente em sua personalidade: empatia, respostas e aspecto físico. Logo, ela se transforma no reflexo do que querem ser quando crescer.
É importante destacar que essa interação é natural. O familiar favorito não será necessariamente igual a você.
Mas o importante é que o mesmo não proporcione um modelo negativo. A única coisa que deve ser evitada são os maus exemplos.
Incentivar essa relação é o melhor que podemos fazer por nosso filho
Ter uma imagem a seguir é saudável
O laço afetivo entre outros parentes e seu filho deve ser respeitado. Não se trata de estabelecer proibições, mas sim de fortalecer.
Intervir como uma figura proibitiva nestes casos pode ser prejudicial para a família, a psique da criança e a relação entre mãe e filho.
Lembre-se de que o familiar favorito se transforma automaticamente em uma figura a seguir, inclusive quando o ser idolatrado é um irmão mais velho.
O favoritismo não é ruim, principalmente se for por alguém de casa.
Além disso, contar com essa figura querida por seu filho tem alguns benefícios que você deve considerar.
Vantagens do familiar preferido
O aspecto interessante de que o modelo a seguir esteja em casa é que as relações e interações que geradas são controláveis e positivas.
Ainda que você não acredite, esse tipo de união cria nas crianças um sentimento de associação familiar.
Essa afinidade também é ideal para a comunicação com seu filho.
No futuro, caso exista uma situação conflitiva, o familiar favorito poderá se transformar em um interlocutor entre as partes, sendo essencial para aliviar a tensão.
Tudo isso será benéfico quando seu filho estiver em fases mais avançadas do crescimento.
Uma delas é a adolescência, a qual sempre requer apoio por parte dos outros seres queridos.
A estratégia perfeita
Caso você note que seu filho sente um magnetismo difícil de explicar por algum parente, tente demonstrar que você aceita as decisões dele.
Seu filho sentirá que você é complacente e, além disso, se sentirá feliz, porque você dá a ele confiança na escolha de suas relações.
Converse com essa pessoa e explique a ligação tão forte que seu filho sente com ela. Isso a motivará a se aproximar de uma forma construtiva.
Como mães, temos a tendência de querer que nossos filhos sejam como nós.
Mas a verdade é que eles são seres independentes, e devemos pensar também em seu futuro.
Por essa razão, potenciar os laços familiares será um aspecto positivo para eles.