Por que a avó materna tem tanta importância para uma criança

Por que a avó materna tem tanta importância para uma criança
María Alejandra Castro Arbeláez

Revisado e aprovado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 06 fevereiro, 2018

Entre a avó materna e seus netos existe uma conexão especial, mas que não é nenhuma surpresa. Esta imagem é muito importante na vida de uma criança por diversas razões, não somente se trata do aspecto emocional. Muitas pessoas não se relacionam com seus avós, não convivem com eles ou apenas os conhecem.  Mesmo assim, estão unidos por toda a vida.

A função da avó materna é particular, a ela se lhe “exige” ter responsabilidade direta com os netos, mais do que a outra avó. Além disso, sua influência ultrapassa gerações, devido aos valores e aprendizados que nos chegam a partir dela.

Desde o ponto de vista genético, também tem muita importância. Esta mulher realmente é duplamente mãe, especialmente se sua descendência é feminina. A mulher já nasce com seus óvulos desenvolvidos, ou seja, seus eventuais netos também estiveram dentro dela. Poderia a ciência explicar a conexão que temos com nossa avó materna? Ou por acaso é somente um assunto sensível e moralista?

Como a ciência explica a importância da avó materna?

De acordo com a teoria de Alejandro Jodorowsky, ensaísta chileno; não importa quanta afinidade ou lembranças da infância você tenha se sua avó materna, você está unido a ela pelos genes. Segundo essa abordagem, devemos olhar cuidadosamente como uma criança recebeu tal influência.

 

Como a ciência explica a importância da avó materna

Aparentemente, a carga genética que se transmite da mãe para o filho está diretamente relacionada com a avó. Entre todos os avôs é ela que tem a maior participação quanto à herança. Em questões de genes, as gerações não parecem seguir-se imediatamente, mas sim que pula alguma. Por isso é possível que certas crianças tendam a parecer-se mais a um tio avô ou a um bisavô, que com seus próprios pais.

Talvez a semelhança não tenha que ser física, mas definitivamente a nível genético deixa sua marca. Às vezes, essa marca é totalmente perceptível, talvez uma pinta, seus olhos ou a maneira de caminhar. Também existem marcas internas, por exemplo as características dos ossos, músculos ou talvez alguma doença.

Como é de se supor, certos aspectos não têm a ver com o parentesco. Não é que nosso filho se dedicou às mesmas tarefas que aprendeu com a sua avó, sem dúvida é algo que herdou através do sangue. E sim, a ciência tem uma explicação, e neste caso é que os netos já estiveram no ventre da sua avó.

A formação do feto dentro do ventre materno recebe muito material biológico da mãe. Embora ambos os pais têm 50% na formação do embrião, para que este se desenvolva deve continuar alimentando-se da mãe. Ou seja, quando a participação do pai já acabou, a mãe continua agindo.

Avó materna em todos os sentidos da palavra

Se a avó participou de alguma maneira na formação de seu neto de acordo com o DNA, então seus traços podem transferir-se para a criança. No entanto, Jodorowsky explica que não somente são características físicas as que se herdam. Ao que parece as vivências emocionais da avó materna também podem ser herdadas.

O ovócito a partir do qual você nasceu seu filho, possui a carga genética da sua mãe. Todos os seus filhos terão o mesmo material genético inevitavelmente. É por isso que de alguma maneira se produzem ligações capazes de ultrapassar dimensões.

Avó materna tem mais afinidade com os netos

Segundo o ensaísta Jodorowsky, aquelas emoções que a avó sofreu quando estava grávida de sua filha, foram transmitidas a ela e talvez a esses futuros netos. Ou seja, aquela influência emocional pode seguir ativa no DNA, mesmo quando já tenha passado uma geração.

Como sabemos, a informação do DNA mitocondrial, ou seja, a que vem da mãe, é maior no momento da formação do embrião. O esperma do pai carece deste tipo de informação, assim que os avós paternos não intervêm nisso.

Apesar disto, alguns estudos genéticos estimam que os traços do DNA do pai são muito mais dominantes em relação à herança.

Igualmente, desde um ponto de vista muito mais sentimental, na maioria dos casos a avó materna se envolve muito mais com a gestação, parto, e criação de seus netos. A importância desta figura é indubitável para a maioria. Talvez não saibamos o que herdamos de nossas avós, mas sua presença em nossas vidas é muito valiosa desde todo os pontos de vista.


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