A síndrome de Down e a amamentação

A Síndrome de Down não deve ser um impedimento para a amamentação.
A síndrome de Down e a amamentação
Eva Manuela Cotobal

Escrito e verificado por A enfermeira Eva Manuela Cotobal.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

A síndrome de Down pode ser considerada um impedimento para a amamentação. No entanto, oferece múltiplos benefícios.

A Síndrome de Down é uma alteração genética produzida por um cromossomo a mais no par 21, por isso também é chamada de trissomia 21.

Os cromossomos são as partes do DNA que contêm o material genético. Essa síndrome afeta o desenvolvimento cerebral e orgânico, sendo a principal causa de deficiência intelectual e a alteração genética mais comum em humanos. E também apresenta distúrbios cardíacos e digestivos associados.

A causa dessa alteração genética ainda é desconhecida, embora a idade materna avançada, um filho anterior com Síndrome de Down ou os pais serem portadores de translocação genética aumentem o risco.

Em alguns países, a expectativa de vida das pessoas afetadas pela Síndrome de Down atualmente é de cerca de 60 anos.

Diagnóstico da Síndrome de Down

No primeiro trimestre da gravidez é feito o screening ou rastreamento combinado do primeiro trimestre. Esse exame fornece um valor estatístico do risco, ou seja, a probabilidade de que ela ocorra.

A síndrome de Down e a amamentação

Nesse rastreamento, detecta-se a probabilidade de o feto ser afetado pela Síndrome de Down, pela Síndrome de Edwards e pela Síndrome de Patau.

O risco é calculado levando em consideração a idade materna, certos marcadores ecográficos obtidos no ultrassom realizado no primeiro trimestre e os níveis bioquímicos no sangue materno analisados ​​no primeiro exame da gravidez.

Os níveis bioquímicos analisados ​​devem ser obtidos em algumas semanas específicas da gravidez, geralmente entre a 9ª e a 10ª semana, obtendo a fração livre do hormônio da gravidez (B- hCG) e os valores da proteína placentária associada à gravidez (PAPP-A).

O ultrassom é realizado entre a 11ª semana e 2 dias e a 13ª semana e 6 dias. O marcador utilizado para avaliar o risco de anomalias cromossômicas é a translucência nucal (TN). Isso ocorre porque os fetos com síndrome de Down têm uma quantidade maior de líquido nesse espaço.

Quando se considera que o risco calculado é alto, pode ser oferecido à mulher a possibilidade da realização de um teste pré-natal não invasivo (NIPT) ou uma amniocentese.

O teste pré-natal não invasivo (NIPT) consiste em um teste genético que permite a análise de anomalias cromossômicas no feto usando uma amostra do sangue materno, onde se busca o DNA do feto.

A amniocentese envolve a obtenção de uma amostra de líquido amniótico, onde são pesquisados ​​cromossomos afetados do feto. Esse exame é feito por meio de uma punção abdominal. Ele é invasivo e apresenta risco de aborto espontâneo.

A síndrome de Down e a amamentação

Síndrome de Down e amamentação

Em recém-nascidos com síndrome de Down, existem três características que podem dificultar a amamentação. Essas características são: glossoptose (tendência da língua de cair para trás), macroglossia (língua aumentada) e hipotonia (diminuição da tensão ou do tônus ​​muscular).

Nesses bebês, a amamentação ajuda a melhorar a coordenação e o controle da língua, o que resultará em menos problemas de fala, além de fortalecer os músculos orofaciais e a mandíbula e oferecer um estímulo adicional.

Portanto, a síndrome de Down não deve ser considerada um impedimento para o sucesso da amamentação. Pelo contrário, ela também oferece benefícios que não devem ser desconsiderados.


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