Reflexo de busca nos recém-nascidos
O reflexo de busca nos recém-nascidos é fundamental para o início da fase como lactentes. Saber como identificar e o que fazer para estimular esse reflexo é de grande ajuda.
O reflexo de busca é um dos instintos que deve aparecer automaticamente em qualquer bebê saudável. Pertence a um grupo de reflexos primitivos que estão presentes não apenas nos bebês humanos, mas também nos bebês de qualquer mamífero.
Sua ausência pode ser sinal de uma anomalia à qual é preciso prestar atenção. Por isso, vamos contar detalhadamente o que é o reflexo de busca e por que é importante que ele esteja presente nos recém-nascidos.
Como perceber o reflexo de busca nos recém-nascidos?
O reflexo de busca aparece de maneira instintiva em todos os recém-nascidos e sua presença pode ser percebida, aproximadamente, desde o primeiro dia de vida até os quatro meses do bebê.
Esse reflexo é bem simples de ser estimulado. Basta aproximar o dedo do rosto do bebê, que não pode estar dormindo profundamente, encostar na sua bochecha e ver como, de maneira automática, ele vira a cabeça na direção da pressão realizada.
Como certamente você terá inferido, o reflexo de busca é uma forma de instinto que estimula o bebê a buscar a fonte de pressão, que comumente está ligada ao seio da mãe. Consequentemente, o reflexo de busca é o movimento inconsciente dos bebês em busca do mamilo da mãe e, portanto, é essencial à amamentação.
A importância desse reflexo reside no fato de que é o primeiro elo de uma cadeira de reflexos que permitem ao bebê se alimentar sem problemas no seio da mãe. Ou seja, ao iniciar a amamentação, o reflexo de busca leva a boca do bebê ao mamilo da mãe.
Depois, o reflexo de sucção e o de deglutição fazem sua parte para formar a tríade de comportamentos naturais que promovem a alimentação do bebê no seio da mãe, que será sua fonte de alimentação na primeira parte da vida.
Um instinto que desaparece
O reflexo de busca se trata apenas de um instinto passageiro para promover a cooperação do bebê na tarefa da amamentação. Esse reflexo desaparece normalmente por volta dos quatro meses de idade.
“O reflexo de busca é o primeiro elo de uma cadeia de reflexos que permitem ao bebê se alimentar”
É importante destacar que a perda do reflexo de busca não quer dizer que a criança tenha atingido maturidade suficiente para não precisar mais do leite materno.
O desaparecimento desse instinto apenas reflete que agora o bebê conta com consciência suficiente para buscar o seio da mãe quando o tiver por perto e estiver com fome. Portanto, nesse panorama, o bebê pode não responder ao estímulo do seio da mãe se não estiver com fome.
A importância do reflexo de busca
A ausência do reflexo de busca nos recém-nascidos não é um problema que a mãe possa resolver colocando por conta própria a cabeça do bebê no seu seio. Nesse sentido, a importância da presença desse instinto vai mais além de garantir uma alimentação correta.
Se o recém-nascido em um estado relativo de vigília não responder ao estímulo na bochecha, não buscando, consequentemente, a fonte de pressão, isso pode ser sinal de um problema motriz que limita o movimento dos músculos do pescoço para virar em busca desse estímulo.
Nesse caso, o diagnóstico precoce pode aumentar enormemente a evolução positiva dos bebês com condições desse tipo.
O reflexo de busca como forma de interação com a mãe
Muitas vezes, o reflexo de busca não será seguido pela alimentação por parte do bebê. Esse reflexo também é uma forma de contato com a mãe, que pode fazer o bebê se sentir seguro e menos ansioso.
“A ausência do reflexo de busca nos recém-nascidos não é um problema que a mãe possa resolver colocando por conta própria a cabeça do bebê no seu seio”
Por causa disso, não é raro que muitos bebês durmam melhor com a boca no seio da mãe, mesmo quando o reflexo de busca não signifique que uma nova sessão de alimentação vai começar.
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